domingo, 19 de fevereiro de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Mc 10,1-12 - 24.02.2017

6ª-feira da 7ª Semana do Tempo Comum
24 de Fevereiro de 2017
Cor: Verde

Evangelho - Mc 10,1-12

O que Deus uniu, o homem não separe!

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 10,1-12

Naquele tempo:
1Jesus foi para o território da Judéia,
do outro lado do rio Jordão.
As multidões se reuniram de novo, em torno de Jesus.
E ele, como de costume, as ensinava.
2Alguns fariseus se aproximaram de Jesus.
Para pô-lo à prova,
perguntaram se era permitido ao homem
divorciar-se de sua mulher.
3Jesus perguntou:
'O que Moisés vos ordenou?'
4Os fariseus responderam:
'Moisés permitiu escrever uma certidão de divórcio
e despedi-la'.
5Jesus então disse:
'Foi por causa da dureza do vosso coração
que Moisés vos escreveu este mandamento.
6No entanto, desde o começo da criação,
Deus os fez homem e mulher.
7Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe
e os dois serão uma só carne.
8Assim, já não são dois, mas uma só carne.
9Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!'
10Em casa, os discípulos fizeram, novamente,
perguntas sobre o mesmo assunto.
11Jesus respondeu:
'Quem se divorciar de sua mulher e casar com outra,
cometerá adultério contra a primeira.
12E se a mulher se divorciar de seu marido
e casar com outro, cometerá adultério.'
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Mc 10, 1-12
A nossa vida é condicionada por leis que os homens fizeram, às quais nós devemos nos submeter para viver na legalidade. Porém, devemos ter consciência do fato de que, nem tudo o que é legal, é justo, no sentido pleno da palavra. Podemos citar alguns exemplos como a questão dos juros: é legal para o banco pagar menos de 1% ao mês para cadernetas de poupança e cobrar mais de 10% ao mês por empréstimos que realiza. É legal na sociedade brasileira o divórcio que, perante os olhos de Deus, não conduz o homem à justiça, mas sim ao pecado e à morte, pois desrespeita compromissos e direitos de cônjuges, filhos, da comunidade eclesial e da própria sociedade.
Fonte CNBB


Só o amor baseado em Deus resiste ao tempo
HOMILIA

As paixões passam, mas o amor baseado em Deus permanece e amadurece com o tempo. Por isso precisamos lutar contra essa visão descartável ensinada pelo mundo de que  “o amor vale enquanto dura, enquanto um suporta o outro”.

”Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!” (Mc 10,7-8).

A Igreja nos chama à atenção para os tempos em que nós vivemos, no qual se dissemina por toda parte a chamada: ”epidemia do divórcio”. O casamento virou uma coisa descartável, a união sem compromisso de vida parece que está em moda. E hoje nós olhamos para a Palavra de Deus, para aquilo que o Evangelho nos propõe e perguntamos: “O casamento, segundo a vontade de Deus, é impossível de ser vivido?” Impossível não, porque nada é impossível para aquele que crê em Deus! Mas sabemos que não é fácil construir uma vida a dois por toda a vida, porque isso exige compromisso das duas partes, exige responsabilidade, fidelidade e consciência das duas partes daquilo que se propuseram a viver.

Mas o que o Evangelho nos propõe não é uma ”utopia”, porque há muitos casais que, mesmo em meio às lutas e aos desafios da vida, conseguem levar a termo o seu casamento. Não quero jogar pedras em ninguém, nem julgar, quanto menos condenar ninguém. Muito pelo contrário, quero acolher com todo amor do meu coração as diversas realidades de casamento de casais que lutaram, lutaram e, de repente, a união deles não deu certo.

O que devemos fazer é propor o caminho, propor a direção da vida, assim como nos propôs Nosso Mestre e Nosso Senhor Jesus Cristo. O casamento é um compromisso para toda a vida. Por isso precisamos lutar, justamente, contra essa visão descartável ensinada pelo mundo de que “o amor vale enquanto dura, enquanto um suporta o outro”.

O amor se renova, se desdobra e recomeça, por isso se deve lutar por ele! É importante que nós não percamos a visão neste mundo em que já não vemos mais as coisas como Deus nos ensina.

Primeira coisa para conseguirmos isso: precisamos preparar melhor os nossos jovens para que tenham consciência dos deveres e das obrigações do matrimônio. Não podemos permitir que os nossos jovens vão para um casamento, para uma união, para um compromisso a dois, sem a consciência das responsabilidades que vêm com um matrimônio. É preciso fazê-los entender que paixões passam, mas o amor permanece e amadurece com o tempo.

Por outro lado, todos os casais, casados há um ano, há alguns meses, dias ou há muitos anos, precisam ter sempre a consciência de que há a necessidade de uma formação permanente para a vida matrimonial. E buscarem ajuda de Deus, acima de tudo, pela oração; buscarem ajuda da Igreja pelos ensinamentos dela, pela sua doutrina, e acreditarem que o amor, quando é baseado e sustentado em Deus, pode prevalecer contra todos os inimigos do matrimônio.

Deus abençoe você, seu casamento e sua família!

Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/

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