domingo, 14 de julho de 2013

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Mt 10,34-11,1 - 15.07.2013 - Não vim trazer a paz, mas sim a espada.

Branco. 2ª-feira da 15ª Semana Tempo Comum
S. Boaventura BDr, memória

Evangelho - Mt 10,34-11,1

Não vim trazer a paz, mas sim a espada.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 10,34-11,1

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:

34Não penseis que vim trazer paz à terra;
não vim trazer a paz, mas sim a espada.
35De fato, vim separar o filho de seu pai,
a filha de sua mãe, a nora de sua sogra.
36E os inimigos do homem
serão os seus próprios familiares.
37Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim,
não é digno de mim.
Quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim,
não é digno de mim.
38Quem não toma a sua cruz e não me segue,
não é digno de mim.
39Quem procura conservar a sua vida vai perdê-la.
E quem perde a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la.
40Quem vos recebe, a mim recebe;
e quem me recebe, recebe aquele que me enviou.
41Quem recebe um profeta, por ser profeta,
receberá a recompensa de profeta.
E quem recebe um justo, por ser justo,
receberá a recompensa de justo.
42Quem der, ainda que seja apenas um copo de água fresca,
a um desses pequeninos, por ser meu discípulo,
em verdade vos digo: não perderá a sua recompensa.'
11,1Quando Jesus acabou de dar essas instruções
aos doze discípulos,
partiu daí, a fim de ensinar e pregar nas cidades deles.
Palavra da Salvação.



Reflexão - Mt 10, 34 - 11,1

O seguimento de Jesus tem uma série de implicações e não permite meio termo, pois exige radicalidade. Ou seguimos Jesus ou não seguimos, não existe seguimento até certo ponto ou de acordo com as minhas condições, o seguimento é incondicional. Para que isso seja possível, Jesus deve ser o valor absoluto de nossas vidas, devemos ser seduzidos por ele de modo que tudo façamos para estar com ele e realizar a sua vontade, a fim de que tenhamos coragem de, com ele, assumir a nossa cruz do dia a dia e segui-lo até onde for necessário. Somente quem tem um verdadeiro amor por Jesus e pelo Reino de Deus é capaz de viver de tal maneira.



QUEM VOS RECEBE A MIM RECEBE Mt 10,34-11,1
HOMILIA

Jesus veio arrancar das nossas mãos a paz da acomodação e nos entregar a espada do Espírito Santo para que nós possamos lutar contra toda heresia e contra testemunho. Ele é bem claro e explícito quando afirma que não é digno dele todo aquele que ama seu pai e sua mãe mais do que a Ele. Amar aqui significa ouvir, seguir, dar atenção, privilegiar, em fim, ter mais consideração e obedecer. Jesus não veio nos separar fisicamente uns dos outros, mas sim, das ações, da mentalidade e das práticas dos que são do mundo. Por isso, Neste Evangelho Jesus nos dá um veredicto: Ele em primeiro lugar! Em primeiro lugar o Evangelho e os Seus ensinamentos. Nós não podemos seguir o ensinamento daqueles que contradizem a Palavra de Deus mesmo que estas sejam pessoas muito queridas para nós, como nosso pai ou nossa mãe. O seguimento a Cristo nos condiciona a tê-Lo em primeiro lugar na nossa vida! Antes de tudo nós precisamos viver o Evangelho e os ensinamentos de Deus. Portanto, quem seguir a Jesus não ficará sem recompensa. Quem acolher aquele que vem em Seu Nome será acolhido também pelo Pai. Jesus veio trazer a paz que é gerada na justiça e justa é a vontade de Deus. Portanto, a vontade de Deus é soberana e não a vontade dos homens. Tomar a cruz é assumir a vida dentro dos conceitos evangélicos imitando a Jesus que morreu na Cruz para nos salvar. Assumimos a cruz quando nos apossamos da salvação de Jesus e não queremos promover a nossa própria salvação.
Nunca nos esqueçamos que a ação missionária exige do apóstolo muita coragem e perseverança. As dificuldades e perseguições surgirão a partir de seus próprios familiares. Esses serão os primeiros a rejeitá-lo. Entretanto, o anúncio do Reino não pode ficar à mercê do humor desses familiares. A fidelidade ao Reino, em algumas circunstâncias, exigirá rupturas. Quem preferir não desagradar seu pai ou sua mãe, recusando-se de proclamar as exigências do Reino sem omitir nada, torna-se indigno do ministério recebido. O Reino deve nortear também as relações familiares.
O apóstolo ama o Reino com um amor maior. Por amor, torna-se capaz de assumir sua missão até as últimas conseqüências, até mesmo a morte. Ele tem consciência de que aí se joga sua salvação e sua condenação. A busca medrosa de querer proteger-se e poupar-se, poderá levá-lo à condenação, pois, para isso, terá que abrir mão da causa de Jesus. A predisposição de perder a vida, por causa do Reino, gera salvação. O testemunho dado a favor de Jesus e de seu Reino, diante das pessoas, terá como contrapartida o testemunho que ele dará em favor do apóstolo diante do Pai. O amor ao Reino, portanto, só é verdadeiro quando se torna absoluto no coração do discípulo de Cristo.
A quem você costuma seguir: ao que Deus lhe recomenda ou o que os seus queridos lhe sugerem? Você seria capaz de fazer uma opção radical por Deus, mesmo que fique contra toda a sua família? Você já tentou atrair a sua família para Deus, da mesma forma que as outras pessoas tentam atraí-la para o mundo?
Pai, robustece minha adesão a teu Reino, levando-me a pautar por ele todo meu agir e a atrair para ti quem optou pelo caminho da maldade e do egoísmo.

Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla

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