sexta-feira, 7 de outubro de 2016

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho - Lc 11,27-28 - 08.10.2016 - Feliz o ventre que te trouxe. Muito mais felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus.

Sábado da 27ª Semana
Tempo Comum
Cor: Verde

Evangelho - Lc 11,27-28

Feliz o ventre que te trouxe.
Muito mais felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 11,27-28

Naquele tempo:
27Enquanto Jesus falava,
uma mulher levantou a voz no meio da multidão e lhe disse:
'Feliz o ventre que te trouxe
e os seios que te amamentaram.'
28Jesus respondeu:
'Muito mais felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus
e a põem em prática.'
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Lc 11, 27-28
A maternidade carnal de Maria é muito importante e, é claro, muito valorizada por Jesus, mas é apenas uma maternidade, algo que faz parte da natureza de todas as mulheres. No Evangelho de hoje, Jesus contrasta a maternidade carnal de sua mãe com a grandeza da fé e do seguimento dos valores do Reino, o que não faz parte da natureza humana, mas é fruto da atuação da graça divina em nós, e que fazia parte da vida de Maria. Mas Maria, quando se dispôs a fazer a vontade de Deus e disse Sim ao seu projeto de amor, foi muito além, pois sua maternidade não foi apenas carnal, foi divina.
Fonte CNBB


Maria, modelo de escuta e meditação da Palavra de Deus
HOMILIA

“Naquele tempo, enquanto Jesus falava, uma mulher levantou a voz no meio da multidão e lhe disse: ‘Feliz o ventre que te trouxe e os seios que te amamentaram’. Jesus respondeu: ‘Muito mais felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática'” (cf. Lc 11,27-28).

Este é o Evangelho da Liturgia de hoje. Duas coisas importantíssimas para refletir. Jesus repreende esta mulher que faz um elogio àquela que lhe havia dado a vida, amamentado? De maneira nenhuma! Esse elogio quer dizer: “Feliz é tua mãe por ter um filho tão sábio, tão santo, um profeta! Ela te educou muito bem, ela deve ser muito feliz por você ser o seu filho, deve ter orgulho de ti!”.

As tradições, a religião, os costumes e a boa educação eram transmitidos dos pais aos filhos. Nisso podemos verdadeiramente elogiar e honrar Maria e José, que transmitiram a Jesus – com muita fidelidade e amor às tradições – a fé no Deus único e a Sagrada Escritura.

Mas também, por outro lado, podemos elogiar e nos espelhar na Virgem Maria: “Muito mais felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática”. Lembremos da Visita de Maria a sua prima Santa Isabel. Esta diz para Maria: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!” (cf. Lc 1,42-45). Maria tinha os ouvidos voltados a Jesus. Ouvia, escutava e meditava no coração e praticava na vida, acompanhando seu Filho em todos os passos, do nascimento à Cruz.

Portanto, Maria é modelo de escuta, de meditação e de prática da Santa Palavra de Deus.

Vejamos o que diz a jovem Maria ao receber o anúncio do Anjo Gabriel sobre a vontade do Senhor para sua vida e a Encarnação do Filho de Deus: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua Palavra” (cf. Lc 1,38). E o Verbo se fez carne no ventre fecundo de Nossa Senhora.

O leite é a primeira fonte segura e sustentável de alimento de uma criança, ou seja, é o primeiro sustento e afeto maternal de um ser humano. Por falar em leite, lembrei-me que ao visitar Belém, na Terra Santa, uma gruta próxima a Basílica da Natividade é considerada – segundo a tradição – o local onde a Sagrada Família parou, enquanto fugia rumo ao Egito e onde, também, Nossa Senhora amamentou o Menino Jesus.

A tradição afirma ainda que, durante a amamentação, uma gota de leite caiu sobre a rocha da gruta que tornou-se branca. E assim ficou conhecida como a Gruta do Leite. Tanto os cristãos como os islâmicos acreditam que o pó branco da gruta ajuda a estimular a produção do leite materno e intensificar a fertilidade. No lado externo da gruta é possível encontrar uma sala reservada para testemunhos de diversos países sobre histórias de mulheres que encontravam-se com dificuldades de fertilidade e que após ingerirem o pó conseguiram engravidar.

Meditando sobre tudo isso, onde eu busco a fonte da minha fecundidade? Na Palavra de Deus, na vida de oração, no amor, na obediência e na escuta? E ainda: Que tipo de elogio ou crítica eu recebo das pessoas? Questione-se!

padre Luizinho

Padre Luizinho – Comunidade Canção Nova
Fonte http://homilia.cancaonova.com/

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