domingo, 11 de março de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 8,21-30 - 20.03.2018

Liturgia Diária
DIA 20 – TERÇA-FEIRA   
5ª SEMANA DA QUARESMA

(roxo – ofício do dia)

Como outrora os que olharam a serpente de bronze foram curados, assim também serão salvos os que olham para a cruz e acreditam que o Crucificado é o Filho de Deus.

Evangelho: João 8,21-30

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João

– Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus: 21“Eu parto e vós me procurareis, mas morrereis no vosso pecado. Para onde eu vou, vós não podeis ir”. 22Os judeus comentavam: “Por acaso, vai-se matar? Pois ele diz: ‘Para onde eu vou, vós não podeis ir’?” 23Jesus continuou: “Vós sois daqui de baixo, eu sou do alto. Vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo. 24Disse-vos que morrereis nos vossos pecados, porque, se não acreditais que eu sou, morrereis nos vossos pecados”. 25Perguntaram-lhe, pois: “Quem és tu então?” Jesus respondeu: “O que vos digo desde o começo. 26Tenho muitas coisas a dizer a vosso respeito e a julgar também. Mas aquele que me enviou é fidedigno, e o que ouvi da parte dele é o que falo para o mundo”. 27Eles não compreenderam que lhes estava falando do Pai. 28Por isso, Jesus continuou: “Quando tiverdes elevado o Filho do homem, então sabereis que eu sou e que nada faço por mim mesmo, mas apenas falo aquilo que o Pai me ensinou. 29Aquele que me enviou está comigo. Ele não me deixou sozinho, porque sempre faço o que é de seu agrado”. 30Enquanto Jesus assim falava, muitos acreditaram nele.

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: João 8,21-30
«Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que ‘eu sou’»

Rev. D. Josep Mª MANRESA Lamarca
(Valldoreix, Barcelona, Espanha)

Hoje, Terça-feira V da Quaresma, a uma semana da contemplação da Paixão do Senhor, Ele nos convida a olhar-lhe antecipadamente redimindo-nos desde a Cruz. «Jesus Cristo é nosso pontífice, seu corpo precioso é nosso sacrifício que Ele ofereceu na ara da Cruz para a salvação de todos os homens» (São João Fisher).

«Quando tiverdes elevado o Filho do Homem...» (Jo 8,28). Efetivamente, Cristo Crucificado —Cristo “levantado”!— é o grande e definitivo signo do amor do Pai à Humanidade caída. Seus braços abertos, estendidos entre o céu e a terra, traçam o signo indelével da sua amizade com nós os homens. Ao lhe ver assim, alçado ante o nosso olhar pecador, saberemos que Ele é (cf. Jo 8,28), e então, como aqueles judeus que o escutavam, também nós creremos Nele.

Só a amizade de quem está familiarizado com a Cruz pode proporcionar-nos o adequado para adentrar-nos no Coração do Redentor. Pretender um Evangelho sem Cruz, despojado do sentido cristão da mortificação, ou contagiado do ambiente pagão e naturalista que nos impede entender o valor redentor do sofrimento, colocaria-nos na terrível posibilidade de ouvir dos lábios de Cristo: «Depois de tudo, para que seguir falando-vos?».

Que o nosso olhar à Cruz, olhar sossegado e contemplativo, seja uma pergunta ao Crucificado, em que sem o ruído de palavras lhe digamos: «Quem és tu, então?(Jo 8,25).Ele nos responderá que é «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida»(Jo 14,6), a Videira à qual sem estar unidos, nós, pobres ramos, não poderemos dar fruto, porque só Ele tem palavras de vida eterna. E assim, se não cremos que Ele é, morreremos pelos nossos pecados. Viveremos, no entanto, e viveremos já nesta terra vida de céu se aprendemos Dele a gozosa certeza de que o Pai está conosco, não nos deixa sozinhos. Assim imitaremos o Filho em fazer sempre o que agrada-lhe ao Pai.


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JESUS, O HOMEM DO ALTO Jo 8,21-30
HOMILIA

A conversa que Jesus tem hoje, com os judeus, acontece pouco depois do episódio da mulher adúltera, e é a continuação do Capítulo 8 de São João, que estamos refletindo durante esta 5ª semana da Quaresma.

O tema principal é a revelação que Jesus faz de si próprio, argumentando que foi enviado pelo Pai para trazer a mensagem da Salvação. Os judeus e fariseus não entendiam bem o que Jesus estava dizendo, e o que escutavam, interpretavam como queriam. Por exemplo: quando Jesus dizia que para onde iria, eles não poderiam acompanhá-lo, os judeus pensaram que Jesus estava dizendo que iria se matar! Quando Jesus falava d’Aquele que o enviou, os judeus pensavam em uma pessoa humana, e não compreendiam que Jesus estava falando de Deus.

Não ao escrever o capítulo 3 da carta aos Colossenses se inspirou no ensino de Jesus Vocês são daqui debaixo, e eu sou lá de cima. Vocês são deste mundo, mas eu não sou deste mundo.

Os cristãos não são pessoas que, simplesmente, concordam com o que Jesus ensinou; eles são chamados a seguir o Mestre, sendo testemunhas da sua presença no mundo. Os cristãos devem sentir-se filhos de Deus, atraídos pelo exemplo do próprio Cristo. É muito mais do que admiração por uma doutrina ou por alguém; é compromisso de atualizar o ensinamento e de estabelecer um novo relacionamento com Deus e com as pessoas. Por isso a fé não se expressa apenas em momentos de comemoração, de celebração ou de espetáculo; a fé impulsiona a pessoa para um futuro melhor do que o presente e exige o empenho pessoal para mudar o que é necessário e possível.

Diante do cristão está a imagem de Cristo na cruz do Calvário, como lembrança do alto preço que foi pago para assegurar-lhe um destino feliz. Entende-se, então, o que o Mestre disse, certa vez: “Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, sabereis que Eu Sou”. Os sofrimentos e a morte de Jesus seriam a expressão da intensidade do seu amor por todas as pessoas, revelando que o nosso Deus é amor sem fim.

Quando o Mestre falava do assunto, os discípulos achavam muito estranho; de fato, é difícil explicar, pois não se trata de entender com a razão. Somente ao chegar o momento decisivo da cruz, é que se verificou o contraste, a grande diferença: de um lado o medo que afugentou quase todos os seus amigos e, do outro, a incompreensível entrega da vida para que todos voltem para Deus. E então Jesus acusa aqueles judeus de não serem do Alto, como Ele.

A característica que faz com que Jesus seja do Alto, e que o Pai nunca saia da sua companhia é que Ele sempre faz o que é do agrado do pai. Se nós quisermos ter vida com e n’Ele precisamos buscar as coisas do alto.

Pai reforça minha fé em teu Filho Jesus, cuja morte nos resgata da escravidão do pecado e nos introduz no reino da fraternidade.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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