domingo, 6 de março de 2016

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho - Jo 4,43-54 - 07.03.2016 - Vai, teu filho está vivo.

2ª-feira da 4ª Semana
Quaresma
Cor: Roxo

Evangelho - Jo 4,43-54

Vai, teu filho está vivo.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 4,43-54

Naquele tempo:
43Jesus partiu da Samaria para a Galiléia.
44O próprio Jesus tinha declarado,
que um profeta não é honrado na sua própria terra.
45Quando então chegou à Galiléia,
os galileus receberam-no bem,
porque tinham visto tudo o que Jesus havia feito
em Jerusalém, durante a festa.
Pois também eles tinham ido à festa.
46Assim, Jesus voltou para Caná da Galiléia,
onde havia transformado a água em vinho.
Havia em Cafarnaum um funcionário do rei
que tinha um filho doente.
47Ouviu dizer que Jesus
tinha vindo da Judéia para a Galiléia.
Ele saiu ao seu encontro
e pediu-lhe que fosse a Cafarnaum
curar seu filho, que estava morrendo.
48Jesus disse-lhe:
'Se não virdes sinais e prodígios,
não acreditais.'
49O funcionário do rei disse:
'Senhor, desce,
antes que meu filho morra!'
50Jesus lhe disse:
'Podes ir, teu filho está vivo.'
O homem acreditou na palavra de Jesus e foi embora.
51Enquanto descia para Cafarnaum,
seus empregados foram ao seu encontro,
dizendo que o seu filho estava vivo.
52O funcionário perguntou
a que horas o menino tinha melhorado.
Eles responderam:
'A febre desapareceu, ontem, pela uma da tarde'.
53O pai verificou que tinha sido exatamente na mesma hora
em que Jesus lhe havia dito:
'Teu filho está vivo'.
Então, ele abraçou a fé,
juntamente com toda a sua família.
54Esse foi o segundo sinal de Jesus.
Realizou-o quando voltou da Judeía para a Galiléia.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Jo 4, 43-54
Jesus declarou que um profeta não é honrado na sua própria terra. Como ele foi criado na cidade de Nazaré, que fica na Galiléia, fazia referência aos galileus, que precisavam de sinais e prodígios para crer e ficavam exigindo que Jesus operasse milagres que testemunhariam que ele de fato era o Filho de Deus. Jesus nos mostra que o processo é justamente o contrário: não são os sinais que devem nos levar a crer, mas é a nossa fé que deve produzir sinais de Reino de Deus, sinais de fraternidade, de justiça, de amor, de vida em abundância. Porque ter fé significa ter a presença amorosa e solidária de Deus em todos os momentos da vida.
Fonte CNBB


O TEU FILHO VAI VIVER Jo 4,43-54
HOMILIA

Teu filho vai viver. É a garantia que Jesus dá ao homem cujo filho estava a beira da morte. No texto de hoje mais uma vez estamos diante de um milagre ou simplesmente sinal, característica fundamental do Evangelho de Jesus Segundo São João.

Jesus conforme nos narra o evangelho, sai da sua terra e vai para Galileia. Como era de esperar, depois de tantos milagres e prodígios que fizera em Jerusalém, aquando da celebração da páscoa é bem recebido. E por encontrar receptibilidade continua fazendo milagres. É de salientar que apesar de Galiléia ser uma região predominantemente gentílica, com presença de descendentes de colonos judeus, fora em Caná da Galileia que tinha transformado a água em vinho por causa da fé daqueles homens.

Hoje neste trecho do Evangelho salienta-se mais um sinal, um milagre. O milagre da vida como sendo o dom de Deus.

Evangelho de São João, respondendo ao apóstolo Tomé, afirma com toda a sua autoridade: “Eu Sou a Vida” (Jo 14,6). Muitas vezes me pergunto sobre o profundo sentido dessa afirmativa. Em outro tópico Ele parece completar o que ali está dito: “Eu vim para que todos tenham vida, e vida em plenitude” (Jo 10,10). Outra afirmação categórica de Jesus a Maria, irmã de Lázaro, é esta: “Eu sou a Ressurreição e a Vida” (Jo 11,25). Isto vale a dizer: “Sou o princípio, o autor também da nova vida, após a morte”.

Quem n’Ele procura a vida sempre a encontra. Veja a certeza com que pronuncia as belas palavras ao funcionário do rei: Podes ir, que teu filho está vivo.

Para os homens com grande fé como o alto funcionário do rei, novos céus e nova terra existirão. Porque na verdade reconhecem o Evangelho como Palavra de Salvação eterna.

A plenitude da vida que Jesus nos veio trazer não se restringe aos horizontes fechados da vida presente, como pensavam muitos humanistas e utopistas. A vida humana, acima de tudo, é dom de Deus: vem de Deus e se realiza na posse terrena e eterna de Deus. Foi essa a vida que Deus concedeu a nossos primeiros pais e Jesus nos veio reconquistar pela Encarnação, pelo mistério de sua vida, morte e Ressurreição. Por isso Santo Agostinho afirma, com tanta propriedade: “O nosso coração está inquieto até que descanse em Vós”.

De regresso a casa, «ele creu, com todos os da sua casa». Gente que não viu nem ouviu Jesus acredita nEle. Que ensinamento se retira daqui? É preciso acreditar nEle sem exigir milagres: não é preciso exigir a Deus provas do Seu poder. Basta acreditar nas Suas palavras: O teu filho vai viver. Os teus serão libertos da situação em que se encontram. Acredite. É Jesus quem está falando! Ele quer curar todas as nossas feridas e enfermidades. Quer libertar os nossos de todos os vícios e pecados. Ele quer ressuscitar os membros do nosso corpo e dar-lhes nova vida. Nos nossos dias, quantas pessoas mostram um maior amor a Deus depois de seus filhos ou sua mulher terem recebido alívio na doença?

Ontem como hoje Ele continua fazendo milagres e prodígios. Mesmo que os nossos votos não sejam atendidos, é preciso perseverar nas ações de graça e de louvor. Permaneça ligado a Deus mesmo na adversidade, no abandono, na dor, na tristeza ainda que a morte venha bater a sua porta. Não perca a esperança de que os teus hão de viver, e viver para sempre. Confiar, e esperar com fé firme em Deus é optar pela vida. Por isso, escolha, pois a vida descansando nos braços e no colo de Jesus para que tenha vida e vida em abundância.
Fonte Canção Nova

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