Liturgia Diária
7 – QUARTA-FEIRA
OITAVA DA PÁSCOA
(branco, glória, seq. facultativa, pref. da Páscoa I [“neste dia”], – ofício próprio)
Vinde, benditos de meu Pai: tomai posse do Reino preparado para vós desde o princípio do mundo, aleluia! (Mt 25,34)
Em nome de Jesus Cristo, os apóstolos operam maravilhas no meio do povo. Sejamos, também nós, instrumentos da ação divina em nosso convívio social.
Evangelho: Lucas 24,13-35
Aleluia, aleluia, aleluia.
Este é o dia que o Senhor fez para nós, / alegremo-nos e nele exultemos! (Sl 117,24) – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – 13Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. 14Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. 15Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. 16Os discípulos, porém, estavam como que cegos e não o reconheceram. 17Então Jesus perguntou: “O que ides conversando pelo caminho?” Eles pararam, com o rosto triste, 18e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: “Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?” 19Ele perguntou: “O que foi?” Os discípulos responderam: “O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso, em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. 20Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. 21Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! 22É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo 23e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. 24Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu”. 25Então Jesus lhes disse: “Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! 26Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?” 27E, começando por Moisés e passando pelos profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele. 28Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. 29Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Jesus entrou para ficar com eles. 30Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. 31Nisso os olhos dos discípulos se abriram, e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. 32Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” 33Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém, onde encontraram os onze reunidos com os outros. 34E estes confirmaram: “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!” 35Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. – Palavra da salvação.
Fontehttps://www.paulus.com.br/
Reflexão - Evangelho: Lucas 24,13-35
«Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?»
P. Luis PERALTA Hidalgo SDB
(Lisboa, Portugal)
Hoje o Evangelho assegura-nos que Jesus está vivo e continua a ser o centro à volta do qual se constrói a comunidade dos discípulos. É precisamente nesse contexto eclesial —no encontro comunitário, no diálogo com os irmãos que partilham a mesma fé, na escuta comunitária da Palavra de Deus, no amor partilhado em gestos de fraternidade e de serviço— que os discípulos podem fazer a experiência do encontro com Jesus ressuscitado.
Os discípulos carregados de tristes pensamentos, não imaginavam que aquele desconhecido fosse precisamente o seu Mestre, já ressuscitado. Mas sentiam «arder» o seu íntimo (cf. Lc 24,32), quando Ele lhes falava, «explicando» as Escrituras. A luz da Palavra ia dissipando a dureza do seu coração e «abria-lhes os olhos» (Lc 24, 31).
O ícone dos discípulos de Emaús presta-se bem para nortear um longo caminho das nossas dúvidas, inquietações e às vezes amargas desilusões, o divino Viajante continua a fazer-se nosso companheiro para nos introduzir, com a interpretação das Escrituras, na compreensão dos mistérios de Deus. Quando o encontro se torna pleno, à luz da Palavra segue-se a luz que brota do «Pão da vida», pelo qual Cristo cumpre de modo supremo a sua promessa de «estar conosco todos os dias até ao fim do mundo» (Mt 28,20).
O Papa Bento XVI explica que «o anúncio da Ressurreição do Senhor ilumina as zonas escuras do mundo em que vivemos».
«Neste momento, seus olhos se abriram, e eles o reconheceram»
Rev. D. Xavier PAGÉS i Castañer
(Barcelona, Espanha)
Hoje «é o dia que o senhor fez: regozijemo-nos e alegremo-nos nele» (Sal 117,24). Assim nos convida a rezar a liturgia desses dias da oitava de Páscoa. Alegremo-nos de ser conhecedores de que Jesus ressuscitado, hoje e sempre, está conosco. Ele permanece ao nosso lado em todo momento. Mas é necessário que nós deixemos que ele nos abra os olhos da fé para reconhecer que está presente em nossas vidas. Ele quer que gozemos de sua companhia, cumprindo o que nos disse: «Eis que estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo» (Mt 28,20).
Caminhemos com a esperança que nos dá o fato de saber que o Senhor nos ajuda a encontrar sentido a todos os acontecimentos. Sobretudo, naqueles momentos em que, como os discípulos de Emaús passemos por dificuldades, contrariedades, desânimos... Ante os diversos acontecimentos, nos convém saber escutar sua Palavra, que nos levará a interpretá-los à luz do projeto salvador de Deus. Mesmo que às vezes, equivocadamente, possa nos parecer que não nos escuta, Ele nunca se esquece de nós; Ele sempre nos fala. Só a nós pode faltar a boa disposição para escutar, meditar e contemplar o que Ele quer nos dizer.
Nos variados âmbitos onde nos movemos, freqüentemente podemos encontrar pessoas que vivem como se Deus não existisse, carentes de sentido. Convém dar-nos conta da responsabilidade que temos de chegar a ser instrumentos aptos para que o Senhor possa, através de nós, aproximar-se “abrir caminho” com os que nos rodeiam. Busquemos como fazê-los conhecedores da condição de filhos de Deus e de que Jesus nos tem amado tanto, que não só morreu e ressuscitou para nós, mas que quis ficar para sempre na Eucaristia. Foi no momento de partir o pão quando aqueles discípulos de Emaús reconheceram que era Jesus quem estava ao seu lado.
Fontehttps://evangeli.net/
NO CAMINHO DE EMAÚS Lc 24,13-35
HOMILIA
Dois discípulos caminham em desolação, afastando-se da comunidade de Jerusalém. Jesus se aproxima deles e caminha junto. Mas eles não o reconhecem. Um se conhece o nome: Cléofas e o outro não se especifica. Quero colocar no lugar dele o meu ou o seu. Muitas vezes ficamos como que sem esperança, não percebemos a presença do Ressuscitado. Podes se perguntar: em que situações costumo ficar desolado(a)? Como tenho reagido à desolação. Como deveria reagir?
Como Jesus perguntou aos dois também pergunta a você. “O que andais conversando pelo caminho?“ Eles respondem tristes, nervosos, irritados: “Você não sabe o que aconteceu em Jerusalém, nestes dias?” – “Que foi?” – “A morte de Jesus, o Nazareno… E nós que esperávamos que fosse ele o libertador de Israel!” – “Como sois lentos para crer o que os profetas falaram! Acaso não era necessário que o Cristo sofresse, para entrar na Glória?” As palavras de Jesus acendem a esperança nos discípulos. Refletir: Na desolação, é bom abrir-se, confrontar com alguém…
“Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Ele entra para ficar com eles. À mesa, Jesus toma o pão, abençoa e lhes dá. “Seus olhos se abriram, e eles o reconheceram”. Jesus desaparece da vista deles, mas fica no seu coração. “Não estava ardendo o nosso coração, quando ele nos explicava as Escrituras?” A experiência é tão extraordinária, que os discípulos precisam levar à notícia, naquela mesma noite, a Jerusalém.
Onde encontramos, hoje, a presença de Jesus? Na Palavra, nos sacramentos, na comunidade, no serviço aos mais necessitados (pobres, doentes, crianças, idosos…). Um recadinho para você: Em todas as situações, nunca se afaste da sua Comunidade, Paróquia. Ficar lá, buscando Jesus com simplicidade. No apostolado, no serviço fraterno, somos um sopro de esperança para os outros, especialmente o povo mais sofrido. Jesus consola os seus discípulos. Nós o que buscamos: “consolar” ou “ser consolados”? Faça como os discípulos de Emaús e peça: Fica connosco Senhor Porque o anoitece, afim de que possas reconhece-lo como fonte da verdadeira felicidade.
Fontehttps://homilia.cancaonova.com/
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