Sto. Afonso Maria de Ligório BDr, memória
Evangelho - Mt 13,47-53
Recolhem os peixes bons em cestos
e jogam fora os que não prestam.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São
Mateus 13,47-53
Naquele tempo, disse Jesus à multidão:
47O Reino dos Céus é ainda
como uma rede lançada ao mar
e que apanha peixes de todo tipo.
48Quando está cheia,
os pescadores puxam a rede para a praia,
sentam-se e recolhem os peixes bons em cestos
e jogam fora os que não prestam.
49Assim acontecerá no fim dos tempos:
os anjos virão para separar
os homens maus dos que são justos,
50e lançarão os maus na fornalha de fogo.
E ai, haverá choro e ranger de dentes.
51Compreendestes tudo isso?'
Eles responderam: 'Sim.'
52Então Jesus acrescentou:
'Assim, pois, todo mestre da Lei,
que se torna discípulo do Reino dos Céus,
é como um pai de família
que tira do seu tesouro coisas novas e velhas.'
53Quando Jesus terminou de contar essas parábolas,
partiu dali.
Palavra da Salvação.
Reflexão - Mt 13,
47-53
A presença do Reino de Deus na nossa história não pode ser
obscurecida pela presença do mal no mundo. As pessoas devem ser capazes de
analisar toda a realidade a partir dos critérios do Reino para, à luz do
Espírito Santo, ser capaz discernir o bem do mal e escolher o que contribui
para que ela possa se aproximar cada vez mais de Deus. Mas esta distinção não
dá ao cristão o direito de condenar os que erram, ao contrário, ele deve ser um
instrumento nas mãos de Deus para que todos sejam capazes de fazer esta
distinção e trilhar os caminhos do bem.
HOMILIA
A REDE Mt 13,47-53
Nosso Senhor foi um modelo incomparável de paciência;
suportou um demônio entre os seus discípulos, até à sua paixão; e disse: Deixai
um e outro crescer juntamente, até à ceifa; não suceda que, ao apanhardes o
joio, arranqueis o trigo; para figurar a Igreja, previu que a rede trouxesse
sempre – isto é, até ao fim do mundo – para a margem todo o tipo de peixes,
bons e maus. É o Reino comparado a grande rede lança do mar, que para nós é o
mundo.
Parábola que nos fez conhecer de muitas maneiras, fosse
abertamente, fosse em parábolas, que vivemos num mundo onde há uma mistura de
bons e de maus. E, contudo, declara que é necessário velar pela disciplina na
Igreja quando afirma: Se o teu irmão pecar, vai ter com ele repreende-o a sós.
Se te der ouvidos, terás ganhado o teu irmão. Mas de que maneira? Com
misericórdia. Fazendo-o conhecer que Deus governará a terra com justiça, e os
povos na Sua fidelidade (Sl 95, 13). Que no final dos tempos juntará em Seu
redor os eleitos e separará os outros, colocando aqueles à Sua direita e estes
à Sua esquerda. Haverá coisa mais justa, mais fiel do que essa? Aqueles que não
tiverem querido exercer misericórdia antes da chegada do juiz não poderão
esperar dele misericórdia.
Aqueles que tiverem querido exercer a misericórdia serão
julgados com misericórdia. Porque Ele dirá àqueles que tiverem colocado à Sua
direita: Vinde benditos de Meu Pai, recebei em herança o reino que vos está
preparado desde a criação do mundo; e atribui-lhes obras de misericórdia: Tive
fome e destes-Me de comer; tive sede e destes-Me de beber, e por aí fora.
Porque tu és injusto, não há de o juiz ser justo? Porque te
acontece mentir, não há de a verdade ser verídica? Se queres encontrar um juiz
misericordioso, sê misericordioso antes que Ele chegue. Perdoa a quem te tiver
ofendido; dá dos teus bens, se possuis em abundância.
Dá o que dele recebes: Que tens tu, que não hajas recebido?
Eis os sacrifícios que são muito agradáveis a Deus: a misericórdia, a
humildade, o reconhecimento, a paz, a caridade. Se isso levarmos, esperaremos
com segurança o advento do juiz, desse juiz que governará a terra com justiça,
e os povos na Sua fidelidade.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
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