terça-feira, 13 de junho de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Mt 9,36-10,8 - 18.06.2017

11º Domingo do Tempo Comum
18 de Junho de 2017
Cor: Verde

Evangelho - Mt 9,36-10,8

Jesus chamou seus doze discípulos e os enviou.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 9,36-10,8

Naquele tempo:
36Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas,
porque estavam cansadas e abatidas,
como ovelhas que não têm pastor.
Então disse a seus discípulos:
37'A Messe é grande, mas os trabalhadores são poucos.
38Pedi pois ao dono da messe
que envie trabalhadores para a sua colheita!'
10,1Jesus chamou os doze discípulos
e deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus
e para curarem todo tipo de doença e enfermidade.
2Estes são os nomes dos doze apóstolos:
primeiro, Simão chamado Pedro, e André, seu irmão;
Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João;
3Filipe e Bartolomeu;
Tomé e Mateus, o cobrador de impostos;
Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu;
4Simão, o Zelota, e Judas Iscariotes,
que foi o traidor de Jesus.
5Jesus enviou estes Doze,
com as seguintes recomendações:
'Não deveis ir aonde moram os pagãos,
nem entrar nas cidades dos samaritanos!
6Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel!
7Em vosso caminho, anunciai:
O Reino dos Céus está próximo'.
8Curai os doentes, ressuscitai os mortos,
purificai os leprosos, expulsai os demônios.
De graça recebestes, de graça deveis dar!
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Mt 9,36-10,8
«Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá eternamente»

Hoje, toda a mensagem que ouviremos e viveremos está contida no "o pão". O sexto capítulo do Evangelho segundo são João, relata o milagre da multiplicação dos pães, e segue com um grande discurso de Jesus, um desses fragmentos ouvimos hoje. Interessa-nos muito entendê-lo, não só para viver a festa do “Corpus” e o sacramento da Eucaristia, senão também para compreender uma das mensagens centrais do seu Evangelho.

Há multidões famintas que precisam pão. Há toda uma humanidade próxima à morte e ao vazio, carente de esperança, que necessita de Jesus Cristo. Há um Povo de Deus crente e caminhante que precisa encontrá-lo visivelmente para seguir vivendo Dele e alcançar a vida. Há três tipos de fome e três experiências de sacies, que correspondem a três formas de pão: o pão material, o pão que é a pessoa de Jesus Cristo e o pão eucarístico.

Sabemos que o pão mais importante é Jesus Cristo. Sem Ele não podemos viver de nenhuma maneira. «Pois sem mim, nada podeis fazer» (Jô 15,5). Mas Ele mesmo quis dar de comer ao faminto e, além do mais, fez disso um imperativo evangélico fundamental. Certamente pensava que era uma boa forma de revelar e verificar o amor de Deus que salva. Mas também quis fazer-se acessível a nós em forma de pão, para os que ainda caminhamos na historia, permaneçamos nesse amor e alcancemos assim a vida.

Ele queria, antes de tudo, ensinar-nos que devemos buscá-lo e viver Dele? quis demonstrar seu amor dando de comer ao faminto, oferecendo-se constantemente na Eucarística: «Quem consome este pão viverá para sempre» (Jô 6,58). Santo Agostinho comentava este Evangelho com frases atrevidas e figurativas: «Quando se come a Cristo, se come a vida (...). Se vos separais até o ponto de não comer o Corpo e não beber o Sangue do Senhor, é de temer-se que morrais».
Mons. Agustí CORTÉS i Soriano Bispo de Sant Feliu de Llobregat 
(Barcelona, Espanha)

© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors 


Messe é grande, vocação dos apóstolos
HOMILIA

A passagem relata uma experiência interior do Senhor Jesus, que ao contemplar a multidão que sai em sua busca, sente compaixão deles “porque estavam cansados e abandonados, como ovelhas que não têm pastor.”
A primeira reação do Senhor ao ver a multidão “como ovelhas sem pastor” é a de convidar os seus discípulos para rogar “ao dono da colheita que mande trabalhadores à messe”, dado que “a colheita é abundante, mas os trabalhadores são poucos”.
Ante a abundância da colheita há que se pedir ao “dono”, ou seja, a Deus que envie mais operários para ajudar na messe. A oração de petição é fundamental. Também Moisés, séculos atrás, havia elevado a Deus esta oração: «Que o Senhor… ponha um homem à frente desta comunidade, um que saia e entre diante deles e que os faça sair e entrar, para que não fique a comunidade do Senhor como rebanho sem pastor.» (Nm 27, 15-17)
Logo depois de convidar a todos os seus discípulos à oração, chamou “os doze”, deu-lhes autoridade para expulsar espíritos imundos e curar toda enfermidade e doença, e os enviou a proclamar que “o Reino dos Céus está próximo”. O Senhor não só convida à oração, que é o primeiro e essencial, mas sim responde com a ação. O ministério confiado aos doze” brota da compaixão de Cristo e é, ao mesmo tempo, resposta a essa oração.
Deu-lhes poder. De que poder se trata? É o poder que possui o Senhor Jesus, poder divino, poder sobre toda enfermidade, sobre o pecado, sobre a morte, sobre o maligno e o mal. O Senhor lhes comunica seu mesmo poder divino para que com grandes milagres pudessem sustentar a verdade de seu anúncio.
Uma vez revestidos de Seu poder, “os doze” foram enviados pelo Senhor com uma missão específica: proclamar aos filhos de Israel que o Reino dos Céus está próximo. É o mesmo anúncio que João, o Batista, e também Jesus faziam até então (ver Mt 3,1-2; 4,17). É um chamado à conversão, a preparar os corações para acolher ao Messias divino, seu Evangelho e o dom da Reconciliação dado por Ele. “Os doze” –cujos nomes o Evangelista considera necessário designar– são os primeiros “operários” –mas não os únicos– chamados a prolongar a missão do Senhor Jesus naqueles lugares não alcançados ainda por sua pregação (ver Jo 20,21).
O Senhor, naquela primeira missão, envia os doze” exclusivamente às ovelhas desencaminhadas de Israel, porque a Israel tinha prometido Deus um Messias, porque a Israel tinha prometido a boa nova da salvação por meio dos antigos profetas. Em Jesus Cristo, Deus cumpre aquela antiga promessa feita a Israel. O envio, restringido em um princípio somente “às ovelhas perdidas de Israel”, será estendido pelo Senhor a todos os homens de todas as culturas e épocas antes de ascender glorioso aos Céus: «Ide e façam discípulos a todos os povos» (Mt 28,19).
«De graça o receberam, dêem de graça», diz o Senhor. E o que recebemos de graça? Cristo! E o que temos que dar de graça? Cristo! Quem se encontrou com Ele, quem –como diz São Paulo– foi “alcançado” por Ele (Fl 3,12), experimenta o que não pode ficar somente para si mesmo, que não pode conter seu anúncio! Com efeito, o autêntico encontro com o Senhor Jesus, enche de sentido e gozo a própria existência e leva a desejar comunicar também aos outros a imensa alegria que se experimenta em si mesmo.
Fonte http://www.vidacrista.org.br/

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