sábado, 20 de dezembro de 2014

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Lc 1,46-56 - 22.12.2014 - O Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor.

Pai,
faze-me sensível à espiritualidade
daquela que escolheste para ser mãe de teu Filho,
porque ela penetrou, de modo admirável,
em teu mistério de amor.
ÚLTIMOS DIAS ANTES DO NATAL - 22 de dezembro Advento
Cor: Roxo

Evangelho - Lc 1,46-56

O Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 1,46-56

Naquele tempo:
46Maria disse:
'A minha alma engrandece o Senhor,
47e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador,
48porque olhou para a humildade de sua serva.
Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada,
49porque o Todo-poderoso
fez grandes coisas em meu favor.
O seu nome é santo,
50e sua misericórdia se estende, de geração em geração,
a todos os que o temem.
51Ele mostrou a força de seu braço:
dispersou os soberbos de coração.
52Derrubou do trono os poderosos
e elevou os humildes.
53Encheu de bens os famintos,
e despediu os ricos de mãos vazias.
54Socorreu Israel, seu servo,
lembrando-se de sua misericórdia,
55conforme prometera aos nossos pais,
em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre.'
56Maria ficou três meses com Isabel;
depois voltou para casa.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB



Reflexão - Lc 1, 46-56

Maria reconhece, no canto do magnificat, que Deus realizou maravilhas em sua vida, mas que esta realização não foi somente para ela e que não é um fato isolado na história do povo de Deus, de modo que as maravilhas que Deus realiza nela são, na verdade, para todo o povo de Deus, uma vez que pelo seu Filho virá a salvação para todos os povos. Sendo assim, devemos compreender que quando Deus realiza maravilhas nas nossas vidas, essas maravilhas não são apenas para nós, mas a todas as pessoas a partir de nós, e quando Deus realiza maravilhas nas vidas das outras pessoas, também somos beneficiados por ele.
Fonte CNBB



A MINHA ALMA EXULTA EM DEUS Lc 1,46-56
HOMILIA

“Exulta, ó minha alma, no Senhor teu Deus, porque o Todo Poderoso fez em ti maravilhas. Santo é o Seu nome”. Este cântico do Magnificat é a celebração jubilosa e o resumo de toda a história da Salvação, na qual Maria é retomada em todas as etapas desde as origens. Essa história é conduzida por Deus sem interrupção e como o critério do amor misericordioso, à exaltação dos humildes e dos pobres.
            Na narrativa do evangelista Lucas, por ocasião da visitação de Maria a sua prima Isabel, após a saudação da jovem, Isabel a proclama bendita e bem-aventurada. Concluindo o diálogo, Maria entoa o cântico de ação de graças, consagrado na tradição católica como o “Magnificat”. Este hino, bem como o cântico de Zacarias e o de Simeão foram colhidos por Lucas dentre a tradição das comunidades cristãs e inseridos na sua narrativa das infâncias de João Batista e de Jesus.
            Apenas as pessoas sabem ser humildes e simples, por isso, as puras de coração são tocadas pela virtude da gratidão e, conseqüentemente, louvam e glorificam Deus como o fez Maria.
É uma coisa grandiosa quando um homem põe-se de joelhos diante de Deus. E aquele que fica de joelho encontra o seu verdadeiro lugar, dá o sentido da proporção e da medida, afirma que nada é e que Deus é tudo.
            É pura verdade e justiça a sua misericórdia sobre aqueles que o temem. A lei da graça que se realiza em Maria se torna universal. Com o seu “sim” e neste canto de louvor, ela nos ensina que Deus realiza a sua graça quando o homem se convence da necessidade que tem dela. Só quem é cônscio de sua pobreza alcançará a riqueza que só produz. A graça não escolhe pessoas orgulhosas e soberbas, mas os humildes; não os poderosos, mas os fracos; não os saciados, mas os famintos.
            O cântico de Maria é uma apresentação do Deus revelado por Jesus ao longo do Evangelho de Lucas. É o Deus que subverte as sociedades e as religiões estruturadas sobre o poder. É o Senhor que liberta e promove os pobres e oprimidos, derruba os poderosos e distribui os bens da criação para todos. A fé de Maria é uma fé humilde, consciente e comprometida com a causa dos pobres.
Quem confia sabe esperar, mas quem tende à auto-suficiência não é capaz de entender o que isso significa. A conversão exige que mudemos nossos pensamentos e percebamos a presença de Deus no mundo. Oxalá, sejamos como Maria que, compreendendo o tempo de Deus, cantou o Magnificat na casa de Isabel.
Pai, faze-me sensível à espiritualidade daquela que escolheste para ser mãe de teu Filho, porque ela penetrou, de modo admirável, em teu mistério de amor.
Fonte Padre BANTU SAYLA

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