quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Mc 7,14-23 - 08.02.2017

4ª-feira da 5ª Semana do Tempo Comum
8 de Fevereiro de 2017
Cor: Verde

Evangelho - Mc 7,14-23

O que torna impuro o homem é o que sai do seu interior.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 7,14-23

Naquele tempo:
14Jesus chamou a multidão para perto de si
e disse: 'Escutai todos e compreendei:
15o que torna impuro o homem
não é o que entra nele vindo de fora,
mas o que sai do seu interior.
16Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.'
17Quando Jesus entrou em casa, longe da multidão,
os discípulos lhe perguntaram sobre essa parábola.
18Jesus lhes disse:
'Será que nem vós compreendeis?
Não entendeis que nada do que vem de fora
e entra numa pessoa, pode torná-la impura,
19porque não entra em seu coração,
mas em seu estômago e vai para o fossa?'
Assim Jesus declarava
que todos os alimentos eram puros.
20Ele disse: 'O que sai do homem,
isso é que o torna impuro.
21Pois é de dentro do coração humano
que saem as más intençðes, imoralidades, roubos, assassínios,
22adultérios, ambiçðes desmedidas, maldades, fraudes,
devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo.
23Todas estas coisas más saem de dentro,
e são elas que tornam impuro o homem.'
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Mc 7, 14-23
Todos nós somos capazes de ver a influência que a sociedade exerce sobre o comportamento das pessoas e muitas vezes ouvimos pessoas que querem responsabilizar outras pessoas ou a sociedade pelos seus próprios atos. Jesus, no Evangelho de hoje, nos mostra que, na verdade, a responsabilidade do ato compete à própria pessoa, pois a pessoa age de acordo com os valores ou desvios que estão presentes no seu coração. É claro que existe a influência do meio, mas ela só determina a vida da pessoa se encontra eco no seu coração, caso contrário, a pessoa rejeita essa influência.
Fonte CNBB


JESUS, DAÍ-ME UM CORAÇÃO NOVO Mc 7, 14-23
HOMILIA

A meu ver hoje Marcos nos mostra que o processo de contaminação pela impureza era uma questão grave! E ultrapassava toda a imaginação dos escribas e fariseus. Eles temiam tornarem-se impuros pelo contato físico com coisas e pessoas. Assim conduzidos pelo pensamento tão equivocado estavam impedidos de perceber os verdadeiros agentes de contaminação.

Era urgente que Jesus apontasse para eles onde estavam e em que consistiam os elementos contaminadores. Desta maneira, para Jesus o que contamina o homem não está fora de si. Mas sim está radicado no mais intimo do coração humano. Infelizmente não é fácil se precaver quando não se tem um coração puro. Dai provêm às impurezas que incapacitam o ser humano para um relacionamento adequado com Deus.

É relativamente fácil segregar-se das coisas e pessoas tidas como transmissoras de impureza. Pelo contrário, é extremamente difícil manter a devida distância do que saí de dentro da pessoa e tem o poder de contaminar. Vigilância e discernimento são duas atitudes imprescindíveis. Sem elas, a hipocrisia apodera-se da ação humana. Não raro, a pessoa fiel às regras de purificação acaba sendo a mesma que nutre maus pensamentos contra o próximo.

O discípulo do Reino previne-se contra esta falta de autenticidade. Dele se exige, em primeiro lugar, a purificação das motivações de sua ação. Seu agir deve brotar de um coração puro, sem dolo nem má-fé e buscar unicamente o bem do próximo. Esta é a pureza requerida por Deus. A outra se reduz à mera questão de higiene, sem a menor relevância.

Portanto, e como dizia no ontem, só se é verdadeiro discípulo, quando trazemos e nutrimos no coração uma experiência inspirada nos sentimentos do coração de Deus. A interioridade é, na verdade, a força sustentadora da autêntica experiência de fé, de culto a Deus e de sinceridade no relacionamento com os outros. Jesus pede dos seus discípulos esta construção e esta conquista. O de fora se sustenta autenticamente a partir do que está no fundo do coração. Manter as aparências e enganar é hipocrisia.

O discípulo de Jesus não pode descarrilar e viver na superficialidade, nas coisas externas. Isto só é possível na medida em que o discípulo compreende que o impuro não é o entra nele vindo de fora, explicou Jesus chamando para perto de si à multidão. Impuro é o que sai do interior. Ele recorda em linguagem bem direta que o que sai do interior é que é impuro: as más intenções, imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo. Jesus conclui: ‘Todas estas coisas más saem de dentro e são elas que tornam impuro o homem’. É fácil colocar capaz, roupas e cores que indicam outras coisas, até nobres. O que vale é verificar o fundo do coração, diante de Deus e da própria consciência. Deus, não se engana. Ele, mais do que qualquer outro, mesmo a própria pessoa, conhece o mais escondido do coração. Ao discípulo só resta uma alternativa.

Passar a limpo a própria interioridade, permanentemente, e escolher sempre o caminho do amor que resgata, nos recria, nos perdoa e nos reconcilia com Deus. Outra opção de que devemos a todo custo fugir é hipócrita. Isto é, a condição de um povo que ‘louva com os lábios, mas o coração está longe de Deus’

“A mais longa jornada é a jornada interior,” escreveu Dag Hammerskjold. Como isto é verdade! Jesus entendeu as condições do coração humano. O que é em nossos corações pode realmente nos fazer necessitar uma cirurgia espiritual do coração. De nossos corações vêm os maus pensamentos, imoralidade sexual, crimes, violência, cobiça, más intenções, fraudes e muito mais. Corramos a cirurgião de todos os tempos para que Ele faça um novo transplante do nosso coração. Tire-nos o de pedra e nos dê o coração de carne! Tire-me o coração velho e me revista do teu sempre novo, capaz de amar e perdoar até os meus inimigos e perseguidores. Capaz de compreender, acolher, dialogar e, sobretudo a não olhar somente pelo exterior, mas sim para o meu interior. Preocupando-me com a sua purificação continua. JESUS, MANSO E HUMILDE DE CORAÇÃO, FAZEI O MEU CORAÇÃO SEMELHANTE AO VOSSO. FAZEI-ME VIVER O AMOR E A RECONCILIAÇÃO!
Fonte http://homilia.cancaonova.com/

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