sexta-feira, 9 de junho de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Mc 12,38-44 - 10.06.2017

Sábado da 9ª Semana do Tempo Comum
10 de Junho de 2017
Cor: Verde

Evangelho - Mc 12,38-44

Esta viúva pobre deu mais do que todos os outros.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 12,38-44

Naquele tempo:
38Jesus dizia, no seu ensinamento a uma grande multidão:
'Tomai cuidado com os doutores da Lei!
Eles gostam de andar com roupas vistosas,
de ser cumprimentados nas praças públicas;
39gostam das primeiras cadeiras nas sinagogas
e dos melhores lugares nos banquetes.
40Eles devoram as casas das viúvas,
fingindo fazer longas oraçðes.
Por isso eles receberão a pior condenação'.
41Jesus estava sentado no Templo,
diante do cofre das esmolas,
e observava como a multidão depositava
suas moedas no cofre.
Muitos ricos depositavam grandes quantias.
42Então chegou uma pobre viúva
que deu duas pequenas moedas,
que não valiam quase nada.
43Jesus chamou os discípulos e disse:
'Em verdade vos digo,
esta pobre viúva deu mais do que todos os outros
que ofereceram esmolas.
44Todos deram do que tinham de sobra,
enquanto ela, na sua pobreza,
ofereceu tudo aquilo que possuía para viver'.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Mc 12,38-44
«Chegou então uma pobre viúva e deu duas moedinhas»

Hoje como no tempo de Jesus, os seus devotos —e ainda mais os “profissionais” da religião— podem sofrer a tentação de uma espécie de hipocrisia espiritual, manifestada nas atitudes vaidosas, justificadas pelo fato de sentirmo-nos melhor que os outros: por alguma razão somos crentes, praticantes... os puros! Pelo menos no interior da nossa consciência, às vezes nos sentimos assim; sem chegar, porém a “fazer que rezamos” e ainda menos a “devorar os bens dos demais”.

No contraste evidente com os mestres da lei, o Evangelho apresenta-nos o gesto simples, insignificante, de uma mulher viúva que suscitou a admiração de Jesus: «Chegou então uma pobre viúva e deu duas moedinhas» (Mc 12,42). O valor do donativo era quase nulo, mas a decisão daquela mulher era admirável, heróica: deu tudo o que tinha para viver.

Neste gesto, Deus e os demais passavam diante dela e das suas próprias necessidades. Ela permanecia totalmente nas mãos da Providência. Não tinha outra coisa onde apoiar-se, porque voluntariamente havia deixado tudo ao serviço de Deus e da atenção dos pobres. Jesus —que o viu— valorou o esquecimento de si mesmo, e o desejo de glorificar a Deus e de socorrer os pobres, como o donativo mais importante de todos os que haviam feito.

Tudo indica que a opção fundamental e salvadora tem lugar no núcleo da própria consciência, quando decidimos abrir-nos a Deus e viver em disposição ao próximo; o valor da eleição não vem pela qualidade ou a quantidade da obra feita, senão pela pureza da intenção e a generosidade do amor.
Rev. D. Enric PRAT i Jordana 
(Sort, Lleida, Espanha)
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors 


JESUS E OS MESTRES DA LEI Mc 12,38-44
HOMILIA

O Evangelho é de S. Marcos, e diz-nos que os escribas e fariseus fazem ostentação da sua suposta bondade. Dão esmolas, tocando a campainha; rezam no templo à frente e em tom de grandiosidade; ocupam os primeiros lugares, etc.

Acautelai-vos dos escribas. Eles gostam de passear com longas vestes e de receber cumprimentos nas praças. Querem os primeiros assentos nas sinagogas e os primeiros lugares nos banquetes.

Logo a seguir, S. Marcos conta-nos a história da viúva que, dando a mais pequena das moedas, dava tudo quanto tinha. Foi uma atitude que Jesus apreciou e dela fez o elogio aos seus discípulos. A esmola da viúva, modesta no seu valor, foi a de maior significado. A Misericórdia é uma virtude moral pela qual uma pessoa se dedica à outra com compaixão, dando ajuda espiritual e material na medida das suas posses.

O mérito não está na grandeza ou pequenez da nossa oferta à Deus. Mas sim em como o fazemos.

Os mestres da Lei, por exemplo, prevalecendo-se da estima que gozavam do povo, tornavam-se vaidosos e inescrupulosos. Sentiam prazer em ser reconhecidos como pessoas altamente consideradas. Sendo assim, abusavam da boa fé e da hospitalidade das pobres viúvas, passando longas horas de oração na casa delas, só para comer do bom e do melhor. Com prazer jogavam consideráveis esmolas no tesouro do templo, para serem vistos e louvados pelos presentes. Tal esmola, porém, embora valiosa em termos monetários, não tinha valor para Deus.

Bem diferente era o destino e a situação da pobre viúva que, tendo oferecido apenas algumas moedinhas, fez um gesto altamente agradável a Deus, porque marcado pela simplicidade e pela discrição. Talvez, só Jesus a tenha observado. A viúva não ofereceu do seu supérfluo. Antes, abriu mão do que lhe era necessário, para fazer um gesto agradável a Deus. Por isso, seu pouco se tornou muito aos olhos de Jesus. Por que Deus vê o coração, sabe a tua dor, as tuas aflições e necessidades.

Jesus sabe daquilo que eu e você podemos doar. Ele acredita no meu e no teu potencial e preparou muitas coisas que somente eu e você pode resolver. Mas eu e você ainda não demos tudo o que podíamos e por isso continuamos amarrados, muitas vezes infelizes. Não sejamos egoístas, mas generosos. Diga o teu sim e dê tudo àquilo que você pode e deve dar. Siga o exemplo da viúva e veja como ela agradou a Deus. Se assim fizeres também a tua oferta será agradável a Deus!

Senhor Jesus, dá-me pureza de coração, para que todas as minhas ações sejam marcadas pela sinceridade e por um amor verdadeiro ao Pai.
Fonte http://homilia.cancaonova.com

Leia também:

Nenhum comentário:

Postar um comentário