sexta-feira, 7 de outubro de 2016

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho - Lc 11,37-41 - 11.10.2016 - Dai esmola do que vós possuís e tudo ficará puro para vós.

3ª-feira da 28ª Semana
Tempo Comum
Cor: Verde

Evangelho - Lc 11,37-41

Dai esmola do que vós possuís
e tudo ficará puro para vós.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 11,37-41

Naquele tempo:
37Enquanto Jesus falava,
um fariseu convidou-o para jantar com ele.
Jesus entrou e pôs-se à mesa.
38O fariseu ficou admirado
ao ver que Jesus não tivesse lavado as mãos
antes da refeição.
39O Senhor disse ao fariseu:
'Vós fariseus, limpais o copo e o prato por fora,
mas o vosso interior está cheio de roubos e maldades.
40Insensatos! Aquele que fez o exterior
não fez também o interior?
41Antes, dai esmola do que vós possuís
e tudo ficará puro para vós.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Lc 11, 37-41
O Evangelho que nos é proposto para a reflexão a partir da liturgia de hoje é altamente questionador no que diz respeito à nossa fé e à nossa vivência religiosa. Para quem crê verdadeiramente, o importante não é a prática exterior, pois esta prática só encontra seu verdadeiro sentido quando é uma expressão do que realmente se crê e se vive, caso contrário, caímos na insensatez: celebramos o que não vivemos nem construímos, e revelamos valores que não são nossos, nem são importantes para nós. O Evangelho de hoje exige de nós coerência entre o que celebramos e o que vivemos, para que as nossas celebrações não sejam ritos vazios e estéreis, mas espírito e verdade.
Fonte CNBB


JESUS E OS MESTRES DA LEI Lc 11,37-41
HOMILIA

Os evangelistas com frequência usam um estilo literário resumido e próprio para exprimir as ações e as mensagens de Jesus. Lucas é o único evangelista a mencionar refeições de Jesus na casa de fariseus. Nesta narrativa de hoje, por ocasião do jantar de Jesus, temos uma introdução a uma série de advertências à doutrina dos fariseus, com sucessivos “ais”, que se seguirão.

O que deflagra as sucessivas advertências de Jesus é a crítica que fazem sobre sua inobservância em relação à purificação ritual dos pratos e talheres antes da refeição. Jesus em sua réplica transfere esta questão particular para a questão mais ampla da própria religião dos fariseus: preocupam-se com a pureza externa, que fica nas aparências, mas não são zelosos no essencial que é o interior da pessoa, suas intenções e desejos. Está em foco não cada fariseu individualmente, mas sua própria religião.

A impureza interior dos fariseus consiste na avareza e cobiça, que leva à prática do roubo e maldades. Em sua experiência religiosa, preocupavam-se apenas com minúcias e aparências, ignorando a justiça e o amor de Deus, que são essenciais. Chega-se à verdadeira religião pela pureza interior, que consiste em abandonar a avareza e a cobiça, doando-se e partilhando com os empobrecidos e excluídos.

A partir deste texto chegamos à conclusão de que a Deus não interessa as purificações externas rituais. Estas foram criadas para dar boa consciência aos líderes religiosos. O que agrada a Deus é um coração puro, libertado das ambições e maldades, que transborda em atos concretos de amor aos irmãos. A última frase é de difícil interpretação. Mas percebe-se seu sentido. É a prática da partilha, ou seja, da esmola que leva à pureza de todo seu ser.

Por isso, comigo e juntos dirijamos ao Pai do Céu a nossa oração: “Ó Pai, purifica de todo pecado e egoísmo o mais íntimo de meu ser, pois eles me tornam incapazes de viver em comunhão contigo e com o meu semelhante”.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/

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