Liturgia Diária
DIA 29 – QUINTA-FEIRA
CEIA DO SENHOR
(branco, glória, prefácio da Eucaristia – ofício próprio)
A celebração da Ceia do Senhor nos insere no tríduo da sua paixão, morte e ressurreição, ápice do ano litúrgico. Entremos em comunhão com Jesus – que nos amou até o fim e nos deixou os dons do sacerdócio e da Eucaristia – para podermos imitá-lo na tarefa de libertar o mundo de suas escravidões.
Evangelho: 1 Coríntios 11,23-26
Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios
– Irmãos, 23o que eu recebi do Senhor, foi isso que eu vos transmiti: na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão 24e, depois de dar graças, partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória”. 25Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: “Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei isto em minha memória”. 26Todas as vezes, de fato, que comerdes desse pão e beberdes desse cálice, estareis proclamando a morte do Senhor, até que ele venha.
– Palavra do Senhor.
Fonte https://www.paulus.com.br/
Reflexão - 1 Coríntios 11,23-26
«Se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros»
Mons. Josep Àngel SAIZ i Meneses Bispo de Terrassa.
(Barcelona, Espanha)
Hoje lembramos aquela primeira Quinta-feira Santa da história, na qual Jesus Cristo se reúne com os seus discípulos para celebrar a Páscoa. Então inaugurou a nova Páscoa da nova Aliança, na que se oferece em sacrifício pela salvação de todos.
Na Santa Ceia, ao mesmo tempo que a Eucaristia, Cristo institui o sacerdócio ministerial. Mediante este, poderá se perpetuar o sacramento da Eucaristia. O prefácio da Missa Crismal revela-nos o sentido: «Ele escolhe alguns para fazê-los participes de seu ministério santo; para que renovem o sacrifício da redenção, alimentem a teu povo com a tua Palavra e o reconfortem com os teus sacramentos».
E aquela mesma Quinta-feira, Jesus nos dá o mandamento do amor: «Amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei» (Jo 13,34). Antes, o amor fundamentava-se na recompensa esperada em troca, ou no cumprimento de uma norma imposta. Agora, o amor cristão fundamenta-se em Cristo. Ele nos ama até dar a vida: essa tem que ser a medida do amor do discípulo, e esse tem que ser o sinal, a característica do reconhecimento cristão.
Mas, o homem não tem a capacidade para amar assim. Não é simplesmente o fruto de um esforço, senão dom de Deus. Afortunadamente, Ele é amor e —ao mesmo tempo— fonte de amor que se nos dá no Pão Eucarístico.
Finalmente, hoje contemplamos o lavatório dos pés. Na atitude de servo, Jesus lava os pés dos Apóstolos, e lhes recomenda que o façam uns aos outros (cf. Jo 13,14).
Há algo mais que uma lição de humildade neste gesto do Mestre. É como uma antecipação, como um símbolo da Paixão, da humilhação total que sofrerá para salvar todos os homens.
O teólogo Romano Guardini diz que «a atitude do pequeno que se inclina ante o grande, ainda não é humildade. É, simplesmente, verdade. O grande que se humilha ante o pequeno, é o verdadeiro humilde». Por isto Jesus Cristo é autenticamente humilde. Ante este Cristo humilde, nossos moldes se quebram. Jesus Cristo inverte os valores humanos e convida-nos a seguí-lo para construir um mundo novo e diferente desde o serviço.
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors
HOMILIA
O Pão de Deus é o pão que desce do céu e dá vida ao mundo
O Papa Francisco explicou: “Além da fome física o ser humano tem uma fome que não pode ser saciada com os alimentos normais de todos os dias: É a fome de vida, de amor e de eternidade. Jesus dá-nos esse alimento: O seu corpo é o verdadeiro alimento sob a espécie de pão e o seu sangue é a verdadeira bebida sob a espécie do vinho. Este é o alimento que dá a “vida eterna” porque a sua “substância” é “o amor“.
“Da Última Ceia a noite recordamos, em que Jesus se deu, Cordeiro e Pão;conforme as leis entregues aos antigos, ele também se entrega a seus irmãos.Aos fracos deu seu corpo em alimento, aos tristes deu seu sangue por bebida.Diz: “Recebei o cálice com vinho, dele bebei, haurindo eterna vida”. (Liturgia das Horas)
A Palavra diz: “Jesus respondeu-lhes: Em verdade, em verdade vos digo:Moisés não vos deu o pão do céu, mas o meu Pai é quem vos dá o verdadeiro pão do céu; porque o pão de Deus é o pão que desce do céu e dá vida ao mundo”. (Jo 6, 32-33)
O Papa Bento XVI disse assim: “ Moisés tinha dado a Israel o maná, o pão descido do céu com que o próprio Deus alimentara o seu povo. Jesus não concede algo, doa-se a si mesmo: Ele é o «pão verdadeiro, descido do céu», Ele, a Palavra viva do Pai; e é no encontro com Ele que acolhemos o Deus vivo”. (Agosto de 2012)
Memorial do Mistério Pascal de Cristo
O Papa Bento XVI ensinou que “a Eucaristia é o memorial de todo o mistério pascal: paixão, morte, descida à mansão dos mortos, ressurreição e ascensão ao céu; e a Cruz é a manifestação enternecedora do ato de amor infinito, com que o Filho de Deus salvou o homem e o mundo do pecado e da morte”.(Setembro de 2005)
São João Paulo II disse: “Do Mistério Pascal nasce a Igreja. Por isso mesmo a Eucaristia, que é o sacramento por excelência do mistério pascal, está colocada no centro da vida eclesial”. (Abril de 2003)
“O Menino, colocado por Maria na manjedoura, é o Homem-Deus que veremos pregado na cruz. O mesmo redentor está presente no sacramento da Eucaristia”. (São João Paulo II – Agosto de 2005)
A Santa Missa
São João Paulo II disse assim: “Espero que renoves a sua fidelidade a Jesus Cristo e a sua cruz redentora. Pense, primeiro, que o mesmo sacrifício redentor de Cristo na Cruz, sacramentalmente, está presente em cada missa celebrada”. (Abril de 1987)
O Catecismo Jovem (Youcat §191) ensina: “O altar com a cruz é o ponto central da “Casa de Deus”: “Sobre o altar, na celebração eucarística, torna-se presente a imolação da cruz de Jesus Cristo e é preparada a Ceia Pascal”.
“Na verdade, o sacrifício da missa contém em si o valor do sacrifício da cruz e no-lo aplica pessoalmente. É o mesmo sacrifício, a mesma vítima, o mesmo sacerdote. É Jesus Cristo imolado, incruentamente, dessa vez, porém, real e eficazmente”. ( São Pedro Julião Eymard)
A Liturgia Celeste
São João Paulo II disse: “Ao celebrarmos o sacrifício do cordeiro unimo-nos à liturgia celeste, associando-nos àquela multidão imensa que grita: « A salvação pertence ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao cordeiro” (Ap 7, 10)”.(Abril de 2003)
A Palavra diz: “Bradando em alta voz: Digno é o cordeiro imolado de receber o poder, a riqueza, a sabedoria, a força, a glória, a honra e o louvor. E todas as criaturas que estão no céu, na terra, debaixo da terra e no mar, e tudo que contêm, eu as ouvi clamar: Àquele que se assenta no trono e ao cordeiro, louvor, honra, glória e poder pelos séculos dos séculos” (Ap 5, 12-13).
“Às núpcias do Cordeiro em brancas vestes vamos. Transposto o mar vermelho, ao Cristo Rei cantamos. Por nós no altar da cruz seu corpo ofereceu.Bebendo deste sangue, nascemos para Deus. Seu sangue em nossas portas afasta o anjo irado. Das mãos dum rei injusto seu povo é libertado”. (Liturgia das Horas)
Conclusão
“Se creem que o Pai Eterno lhes deu seu Filho, creiam também que lhes dará o resto, porque todo o resto vale muito menos que o Filho de Deus. Não pensem que Jesus Cristo se esqueceu de vocês, Ele lhes deixou a maior garantia que tinha, em memória de seu amor: Ele mesmo no sacramento da Eucaristia”.(Santo Afonso Maria de Ligório)
Oração
Senhor Jesus concede-nos a graça de alcançar a vida eterna. Que a sua presença Eucarística possa restaurar à nossa vida. Quero ter o costume de confessar para que meu coração esteja sempre preparado para te receber. Amém.
Texto extraído do livro: A Cruz de Cristo é a nossa Vitória, de Jane Amábile
DIA 29 – QUINTA-FEIRA
CEIA DO SENHOR
(branco, glória, prefácio da Eucaristia – ofício próprio)
A celebração da Ceia do Senhor nos insere no tríduo da sua paixão, morte e ressurreição, ápice do ano litúrgico. Entremos em comunhão com Jesus – que nos amou até o fim e nos deixou os dons do sacerdócio e da Eucaristia – para podermos imitá-lo na tarefa de libertar o mundo de suas escravidões.
Evangelho: 1 Coríntios 11,23-26
Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios
– Irmãos, 23o que eu recebi do Senhor, foi isso que eu vos transmiti: na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão 24e, depois de dar graças, partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória”. 25Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: “Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei isto em minha memória”. 26Todas as vezes, de fato, que comerdes desse pão e beberdes desse cálice, estareis proclamando a morte do Senhor, até que ele venha.
– Palavra do Senhor.
Fonte https://www.paulus.com.br/
Reflexão - 1 Coríntios 11,23-26
«Se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros»
Mons. Josep Àngel SAIZ i Meneses Bispo de Terrassa.
(Barcelona, Espanha)
Hoje lembramos aquela primeira Quinta-feira Santa da história, na qual Jesus Cristo se reúne com os seus discípulos para celebrar a Páscoa. Então inaugurou a nova Páscoa da nova Aliança, na que se oferece em sacrifício pela salvação de todos.
Na Santa Ceia, ao mesmo tempo que a Eucaristia, Cristo institui o sacerdócio ministerial. Mediante este, poderá se perpetuar o sacramento da Eucaristia. O prefácio da Missa Crismal revela-nos o sentido: «Ele escolhe alguns para fazê-los participes de seu ministério santo; para que renovem o sacrifício da redenção, alimentem a teu povo com a tua Palavra e o reconfortem com os teus sacramentos».
E aquela mesma Quinta-feira, Jesus nos dá o mandamento do amor: «Amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei» (Jo 13,34). Antes, o amor fundamentava-se na recompensa esperada em troca, ou no cumprimento de uma norma imposta. Agora, o amor cristão fundamenta-se em Cristo. Ele nos ama até dar a vida: essa tem que ser a medida do amor do discípulo, e esse tem que ser o sinal, a característica do reconhecimento cristão.
Mas, o homem não tem a capacidade para amar assim. Não é simplesmente o fruto de um esforço, senão dom de Deus. Afortunadamente, Ele é amor e —ao mesmo tempo— fonte de amor que se nos dá no Pão Eucarístico.
Finalmente, hoje contemplamos o lavatório dos pés. Na atitude de servo, Jesus lava os pés dos Apóstolos, e lhes recomenda que o façam uns aos outros (cf. Jo 13,14).
Há algo mais que uma lição de humildade neste gesto do Mestre. É como uma antecipação, como um símbolo da Paixão, da humilhação total que sofrerá para salvar todos os homens.
O teólogo Romano Guardini diz que «a atitude do pequeno que se inclina ante o grande, ainda não é humildade. É, simplesmente, verdade. O grande que se humilha ante o pequeno, é o verdadeiro humilde». Por isto Jesus Cristo é autenticamente humilde. Ante este Cristo humilde, nossos moldes se quebram. Jesus Cristo inverte os valores humanos e convida-nos a seguí-lo para construir um mundo novo e diferente desde o serviço.
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors
HOMILIA
O Pão de Deus é o pão que desce do céu e dá vida ao mundo
O Papa Francisco explicou: “Além da fome física o ser humano tem uma fome que não pode ser saciada com os alimentos normais de todos os dias: É a fome de vida, de amor e de eternidade. Jesus dá-nos esse alimento: O seu corpo é o verdadeiro alimento sob a espécie de pão e o seu sangue é a verdadeira bebida sob a espécie do vinho. Este é o alimento que dá a “vida eterna” porque a sua “substância” é “o amor“.
“Da Última Ceia a noite recordamos, em que Jesus se deu, Cordeiro e Pão;conforme as leis entregues aos antigos, ele também se entrega a seus irmãos.Aos fracos deu seu corpo em alimento, aos tristes deu seu sangue por bebida.Diz: “Recebei o cálice com vinho, dele bebei, haurindo eterna vida”. (Liturgia das Horas)
A Palavra diz: “Jesus respondeu-lhes: Em verdade, em verdade vos digo:Moisés não vos deu o pão do céu, mas o meu Pai é quem vos dá o verdadeiro pão do céu; porque o pão de Deus é o pão que desce do céu e dá vida ao mundo”. (Jo 6, 32-33)
O Papa Bento XVI disse assim: “ Moisés tinha dado a Israel o maná, o pão descido do céu com que o próprio Deus alimentara o seu povo. Jesus não concede algo, doa-se a si mesmo: Ele é o «pão verdadeiro, descido do céu», Ele, a Palavra viva do Pai; e é no encontro com Ele que acolhemos o Deus vivo”. (Agosto de 2012)
Memorial do Mistério Pascal de Cristo
O Papa Bento XVI ensinou que “a Eucaristia é o memorial de todo o mistério pascal: paixão, morte, descida à mansão dos mortos, ressurreição e ascensão ao céu; e a Cruz é a manifestação enternecedora do ato de amor infinito, com que o Filho de Deus salvou o homem e o mundo do pecado e da morte”.(Setembro de 2005)
São João Paulo II disse: “Do Mistério Pascal nasce a Igreja. Por isso mesmo a Eucaristia, que é o sacramento por excelência do mistério pascal, está colocada no centro da vida eclesial”. (Abril de 2003)
“O Menino, colocado por Maria na manjedoura, é o Homem-Deus que veremos pregado na cruz. O mesmo redentor está presente no sacramento da Eucaristia”. (São João Paulo II – Agosto de 2005)
A Santa Missa
São João Paulo II disse assim: “Espero que renoves a sua fidelidade a Jesus Cristo e a sua cruz redentora. Pense, primeiro, que o mesmo sacrifício redentor de Cristo na Cruz, sacramentalmente, está presente em cada missa celebrada”. (Abril de 1987)
O Catecismo Jovem (Youcat §191) ensina: “O altar com a cruz é o ponto central da “Casa de Deus”: “Sobre o altar, na celebração eucarística, torna-se presente a imolação da cruz de Jesus Cristo e é preparada a Ceia Pascal”.
“Na verdade, o sacrifício da missa contém em si o valor do sacrifício da cruz e no-lo aplica pessoalmente. É o mesmo sacrifício, a mesma vítima, o mesmo sacerdote. É Jesus Cristo imolado, incruentamente, dessa vez, porém, real e eficazmente”. ( São Pedro Julião Eymard)
A Liturgia Celeste
São João Paulo II disse: “Ao celebrarmos o sacrifício do cordeiro unimo-nos à liturgia celeste, associando-nos àquela multidão imensa que grita: « A salvação pertence ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao cordeiro” (Ap 7, 10)”.(Abril de 2003)
A Palavra diz: “Bradando em alta voz: Digno é o cordeiro imolado de receber o poder, a riqueza, a sabedoria, a força, a glória, a honra e o louvor. E todas as criaturas que estão no céu, na terra, debaixo da terra e no mar, e tudo que contêm, eu as ouvi clamar: Àquele que se assenta no trono e ao cordeiro, louvor, honra, glória e poder pelos séculos dos séculos” (Ap 5, 12-13).
“Às núpcias do Cordeiro em brancas vestes vamos. Transposto o mar vermelho, ao Cristo Rei cantamos. Por nós no altar da cruz seu corpo ofereceu.Bebendo deste sangue, nascemos para Deus. Seu sangue em nossas portas afasta o anjo irado. Das mãos dum rei injusto seu povo é libertado”. (Liturgia das Horas)
Conclusão
“Se creem que o Pai Eterno lhes deu seu Filho, creiam também que lhes dará o resto, porque todo o resto vale muito menos que o Filho de Deus. Não pensem que Jesus Cristo se esqueceu de vocês, Ele lhes deixou a maior garantia que tinha, em memória de seu amor: Ele mesmo no sacramento da Eucaristia”.(Santo Afonso Maria de Ligório)
Oração
Senhor Jesus concede-nos a graça de alcançar a vida eterna. Que a sua presença Eucarística possa restaurar à nossa vida. Quero ter o costume de confessar para que meu coração esteja sempre preparado para te receber. Amém.
Texto extraído do livro: A Cruz de Cristo é a nossa Vitória, de Jane Amábile
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