quarta-feira, 7 de março de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 5,17-30 - 14.03.2018

Liturgia Diária
DIA 14 – QUARTA-FEIRA   
4ª SEMANA DA QUARESMA

(roxo – ofício do dia)

O Senhor tem por nós um amor superior ao amor de mãe, pois não há possibilidade de ele esquecer seus filhos e filhas. A exemplo de Jesus, estejamos sempre unidos ao Pai.

Evangelho: João 5,17-30

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João

– Naquele tempo, 17Jesus respondeu aos judeus: “Meu Pai trabalha sempre, portanto também eu trabalho”. 18Então, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque, além de violar o sábado, chamava Deus o seu Pai, fazendo-se, assim, igual a Deus. 19Tomando a palavra, Jesus disse aos judeus: “Em verdade, em verdade vos digo, o Filho não pode fazer nada por si mesmo; ele faz apenas o que vê o Pai fazer. O que o Pai faz, o Filho o faz também. 20O Pai ama o Filho e lhe mostra tudo o que ele mesmo faz. E lhe mostrará obras maiores ainda, de modo que ficareis admirados. 21Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá a vida, o Filho também dá a vida a quem ele quer. 22De fato, o Pai não julga ninguém, mas ele deu ao Filho o poder de julgar, 23para que todos honrem o Filho assim como honram o Pai. Quem não honra o Filho também não honra o Pai, que o enviou. 24Em verdade, em verdade vos digo, quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou possui a vida eterna. Não será condenado, pois já passou da morte para a vida. 25Em verdade, em verdade, eu vos digo, está chegando a hora, e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e os que a ouvirem viverão. 26Porque, assim como o Pai possui a vida em si mesmo, do mesmo modo concedeu ao Filho possuir a vida em si mesmo. 27Além disso, deu-lhe o poder de julgar, pois ele é o Filho do homem. 28Não fiqueis admirados com isso, porque vai chegar a hora em que todos os que estão nos túmulos ouvirão a voz do Filho e sairão: 29aqueles que fizeram o bem ressuscitarão para a vida; e aqueles que praticaram o mal, para a condenação. 30Eu não posso fazer nada por mim mesmo. Eu julgo conforme o que escuto, e meu julgamento é justo, porque não procuro fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”.

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br


Reflexão - Evangelho: João 5,17-30
«Em verdade, em verdade, vos digo: quem escuta a minha palavra e crê naquele que me enviou possui a vida eterna »

Rev. D. Francesc PERARNAU i Cañellas
(Girona, Espanha)

Hoje, o Evangelho fala-nos da resposta de Jesus aos que viam mal que Ele tivesse curado um paralítico num Sábado. Jesus Cristo aproveita essas críticas para manifestar a Sua condição de Filho de Deus e, como tal, Senhor do Sábado. Essas palavras serão motivo de condenação, no dia do julgamento em casa de Caifás. Com efeito, quando Jesus se reconheceu como Filho de Deus, o grande sacerdote exclamou: «Blasfemou! Que necessidade temos, ainda, de testemunhas? Acabais de ouvir a blasfémia. Que vos parece?» (Mt 26,65).

Por muitas vezes, Jesus tinha feito referências ao Pai, mas sempre marcando uma distinção: a Paternidade de Deus é diferente, caso falemos de Cristo ou dos homens. E os judeus que o escutavam entendiam-no muito bem: não é Filho de Deus como os outros, mas a filiação que reclama para Si mesmo é uma filiação natural. Jesus afirma que a sua natureza e a natureza do Pai são iguais, apesar de serem pessoas distintas. Manifesta assim, dessa maneira, a sua divindade. Esse fragmento do Evangelho é muito interessante para a revelação do mistério da Santíssima Trindade.

Entre as coisas que hoje diz o Senhor, há algumas que fazem especial referência a todos aqueles que, ao longo da história, acreditaram Nele: escutar e crer em Jesus é ter já a vida eterna (cf. Jo 5,24). Certamente, não é ainda a vida definitiva, mas é já participar da sua promessa. Convém que o tenhamos bem presente, e que façamos o esforço de escutar a palavra de Jesus, como o que ela realmente é: a Palavra de Deus que salva. A leitura e a meditação do Evangelho devem fazer parte das nossas práticas religiosas habituais. Nas páginas reveladas, ouviremos as palavras de Jesus, palavras imortais que nos abrem as portas da vida eterna. Com efeito, como ensinava Santo Efrém, a Palavra de Deus é uma fonte inesgotável de vida.

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A AUTORIDADE DO FILHO DE DEUS Jo 5,17-30
HOMILIA

Aquele que era "antes de todas as coisas" (Cl 1.17), entra no mundo com genealogia humana. Penetra na história dos homens em uma seqüência de gerações que vai até o primeiro homem. Assim tornou-se como um de nós. Foi gerado no seio de uma mulher simples por uma semente que veio dos céus. A única semente que produziu a vida: "a vida estava nele e a vida era a luz dos homens" (Jo 1.4). Veio para os seus, mas os seus se questionam e fazem mil e uma interrogações sobre a sua ação entre eles. É o que acontece, neste texto de hoje. Por Jesus, ter curado um homem no sábado e mandado carregar seu leito, é interrogado e julgado.

E que a doutrina da Lei e do Templo qualificava de pecadores a todos os que estivessem doentes e o que é pior não admitia que alguém pudesse ser filho de Deus. É por isso que em nome da Lei negavam a origem divina de Jesus. Mas Ele insistia em afirmar que é Filho de Deus. Ele na verdade é filho do Pai carinhoso e misericordioso e autor da vida. Jesus continua a obra criadora do Pai. Esta continuidade consiste na libertação dos oprimidos e na restauração da vida a todos os necessitados. Jesus diz que nada faz sem que não tenha ordem para o fazer. De onde vem a ordem? De Deus.

O Filho só faz aquilo que viu seu Pai fazendo. E para aqueles que tiverem fé, verão coisas maiores. Porque com a sua morte e ressurreição os há-de capacitar a ponto de terem poder sobre víboras e serpentes, se beberem ou comerem algum veneno não lhes fará mal alguns. Pois assim como Jesus está numa contínua relação amorosa com Deus se Pai, que faz as obras nele, assim também o fará quem n’Ele e com Ele estabelecer o mesmo vínculo. E mais com Ele e n’Ele tudo podemos pois ele nos fortalece em tudo.

Graças à Sua Paixão Morte e Ressurreição nós somos mais do que vencedores. É o que São Paulo diz para nós.

Postado por PADRE BANTU MENDONÇA KATCHIPWI SAYLA


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