segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Jo 1,1-18 - 31.12.2014 - A Palavra se fez carne e habitou entre nós.

Pai,
em teu Filho Jesus
tu te fazes presente no meio de nós.
Que eu saiba reconhecer-te e acolher-te
na fragilidade humana do Verbo encarnado.
7º DIA NA OITAVA DO NATAL Natal
Cor: Branco

Evangelho - Jo 1,1-18

A Palavra se fez carne e habitou entre nós.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 1,1-18

1No princípio era a Palavra,
e a Palavra estava com Deus;
e a Palavra era Deus.
2No princípio estava ela com Deus.
3Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez
de tudo que foi feito.
4Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens.
5E a luz brilha nas trevas,
e as trevas não conseguiram dominá-la.
6Surgiu um homem enviado por Deus;
Seu nome era João.
7Ele veio como testemunha,
para dar testemunho da luz,
para que todos chegassem à fé por meio dele.
8Ele não era a luz,
mas veio para dar testemunho da luz:
9daquele que era a luz de verdade,
que, vindo ao mundo,
ilumina todo ser humano.
10A Palavra estava no mundo
- e o mundo foi feito por meio dela -
mas o mundo não quis conhecê-la.
11Veio para o que era seu,
e os seus não a acolheram.
12Mas, a todos que a receberam,
deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus
isto é, aos que acreditam em seu nome,
13pois estes não nasceram do sangue
nem da vontade da carne
nem da vontade do varão,
mas de Deus mesmo.
14E a Palavra se fez carne e habitou entre nós.
E nós contemplamos a sua glória,
glória que recebe do Pai como filho unigênito,
cheio de graça e de verdade.
15Dele, João dá testemunho, clamando:
'Este é aquele de quem eu disse:
O que vem depois de mim passou à minha frente,
porque ele existia antes de mim'.
16De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça.
17Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça
e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo.
18A Deus, ninguém jamais viu.
Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai,
ele no-lo deu a conhecer.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB



REFLEXÃO
O Logos assume a existência humana

O prólogo do evangelho de João é uma das páginas mais belas do Novo Testamento, onde são antecipados os temas fundamentais do quarto evangelho. Ele é semelhante a um hino em que o tema principal é o Logos. O prólogo começa com a mesma palavra do Gênesis (1,1). Em João encontramos a afirmação de uma existência que precede o começo enunciado em Gênesis. Antes desse começo, existia o Logos. A melhor tradução para Logos é “Palavra”, entendida como a comunicação que Deus faz de si mesmo (cf. Hb 1,1-4). O Logos e Deus são, ao mesmo tempo, dois e um. Os dois estão em comunhão, embora sejam distintos. O Logos era Deus, mas o prólogo não diz que Deus era o Logos. Segundo a tradição bíblica, uma pessoa pode comunicar, realmente, o que lhe é próprio (cf. Sb 7,25-26). O que se afirma no prólogo é a continuidade entre o primeiro e o segundo início, e a anterioridade do Logos e a sua comunhão e diferença em relação ao Pai. O Logos não assume simplesmente uma aparência humana, ele se torna homem, sem deixar de ser plenamente Logos. O Logos assume a existência humana para fazer com que o ser humano participe do seu próprio ser.
Fonte Pe. Carlos Alberto Contieri Paulinas



A PALAVRA DA VIDA Jo 1,1-18
HOMILIA

No princípio era a Palavra, luz para todo ser humano. “No princípio era a Palavra…” faz pensar na primeira frase da Bíblia que diz: “No princípio Deus criou o céu e a terra”. Deus criou por meio da sua Palavra. “Ele falou e as coisas começaram a existir”. Todas as criaturas são uma expressão da Palavra de Deus. O prólogo diz que a presença universal da Palavra de Deus é vida e luz para todo ser humano. Esta Palavra viva de Deus, presente em todas as coisas, brilha nas trevas. As trevas tentam apagá-la, mas não conseguem. A busca de Deus renasce constantemente no coração humano. Ninguém consegue abafá-la. “Ninguém jamais viu a Deus; o Filho Unigênito que está no seio do Pai no-l’O deu a conhecer” (Jo 1, 18). Quem desde o princípio nos dá a conhecer o Pai é o Filho, porque desde o princípio está com o Pai: as visões proféticas, a diversidade de graças, os ministérios, a glorificação do Pai, tudo isto, como uma sinfonia bem composta e harmoniosa, Ele o manifestou aos homens, no tempo próprio, para seu proveito. Porque onde há harmonia tudo sucede no tempo próprio; e quando tudo sucede no tempo próprio, há proveito. Por isso o Verbo tornou-Se o administrador da graça do Pai em proveito de homens, em favor dos quais Ele pôs em prática a sua tão sublime economia da graça, mostrando Deus aos homens e apresentando o homem a Deus. Manteve, no entanto, a invisibilidade do Pai, para que o homem se conserve sempre reverente para com Deus e tenha um estímulo para o qual deve progredir; mas, ao mesmo tempo, mostrou também que Deus é visível aos homens por meio da economia da graça, para não suceder que o homem privado totalmente de Deus, chegasse a perder a sua própria existência.
A Palavra se fez carne. Deus não quer ficar longe de nós. Por isso a sua Palavra chegou mais perto ainda e se fez presente no meio de nós na pessoa de Jesus. Literalmente o texto diz: “A Palavra se fez carne e montou sua tenda no meio de nós!”. No tempo do Êxodo, lá no deserto, Deus vivia numa tenda, no meio do povo (Ex 25,8). Agora, a tenda onde Deus mora conosco é Jesus, “cheio de graça e de verdade!”. Jesus veio revelar quem é este nosso Deus que está presente em tudo, desde o começo da criação. Porque a glória de Deus é o homem vivo, e a vida do homem, é a visão de Deus. Com efeito, se a manifestação de Deus, através da criação, dá a vida a todos os seres da terra, muito mais a manifestação do Pai, por meio do Verbo, dá a vida a todos os que vêem a Deus!
Senhor Jesus, que eu veja tua glória de Filho de Deus resplandecer em teus gestos misericordiosos em favor da humanidade.
Fonte Padre BANTU SAYLA

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