quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 4,24-30 - 05.03.2018

Liturgia Diária
DIA 5 – SEGUNDA-FEIRA   
3ª SEMANA DA QUARESMA

(roxo – ofício do dia)

Somos convidados pela liturgia a superar preconceitos e acolher a universalidade da salvação, prefigurada pelo profeta Eliseu e realizada por Jesus.

Evangelho: Lucas 4,24-30

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas

– Jesus, vindo a Nazaré, disse ao povo na sinagoga: 24“Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. 25De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. 26No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia. 27E no tempo do profeta Eliseu havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio”. 28Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até o alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. 30Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Lucas 4,24-30
«Nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra»

Rev. P. Higinio Rafael ROSOLEN IVE
(Cobourg, Ontario, canad)

Hoje, no Evangelho, Jesus nos diz «que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria» (Lc 4,24). Jesus, ao usar este provérbio, está se apresentando como profeta.

“Profeta” é o que fala em nome de outro, o que leva a mensagem de outro. Entre os hebreus, os profetas eram homens enviados por Deus para anunciar, já com palavras, já com signos, a presença de Deus, a vinda do Messias, a mensagem de salvação, de paz e de esperança.

Jesus é o Profeta por excelência, o Salvador esperado; Nele todas as profecias têm cumprimento. Mas, igual como sucedeu nos tempos de Elias E Eliseu, Jesus não é “bem recebido” entre os seus, pois são estes quem cheios de ira «o joga fora da cidade» (Lc 4,29).

Cada um de nós, por motivo de seu batismo, também está chamado a ser profeta. Por isso:

1º. Devemos anunciar a Boa Nova. Para eles, como disse o Papa Francisco, temos que escutar a Palavra com abertura sincera, deixar que toque nossa própria vida, que nos reclame que nos exorte que nos mobilize, pois se não dedicamos um tempo para orar com essa Palavra, então se seremos um “falso profeta”, um “contraventor” ou um “charlatão vazio”.

2º Viver o Evangelho. Novamente o Papa Francisco: «Não nos pedem que sejamos imaculados, mas sim que estejamos sempre em crescimento, que vivamos o desejo profundo de crescer no caminho do Evangelho, e não baixemos os braços». É indispensável ter a segurança de que Deus nos ama, de que Jesus Cristo nos salvou, de que seu amor é para sempre.

3º Como discípulos de Jesus, ser conscientes de que assim como Jesus experimentou a rejeição, a ira, o ser jogado fora, também isto vai estar presente no horizonte de nossa vida cotidiana.

Que Maria, Rainha dos profetas, nos guie em nosso caminho.

«Em verdade, vos digo que nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra»

Rev. D. Santi COLLELL i Aguirre
(La Garriga, Barcelona, Espanha)

Hoje escutamos do Senhor que «nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra» (Lc 4,24). Esta frase —na boca de Jesus— tem sido para muitos e muitas —em mais de uma ocasião— justificação e desculpa para não complicar-nos a vida. Jesus Cristo só quer advertir aos seus discípulos que as coisas não serão fáceis e que freqüentemente, entre aqueles que pensamos que nos conhecem melhor, ainda será mais complicado.

A afirmação de Jesus é o preâmbulo da lição que quer dar à gente reunida na sinagoga e assim, abrir os seus olhos à evidencia de que pelo simples feito de serem membros do “Povo escolhido” não têm nenhuma garantia de salvação, cura, purificação (isso o confirmará com os dados da história da salvação).

Mas, dizia que a afirmação de Jesus, para muitas e muitos é, com excessiva freqüência, motivo de desculpa para não “comprometer-nos evangelicamente” no nosso ambiente cotidiano. Sim, é uma daquelas frases que todos aprendemos de memória e, que efeito faz!

Parece como gravada na nossa consciência de maneira particular e quando no escritório, no trabalho, com a família, no circulo de amigos, no nosso meio social quando devemos de tomar decisões compreensíveis à luz do Evangelho, esta “frase mágica” tira-nos para trás como dizendo-nos: —Não vale a pena esforçar-te, nenhum profeta é bem recebido na sua terra! Temos a desculpa prefeita, a melhor das justificações para não ter que dar testemunho, para não apoiar a aquele companheiro que é vitima da gestão da empresa, ou ignorar e não ajudar à reconciliação daquele casal conhecido.

São Paulo dirigiu-se em primeiro lugar aos seus: foi à sinagoga onde «Paulo foi então à sinagoga e, durante três meses, falava com toda liberdade, discutindo e persuadindo os ouvintes acerca do Reino de Deus» (At 19,8). Não acredita que isso é o que Jesus queria dizer-nos?

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O REINO DE DEUS ESTÁ ENTRE NÓS Lc 4,24-30
HOMILIA

Estamos na Cidade de Nazaré, o berço onde Jesus foi criado pelos seus pais. E então como fizeram em outros lugares, pôs-se a falar aos homens da cidade na sinagoga. Apesar de maravilhados com as palavras de Jesus, esses homens não receberam a graça dos milagres dEle em suas vidas. Não tinham o coração aberto para receberem tais milagres, e por isso ficaram bastante furiosos quando Jesus afirmou, baseado em duas passagens do Antigo Testamento, que a graça vem para aqueles que abrem o coração ao novo, à Boa Nova.

Jesus havia crescido, evoluído em corpo, alma e divindade durante os anos em que passou afastado da sua cidade. E como é revoltante quando queremos trazer algo novo para as pessoas que cresceram conosco, e elas não nos dão credibilidade. A vontade que dá é de fazer o que Jesus fez: denunciar a falta de abertura daquelas pessoas, e seguir o caminho para outro lugar.

Acredito que seja essa a tua sensação diante dos teus, quando retornando a sua casa, sua rua, bairro, cidade. O seu marido, esposa, filhos, familiares e muitos de seus vizinhos, ou colegas do trabalho que acham que já lhe conhecem e por isso nada você tem para lhes ensinar, nem prestam muita atenção ao que você diz. Eles acham que você não vai ter muito o que acrescentar às suas vidas. E no fim das contas parece ser isso mesmo, uma sensação de superioridade em relação à você, que pode até ter crescido em tamanho, mas que não pode ter se desenvolvido tanto como pessoa. É como se fosse vergonhoso aprender ou receber alguma coisa de alguém que você considera igual ou “menor” que você.

Queremos fazer sucesso no ambiente em que as pessoas nos acolhem e nos admiram, porém nem sempre somos acolhidos e admirados porque seguimos os ensinamentos de Deus. Para todos nós é difícil evangelizar as pessoas no lugar onde todos nos conhecem. Assim aconteceu com Elias: num tempo de seca e fome, beneficiou uma mulher estrangeira, da terra dos sidônios. O mesmo sucedeu com Eliseu: curou da lepra um general sírio, ao passo que, em Israel, essa doença vitimava muitas pessoas.

A conclusão de Jesus foi clara: já que o povo de sua cidade insistia em não lhe dar atenção, ele sentiu-se obrigado a ir em busca de quem estivesse disposto a acolhê-lo. Aos duros de coração, no entanto, só restava o castigo. Às vezes não fazemos sucesso onde queríamos, mas o Senhor nos envia a alguém a quem nem imaginamos, para que por nosso meio ela possa obter cura e libertação. Por isso, como Jesus, insista no anúncio, na cura e na libertação dos seus!

Por outro lado é para mim e para ti esta palavra. Você acompanhou o crescimento de algum sobrinho, irmão ou primo mais novo? Você não tem a sensação de que conhece tudo ou quase tudo daquela pessoa? Engano seu.

Por isso, a lição de hoje é: não se ache superior a ninguém. Esteja aberto a novas possibilidades. Não é motivo de vergonha aprender ou receber algo de uma pessoa que você considere menos experiente. Alías não há nenhum pobre que não tenha nada a dar e também não há nenhum rico que não tenha nada a receber. Precisamos uns dos outros e aprendemos uns dos outros.

A reação dos habitantes de Nazaré, diante da pregação de Jesus, foi de aberta rejeição. Foi tal o desprezo pelas palavras do Mestre, que eles decidiram eliminá-lo lançando-o de um precipício.

É possível imaginar a decepção de Jesus, diante da rejeição de seus conterrâneos. Ele tentou compreender a situação, rememorando as experiências de profetas do passado que, rejeitados por seu povo, foram bem acolhidos pelos estrangeiros.

Longe de mim e de ti seguir o exemplo do povo de Nazaré. Jesus quer encontrar, em nós, abertura para acolhê-lo e disponibilidade para converter-nos. Ninguém é obrigado a aceitar este convite. Entretanto, fechar-se para Jesus significa recusar a proposta da vida, de salvação que Ele, em nome do Pai, veio nos trazer.
Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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Um comentário:

  1. Maravilha as explicações sobre o evangelho do profeta que não é aceito na sua patria

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