Liturgia Diária
22 – SEXTA-FEIRA
OITAVA DA PÁSCOA
(branco, glória, seq. facultativa, pref. da Páscoa I [“neste dia”], – ofício próprio)
O Senhor conduziu o seu povo na esperança e recobriu com o mar seus inimigos, aleluia! (Sl 77,53)
Não existe salvação senão por meio do Cristo ressuscitado, que continua a agir na Igreja pelo Espírito Santo. Tenhamos os olhos e o coração abertos para sentir a ação do Senhor em nosso meio.
Evangelho: João 21,1-14
Aleluia, aleluia, aleluia.
Este é o dia que o Senhor fez para nós, / alegremo-nos e nele exultemos! (Sl 117,24) – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 1Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim: 2estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos de Jesus. 3Simão Pedro disse a eles: “Eu vou pescar”. Eles disseram: “Também vamos contigo”. Saíram e entraram na barca, mas não pescaram nada naquela noite. 4Já tinha amanhecido, e Jesus estava de pé na margem. Mas os discípulos não sabiam que era Jesus. 5Então Jesus disse: “Moços, tendes alguma coisa para comer?” Responderam: “Não”. 6Jesus disse-lhes: “Lançai a rede à direita da barca e achareis”. Lançaram, pois, a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes. 7Então, o discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: “É o Senhor!” Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu sua roupa, pois estava nu, e atirou-se ao mar. 8Os outros discípulos vieram com a barca, arrastando a rede com os peixes. Na verdade, não estavam longe da terra, mas somente a cerca de cem metros. 9Logo que pisaram a terra, viram brasas acesas, com peixe em cima, e pão. 10Jesus disse-lhes: “Trazei alguns dos peixes que apanhastes”. 11Então Simão Pedro subiu ao barco e arrastou a rede para a terra. Estava cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e, apesar de tantos peixes, a rede não se rompeu. 12Jesus disse-lhes: “Vinde comer”. Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor. 13Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe. 14Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos. – Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br/
Reflexão - Evangelho: João 21,1-14
«Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos»
+ Rev. D. Joaquim MONRÓS i Guitart
(Tarragona, Espanha)
Hoje, pela terceira vez Jesus aparece aos discípulos desde que ressuscitou. Pedro voltava ao seu trabalho de pescador e os outros se encorajam para acompanhá-lo. É lógico que como ele era pescador antes de seguir a Jesus, o continue sendo depois, não obstante haja quem ache estranho que ele não tenha abandonado seu honrado trabalho para seguir a Cristo.
Naquela noite eles não pescaram nada! Quando ao amanhecer Jesus aparece, eles não o reconhecem, até que Ele lhes pede algo para comer. Ao dizer-lhe que não têm nada, Ele lhes indica onde devem lançar a rede. Muito embora os pescadores saibam de todas as coisas, e neste caso tinham lutado sem conseguir resultados, eles lhe obedecem. «Oh, poder da obediência! — O lago de Genezaré negava seus peixes à rede de Pedro. Uma noite inteira em vão. – Agora, obediente, tornou a lançar a rede na água e pescaram (...) uma grande quantidade de peixes. Creiam em mim: o milagre se repete a cada dia» (São Josemaria Escrivá)
O evangelista faz notar que eram «cento e cinquenta e três» grandes peixes (cf. Jo 21,11) e, embora sendo tantos, as redes não se romperam. São detalhes que se deve ter em conta, já que a Redenção foi realizada com obediência responsável e em meio às tarefas habituais.
Todos sabiam «que era o Senhor. Jesus aproximou-se, tomou o pão e deu a eles» (cf. Jo 21, 12-13). Fez o mesmo com os peixes. Tanto o alimento espiritual como também o alimento material não faltarão, se obedecemos. Ele ensina aos seus seguidores mais próximos e nos torna a dizer através de João Paulo II: «No início do novo milênio ressoam no nosso coração as palavras com que um dia Jesus (...) convidou o Apóstolo a ‘fazer-se ao largo” para a pesca: ‘Duc in altumc’ (Lc 5,4). Pedro e os primeiros companheiros confiaram na palavra de Cristo e ‘pegaram uma grande quantidade de peixes’ (cf. Lc 5, 6). Estas palavras ressoam hoje aos nossos ouvidos».
Pela obediência, como a de Maria, pedimos ao Senhor que continue dando frutos apostólicos para toda a Igreja.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Os apóstolos e todos os discípulos, que ficaram perturbados com a sua morte na cruz e duvidaram da sua ressurreição, foram fortalecidos de tal maneira pela evidência da verdade que, quando o Senhor subiu ao céu, eles não só não experimentaram tristeza, mas encheram-se de grande alegria» (São Leão Magno)
«O Evangelista sublinha que «nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar-Lhe: “Quem és tu?”, porque bem sabiam que era o Senhor» (Jo 21, 12). Está aqui um dado importante para nós: temos de viver num relacionamento intenso com Jesus, numa intimidade tal, feita de diálogo e de vida, que O reconheçamos como “o Senhor”» (Francisco)
«Muitíssimas vezes, nos evangelhos, aparecem pessoas que se dirigem a Jesus chamando-lhe “Senhor”. Este título exprime o respeito e a confiança dos que se aproximam de Jesus e d'Ele esperam socorro e cura (…). No encontro com Jesus ressuscitado, transforma-se em adoração: ‘Meu Senhor e meu Deus’ (Jo 20, 28). Assume então uma conotação de amor e afeição, que vai ficar como típica da tradição cristã: ‘E o Senhor!’ (Jo 21, 7)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 448)
Outros comentários
«Meninos, vocês não têm peixes?»
P. Vicent MARTÍNEZ
(Valencia, Espanha)
Hoje, os apóstolos voltam ao seu trabalho habitual: a pesca. “A história se situa no contexto da vida cotidiana dos discípulos, que costumavam retornar à sua terra e ao seu trabalho de pescadores, após os tremendos dias do passado, a ressurreição e ressurreição do Senhor. Era difícil para eles entender o que estava acontecendo ”(Francisco). Ele ainda estava confuso, ele vivia com uma certa escuridão e pesca, e sua pesca foi malsucedida. Não pescou nada!
Mas, «Enquanto tudo parecia acabado, Jesus volta a“ procurar ”os seus discípulos. É Ele quem vai procurá-los » (Francisco). Sem esperar por isso, um homem da margem diz-lhes: «Lançai a rede à direita do barco e encontrareis» (Jn 21,6). E, de fato, obedecendo às palavras daquele homem, a pesca é superabundante: 153 peixes, isto é, todas as nações pagãs, porque a boa nova do Evangelho deve chegar a todas as pessoas e a todos os povos.
“Deus se deixa contemplar por quem tem um coração puro” (São Gregório de Nisa). Por isso, João, o discípulo amado, percebeu imediatamente: "Ele é o Senhor" (Jn 21,7). Sim, o Senhor Jesus ressuscitou e vive para sempre, ele não é um fantasma. É Ele em pessoa quem os convida a comer.
Que admirável gesto de afeto e ternura de Jesus para com os seus! Sabemos como te agradecer? Nós o ouvimos quando ele nos diz para lançar a rede na direção que ele indica? Sejamos felizes porque o Senhor ressuscitou e nos convida a todos para uma nova vida, a vida dos filhos de Deus que é vida no amor de Cristo. E não tenhamos medo, porque o amor verdadeiro expulsa o medo. Nada, absolutamente nada é impossível para Deus. Só temos que confiar, amar e orar.
Fonte https://evangeli.net/
JESUS APARECE AOS DISCÍPULOS Jo 21,1-14
HOMILIA
É pela terceira vez que Jesus aparece aos seus amigos, desta vez foi junto ao lago de Tiberíades. O que mais se destaca aqui é a fé em Jesus que brota do coração e não dos olhos somente. Somos convidados a confiar no testemunho idôneo daqueles que o rodearam e adquiram a inteligibilidade da verdade do testemunho da Sua Ressurreição.
A certeza de que estás vivo Senhor, é o testemunho autêntico daqueles a quem aparecestes e a Tua própria palavra no mar de Tiberíades. Infelizmente ainda hoje, muitas dúvidas vão persistindo algumas vezes na nossa mente induzida pelos profetas da desgraças que espalham falsas doutrinas e até as vezes com fundamentos cientificamente comprovadas. Mas tudo isso porque somos homens e mulheres de pouca fé. Perdoa-nos na nossa mesquinhez a auxilia-nos a crescer na fé na Tua pessoa e na Tua Palavra.
Senhor Jesus, Tu caminhas lado a lado conosco na estrada da nossa vida, acompanhando-nos nas nossas amarguras e nas nossas tristezas. Raramente, porém, conseguimos ter os olhos abertos para Te ver, e os ouvidos atentos para Te escutar…
Minha irmã, e meu irmão. Deus lhe chama. Será que o caminho que você está tentando seguir e que não está dando muito certo é o caminho de Jesus? Olha que aquele que disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, está conosco. Ele nos convida a lançar a rede para o outro lado da barca. Você se preocupa com o seu sustento! Não se preocupe com dinheiro! Pois Ele cuidará de tudo. É só confiar e jogar a sua rede do outro lado. Converter é mudar de rumo, de caminho. Converta-se, mude agora o seu caminho para Deus, e será uma pessoa nova como o Cristo ressuscitado!
Juntos peçamos ao Senhor nosso Deus para que Seu Filho Ressuscitado nos auxilie em tudo. E como apareceu aos discípulos
Meu Senhor e meu Deus auxiliam-nos, a saber, ver-Te a nosso lado, acompanhando-nos em todos os momentos da nossa vida, de tal modo que o nosso coração inflamado por Ti, consiga transmitir a Tua constante presença, a fim de que saibamos, com ardor, comunicá-la a todos aqueles que nos rodeiam.
Senhor Jesus, ajuda-nos a estarmos atentos à tua presença nos diversos momentos da nossa vida. Quando escutamos a Tua Palavra, que ela nos alegre, pois é a Tua presença; quando entramos na intimidade através da Eucaristia, que ela nos consiga a paz, quando Te conseguimos descobrir nos outros, que nos estimule o espírito missionário e de serviço.
Muitas vezes a canseira do dia a dia nos torna quebrados e sem rumo para a nossa vida. Sem a Vossa presença o barco da nossa vida regressa do mar vazio, sem peixe. A nossa vida fica sem sabor e razão de viver. Só com a Tua presença. Tudo ganha sentido como foi para os dois discípulos no mar de Tiberíades. Temos a certeza de que convosco a canseira de uma noite inteira na faina de pescar resultara inútil. Pois à indicação da Vossa palavra, que se encontra na margem do nosso desespero, faz abundar de peixe as redes da nossa vida a ponto de quase se rebentarem.
É verdade, Senhor, eu creio! Sem Ti por perto, nada conseguiremos. A nossa sabedoria, a nossa habilidade, os nossos conhecimentos, nada conseguem se a Tua presença não informar a nossa ação.
Por isso, insistentemente Te suplico, Senhor Jesus, não nos deixes separar de Ti. Que a Tua presença sempre se faça sentir na nossa ação quotidiana e que nós jamais empreendamos qualquer atividade sem Te ter presente como guia, conselheiro e distribuidor providente de todo o nosso alimento que fortifica e dá sentido à nossa vida.
Pai, que a presença do Ressuscitado reforce a comunhão com meus irmãos e minhas irmãs de fé, a fim de podermos atrair para Ele muitas outras pessoas de boa vontade.
Fonte https://homilia.cancaonova.com/
Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
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