quarta-feira, 4 de março de 2015

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Mt 18,21-35 - 10.03.2015 - Não te digo perdoar até sete vezes, mas até setenta vezes sete.

Nós vos louvamos, Senhor,
pelo exemplo que nos dais.
Vossa vida nos diz:
"Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei".
3ª-feira da 3ª Semana Quaresma
Cor: Roxo

Evangelho - Mt 18,21-35

Não te digo perdoar até sete vezes,
mas até setenta vezes sete.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 18,21-35

Naquele tempo:
21Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou:
'Senhor, quantas vezes devo perdoar,
se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?'
22Jesus respondeu:
'Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
23Porque o Reino dos Céus é como um rei
que resolveu acertar as contas com seus empregados.
24Quando começou o acerto,
trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna.
25Como o empregado não tivesse com que pagar,
o patrão mandou que fosse vendido como escravo,
junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía,
para que pagasse a dívida.
26O empregado, porém, caíu aos pés do patrão,
e, prostrado, suplicava:
`Dá-me um prazo! e eu te pagarei tudo'.
27Diante disso, o patrão teve compaixão,
soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida.
28Ao sair dali,
aquele empregado encontrou um dos seus companheiros
que lhe devia apenas cem moedas.
Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo:
`Paga o que me deves'.
29O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava:
`Dá-me um prazo! e eu te pagarei'.
30Mas o empregado não quis saber disso.
Saiu e mandou jogá-lo na prisão,
até que pagasse o que devia.
31Vendo o que havia acontecido,
os outros empregados ficaram muito tristes,
procuraram o patrão e lhe contaram tudo.
32Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse:
`Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida,
porque tu me suplicaste.
33Não devias tu também, ter compaixão do teu companheiro,
como eu tive compaixão de ti?'
34O patrão indignou-se
e mandou entregar aquele empregado aos torturadores,
até que pagasse toda a sua dívida.
35É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco,
se cada um não perdoar de coração ao seu irmão.'
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Mt 18, 21-35

O Evangelho nos surpreende muitas vezes ao usar determinados termos que, à primeira vista, nos parecem totalmente descabidos em relação a Deus. O texto de hoje nos mostra Deus indignado por causa da falta de perdão. Como pode Deus indignar-se, o Altíssimo ter a sua dignidade ferida? Este texto nos mostra uma realidade muito profunda: se o pecado fere a dignidade humana, a ausência do perdão fere a dignidade divina. Por que? Porque Deus é amor, é misericórdia, e negar o amor e a misericórdia é negar o próprio Deus na sua essência. Negar o perdão é negar que Deus é amor e misericórdia e impedir que ele aja com amor e misericórdia em relação a nós mesmos, e impedir a ação misericordiosa de Deus é causar-lhe indignação.
Fonte CNBB



PAI, ENSINA-ME A PERDOAR Mt 18,21-35
HOMILIA

"Senhor, quantas vezes devo perdoar se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?" E Jesus responde: "Não te digo até sete vezes, mas até setenta e sete vezes sete". Jesus compara o reino do céu com um rei que vai acertar as contas com seus empregados. Um dos servos devia tanto e não tinha como pagar e pede um prazo ao patrão, que teve compaixão e perdoou a dívida do empregado. O empregado, porém, ao encontrar alguém lhe devia uma pequena quantia, agarrou e sufocou-o cobrando a dívida sem misericórdia, e não o perdoou,mandou prendê-lo. Ao saber do acontecido, o patrão entrega o empregado aos torturadores.
        Deus em sua infinita misericórdia perdoa nossos pecados. E quanta dificuldade nós temos de perdoar um irmão, um amigo, marido, esposa, os pais, o irmão de caminhada, aquele colega de trabalho? Às vezes damos tanta importância as ofensas, as magoas, que até adoecemos. Será que meus pecados, minhas ofensas a Deus, são menores que as ofensas que sofri? Deus nos perdoa sempre, nos livrando da condenação. E quantas vezes com nossas atitudes nós magoamos as pessoas, com quem convivemos? Temos vontade de pedir perdão, mas o orgulho, a falta de humildade não nos permite pedir o perdão, os mesmos motivos também não nos permite perdoar. Devemos reconhecer que somos pecadores, que devemos perdoar, e para isso devemos ficar mais próximos de Deus, do seu amor, e amar próximo como Ele nos ama.
        O nosso pedido de perdão a Deus deve ser diário, como perdoar também deve ser diário e quantas vezes forem necessárias. Ao decidir perdoar, devemos fazê-lo com coração, e não ter mais ressentimento ou magoa, pelo ocorrido. Realmente não é fácil, existem situações que achamos não conseguiremos perdoar nunca, que não esqueceremos. A culpa, a magoa, são sentimentos que nos paralisam, não conseguimos reagir, acreditando que não temos perdão, que não conseguiremos perdoar, vivemos um verdadeiro conflito interno, alguma pessoas se tornam depressivas. Na oração do Pai Nosso Jesus nos ensina: "Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido" (Mt 6, 12), perdoar e ser perdoado nos aproxima de Deus. E assim como o Pai nos perdoa, nos também devemos ser misericordiosos, perdoando e esquecendo as ofensas e os males que nos fizeram. São essas atitudes que o Pai quer que tenhamos para sermos por Ele perdoados, e vivermos em harmonia, em paz no nosso dia-a-dia, praticando o perdão, a misericórdia.
            Pai é meu desejo imitar teu modo de agir, no tocante ao perdão. Faze-me ser pródigo e misericordioso em relação ao próximo que precisa do meu perdão.
Fonte Padre BANTU SAYLA

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