terça-feira, 8 de julho de 2014

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Mt 10,1-7 - 09.07.2014 - Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel!

Senhor Jesus, eu te agradeço
por me teres chamado a colaborar contigo,
apesar de minhas limitações e fragilidades.
Branco. 4ª-feira da 14ª Semana Tempo Comum
Sta. Paulina do Coração Agonizante de Jesus VG, memória

Evangelho - Mt 10,1-7

Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel!

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 10,1-7

Naquele tempo:
1Jesus chamou os doze discípulos
e deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus
e para curarem todo tipo de doença e enfermidade.
2Estes são os nomes dos doze apóstolos:
primeiro, Simão chamado Pedro, e André, seu irmão;
Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João;
3Filipe e Bartolomeu;
Tomé e Mateus, o cobrador de impostos;
Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu;
4Simão, o Zelota, e Judas Iscariotes,
que foi o traidor de Jesus.
5Jesus enviou estes Doze, com as seguintes recomendações:
'Não deveis ir aonde moram os pagãos,
nem entrar nas cidades dos samaritanos!
6Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel!
7Em vosso caminho, anunciai:
'O Reino dos Céus está próximo'.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Mt 10, 1-7

Nós devemos ter sempre a convicção de que, se fomos chamados para trabalhar no Reino de Deus, foi Jesus quem nos chamou. Outras pessoas podem até ter participado deste chamado, mas forma instrumentos nas mãos de Jesus para que esse chamado acontecesse. E porque foi Jesus quem nos chamou, é da obra dele que participamos. Não temos o nosso próprio projeto e nem participamos de projetos de outras pessoas, mas na verdade, nos inserimos no projeto do próprio Jesus. Com isso, não realizamos a nossa obra, mas a obra daquele que nos chamou e não agimos pelo nosso próprio poder, mas agimos pelo poder daquele que nos chamou e nos enviou para a realização do seu projeto de amor.
Fonte CNBB



O DIVÓRCIO É UMA TRAGÉDIA Mt 10,1-7
HOMILIA

Em tempos atuais, o divórcio e o novo casamento são temas que geram muita discussão. Eu lhe pergunto: Será que os que estão sofrendo tragédias matrimoniais também receberam a graça, como descreve a Lei no Novo Testamento? É claro que afirmamos que a graça e a verdade vieram por Cristo Jesus. Então, como predomina a graça naqueles que sofreram a tragédia de um fracasso no matrimônio e um subseqüente divórcio? Cristo não ensinou apenas com palavras, mas também com sua vida. Ele deu novas idéias aos seus seguidores, rejeitando o antigo ditado: “olho por olho, dente por dente” e enfatizando o amor, não entre eles mesmos, mas, em relação aos outros. Ele tirou a mulher da condição em que se encontrava e a fez ser reconhecida como pessoa. Ensinou também o respeito para com a antiga lei judaica.
Quando estudamos o que Jesus disse acerca do divórcio, devemos também estudar a vida que Ele levou junto com os que tinham destruído seu casamento, bem como o que ensinou sobre a lei judaica, especialmente a lei do divórcio. O que encontramos em suas palavras? Se uma pessoa divorciada se casa novamente, o que Ele nos diz? “Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério contra aquela. E, se ela repudiar seu marido e casar com outro, comete adultério?” (Marcos 10,11-12).
Jesus sabia que o divórcio não é um quadro bonito, na maioria dos casos. Solidão, rejeição, um profundo senso de ter falhado, perda de auto-estima, crítica dos familiares, problemas com a educação dos filhos e muitos outros problemas assaltam os divorciados. O divórcio pode ser mais traumático que a morte de um cônjuge. A morte do cônjuge é difícil de ser superada, mas um cônjuge falecido não retorna mais. O divorciado normalmente retorna, e assim prolonga a situação.
O divórcio é, porém, como no tempo de Jesus, uma solução parcial para uma situação séria e cruel, e pode ser a única solução razoável. Pode ser necessária, mas sempre é uma tragédia. É fácil pregar contra o divórcio, mas é difícil para a igreja ser construtiva, provendo preparo para o casamento. Temos de estar prontos para prevenir alguns divórcios, ajustando nossas leis de divórcio ou proibições religiosas contra o divórcio, mas essas ações não prevêem o rompimento de matrimônios. Quando os casais se separam por incompatibilidade pelas leis de divórcio, ou pela “segurança dos filhos”, o resultado pode ser uma tragédia.
Desastrosos triângulos amorosos, crueldades domésticas, abusos de crianças, homicídios e suicídios são algumas das consequências documentadas de casamentos que falharam, mas não terminaram. Não se resolveu o problema e sim se dá início de outro. Que opção mais terrível! Um lugar em ruínas é uma tragédia, mas nunca esquecerei de um jovem que pôs uma pistola na boca, acabando, assim, com seu casamento como alternativa ao divórcio. Nossa taxa elevada de divórcios são um problema real do fracasso nos casamentos vem primeiro e que desemboca no divórcio segundo a lei civil.
A taxa de divórcios é unicamente um indício da nossa alta taxa de casamentos ruins. Para corrigir isso temos de fazer mais do que pregar contra o divórcio: temos de revigorar os casamentos. Esse é o nosso desafio! O divórcio é uma solução radical para problemas maritais insuperáveis. Ele termina com toda a esperança de que o matrimônio deve ser conservado, e declara publicamente que ele falhou. É preciso estar contrito nesse momento da verdade. O pecado relativo a essa falha tem de ser confessado. “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça” (I João 1,9). E para evitar o pecado é preciso tomar a consciência de que Deus os fez homem e mulher. Por isso o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher. É por isso, uma vez unidos que o homem não os separe.
Pai, tu me escolheste para ser companheiro de missão de teu Filho Jesus. Que eu seja capaz de percorrer, com fidelidade, o mesmo caminho trilhado por Ele!

Fonte Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla

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