Evangelho (Mateus 11,16-19)
Sexta-Feira, 14 de Dezembro de 2012
São João da Cruz
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus às multidões: 16“Com quem vou
comparar esta geração? São como crianças sentadas nas praças, que gritam para
os colegas, dizendo: 17‘Tocamos flauta e vós não dançastes. Entoamos
lamentações e vós não batestes no peito!’
18Veio João, que não come nem bebe, e dizem: ‘Ele está com
um demônio’. 19Veio o Filho do Homem, que come e bebe e dizem: ‘É um comilão e
beberrão, amigo de cobradores de impostos e de pecadores’. Mas a sabedoria foi
reconhecida com base em suas obras”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
HOMILIA
A quem hei de
comparar esta geração?
A quem ei de comparar esta geração?
Depois de Jesus ter exaltado a pessoa de João Batista, agora
Ele se volta para a multidão e lhes dirige uma pequena e rústica parábola das
crianças nas praças. O Senhor reconhecia em João Batista um profeta que abria
novos caminhos em face da rígida e opressora religião do Templo de Jerusalém e
das sinagogas. Jesus se fez discípulo de João, recebendo seu batismo e, depois,
Ele próprio, inicia seu ministério com o mesmo anúncio do Batista:
“Arrependei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo”. Na elementar parábola
narrada por Jesus, um grupo de crianças tenta se comunicar com outro grupo, com
brincadeiras de alegria ou tristeza, porém o outro grupo os rejeita. Então, o
próprio Jesus passa a explicá-la.
João Batista fez seu anúncio da conversão, de maneira austera,
nas regiões desérticas do Jordão, e foi acusado de “ter um demônio”. Jesus, por
sua vez, anunciando a chegada do Reino dos Céus de maneira simples e comum, no
meio do povo, comendo com os pecadores e publicanos, é chamado de “comilão e
beberrão”. Os chefes religiosos, que vêem em João e em Jesus uma ameaça ao seu
poder, procuram difamá-los diante do povo. Porém, o povo, excluído e oprimido,
reconhece a sabedoria da mensagem de Jesus e a recebe com alegria e esperança.
Mas que gente difícil aquela, a quem Jesus fora enviado!
Eles haviam recusado a sabedoria de Deus, que primeiro se apresentara no
ascetismo de João e depois a condescendência de Jesus para com os pecadores e
excluídos do seu tempo. Corremos o risco de dizer isto para os do tempo de Jesus.
Não será que Jesus nos está dirigindo também a mesmíssima mensagem?
Vivemos tempos muito fortes em críticas, muitas vezes,
infundadas; sem pés nem cabeça. E, como ontem, Jesus continua insistentemente
dizendo: “Com quem vou comparar esta geração?” Ele se apresentou aos homens com
uma nova mensagem: mensagem do amor, da paz, da justiça, da partilha, da
solidariedade, da reconciliação e, sobretudo da misericórdia. Mas não foi
compreendido e acolhido.
Só os simples, os humildes, os disponíveis, os amigos da
verdade a Ele aderiram, reconhecendo n’Ele o ponto de chegada de toda a lei e
os profetas. Os outros, principalmente os chefes do povo, puseram-se contra Ele
e o rejeitaram. Todavia, por ser forte, soube compreender os fracos e os
reerguer, dando-lhes uma nova dignidade de viver entre os irmãos. Se, enquanto
fracos, condenavam os outros, agora, fortalecidos por Cristo e com Cristo, eles
devem perdoar para que permaneçam sempre fortes. Já que os fracos condenam e os
fortes perdoam.
Peçamos a Jesus que nos ensine a perdoar para sermos a
geração dos fortes, a fim de suportarmos as fraquezas dos mais débeis como nos
ensina São Paulo. E que São João da Cruz, cuja memória celebramos no dia de
hoje, ajude-nos e interceda por nós para que saibamos suportar os sofrimentos
e, neles, descubramos o mistério da cruz de Cristo, que é a fonte da nossa
Salvação.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção
Fonte: Canção
Homilia Santa
Missa 14/12/2012 - Celebrante: Pe. Roberto Di Lascio
Fonte: TV Século 21
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