quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Mc 8,27-33 - 16.02.2017

5ª-feira da 6ª Semana do Tempo Comum
16 de Fevereiro de 2017
Cor: Verde

Evangelho - Mc 8,27-33

Tu és o Messias...
E começou a ensiná-los, dizendo
que o Filho do Homem devia sofrer muito.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 8,27-33

Naquele tempo:
27Jesus partiu com seus discípulos
para os povoados de Cesaréia de Filipe.
No caminho perguntou aos discípulos:
'Quem dizem os homens que eu sou?'
28Eles responderam:
'Alguns dizem que tu és João Batista;
outros que és Elias; outros, ainda, que és um dos profetas.'
29Então ele perguntou:
'E vós, quem dizeis que eu sou?'
Pedro respondeu:
'Tu és o Messias.'
30Jesus proibiu-lhes severamente
de falar a alguém a seu respeito.
31Em seguida, começou a ensiná-los, dizendo
que o Filho do Homem devia sofrer muito,
ser rejeitado pelos anciãos,
pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei,
devia ser morto, e ressuscitar depois de três dias.
32Ele dizia isso abertamente.
Então Pedro tomou Jesus à parte
e começou a repreendê-lo.
33Jesus voltou-se, olhou para os discípulos
e repreendeu a Pedro, dizendo:
'Vai para longe de mim, Satanás!'
Tu não pensas como Deus,
e sim como os homens.'
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Mc 8, 27-33
A resposta que damos à pergunta que Jesus faz aos discípulos e a cada um de nós no Evangelho de hoje mostra principalmente o significado que ele tem em nossas vidas e exige coerência no relacionamento que nós temos com ele. Para Pedro, Jesus é o Messias, o enviado de Deus, o Ungido, o Salvador, mas Pedro é incoerente no relacionamento, pois não quer submeter-se a ele e aceitar os caminhos da salvação. Assim também acontece conosco: dizemos que Jesus é amor, mas não amamos; que é Deus, mas não o servimos; que é o enviado do Pai, mas não o ouvimos; que é nosso irmão, mas não criamos fraternidade.
Fonte CNBB


TU ÉS O CRISTO, O FILHO DO DEUS VIVO! Mc 8,27-33
HOMILIA

Jesus encerra o seu ministério entre os gentios. E decide dirigir-se para o sul a caminho de Jerusalém, pela Judéia, em um ambiente exclusivamente judaico, para ali fazer seu anúncio libertador. Depois de tudo o que falou e fez entre os gentios, agora quer colher a consciência popular sobre o que as pessoas dizem da sua pessoa: Quem o povo diz que eu sou? O mestre sabia das diversas imagens a respeito de sua personalidade. Mas Ele quer ouvir dos seus, o que têm escutado entre os ‘bastidores’, e pergunta sobre isso aproveitando a ocasião da viagem em direção às aldeias de Cesaréia de Felipe. Como era do conhecimento do mestre, as respostas são divergentes e até mesmo absurdas: Alguns dizem que o senhor é João Batista; outros que é Elias; e outros que é um dos profetas. Estas, cheiram à reencarnação de João Baptista, ao retorno de Elias e até citam Jeremias, em Mateus.

Falar sobre o que os outros dizem sobre Jesus era tão fácil que todos levantaram para se pronunciarem. Só que, o que Jesus queria mesmo era ouvir os discípulos, a resposta deles. Sobre o que eles pensavam do mestre. Até porque Ele não estava interessado em saber o que o povo dizia. Ele já o sabia. Ele quer sim saber se no coração de seus discípulos já se delineara a certeza de sua essência. E então redireciona a pergunta: Mas vós, quem dizeis que eu sou? Ante esta terrível pergunta, Pedro cheio do Espírito Santo, logo se apresenta para afirmar: Tu és o Cristo. Em Mateus aparece a profissão de fé mais contundente: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.

A esta afirmação, Jesus adverte que ainda não era hora de tornar público toda a verdade, e que esperassem um pouco mais para começar a propagar que Deus se fizera carne e habitava entre nós. E então, percebeu que havia alcançado o seu objetivo entre os seus discípulos, e que este conhecimento os fortaleceria para pregarem a sua mensagem a todos os demais. Eis o segredo de um ministério vitorioso: Deixar bem claro na mente e no coração de todos a verdade, para que estes dêem continuidade à pregação com zelo, com certeza e com firmeza. Jesus começa a ensinar a seus discípulos o que o aguardava: O Filho do Homem terá de sofrer muito. Ele será rejeitado pelos líderes judeus, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da Lei. Será morto e, três dias depois, ressuscitará.

Esta parte era a mais dura de ouvir a ponto de constranger os discípulos, pois eles esperavam que seu líder fosse reconhecido e homenageado pelos príncipes e recebesse honrarias, e não o contrário. Isto pareceu fora de propósito. Foi por isso que Pedro chamou Jesus à parte e começou a reprová-lo. Mas Jesus chega a conclusão que até Pedro tinha dado ouvidos a satanás e então, virando-lhe as costas, volta-se em direção aos discípulos, e repreende com veemência ao espírito que falava pela boca de Pedro naquela hora: Saia da minha frente, Satanás! Você está pensando como um ser humano pensa e não como Deus pensa.

Este episódio nos demonstra que ainda não estavam suficientemente maduros e ainda permitiam que o inimigo se manifestasse no meio deles. Esta muitas vezes é a minha e a tua situação. Quando nós não vivemos a constante vigilância e oração: vigiai e orai para não cairdes em tentação. Ditraídos, o diabo pode  nos pegar de surpresa e nos derrubar em questão de segundos.

Graças a Deus o tempo do titubeio durou pouco, e logo os discípulos ficaram prontos para o Ministério da Salvação. Assim como eles, nós também precisamos pedir a Deus a graça do amadurecimento gradual da fé em nós e a revelação da verdadeira identidade de Jesus, servo fiel, cuja vida esteve totalmente entregue em tuas mãos.

Pai, revela-me a verdadeira identidade de Jesus, servo fiel, cuja vida esteve totalmente entregue em tuas mãos. E dá-me a graça de, como Ele, ser fiel a Ti.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/

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