sexta-feira, 8 de maio de 2020

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 14,7-14 - 09.05.2020

Liturgia Diária

DIA 9 – SÁBADO 
4ª SEMANA DA PÁSCOA*

(branco – ofício do dia)

Povo resgatado por Deus, proclamai suas maravilhas: ele vos chamou das trevas à sua luz admirável, aleluia! (1Pd 2,9)

A obra salvadora de Cristo não se limita a uma nação, tampouco a uma só região da terra. Celebremos agradecidos porque ao mundo inteiro foi concedida a graça de conhecer a Cristo e a salvação de Deus.

Evangelho: João 14,7-14

Aleluia, aleluia, aleluia.

Se guardais minha Palavra, diz Jesus, / realmente vós sereis os meus discípulos (Jo 8,31s). – R.

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 7“Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. E desde agora o conheceis e o vistes”. 8Disse Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!” 9Jesus respondeu: “Há tanto tempo estou convosco e não me conheces, Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai’? 10Não acreditas que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras. 11Acreditai-me, eu estou no Pai, e o Pai está em mim. Acreditai, ao menos, por causa dessas mesmas obras. 12Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que eu faço e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai, 13e o que pedirdes em meu nome, eu o realizarei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. 14Se pedirdes algo em meu nome, eu o realizarei”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: João 14,7-14
«Eu estou no Pai e que o Pai está em mim»

P. Jacques PHILIPPE
(Cordes sur Ciel, França)

Hoje, estamos convidados a reconhecer em Jesus ao Pai que se nos revela. Filipe expressa uma intuição muito justa: «Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta» (Jo, 14, 8). Ver o Pai é descobrir Deus como origem, como vida que brota, como generosidade, como dom que constantemente renova cada coisa. Do que mais precisamos? Procedemos de Deus, e cada homem e, ainda de que não seja consciente, leva o profundo desejo de voltar a Deus, de reencontrar a casa paterna e permanecer ai para sempre. Hei aqui todos os bens que possamos desejar: A vida, a luz, o amor, a paz... São Inácio de Antioquia, que foi mártir no início do século dizia: «Há em mim um água viva que murmura e disse dentro de mim: Vem ao Pai!».

Jesus nos faz entrever a profunda intimidade recíproca que existe entre Ele e o Pai. «Eu estou no Pai e que o Pai está em mim» (Jo 14,11). O que Jesus diz e que faz acha sua fonte no Pai e, o Pai se expressa plenamente em Jesus. Todo o que o Pai deseja nos dizer se encontra nas palavras e nos atos do Filho. Todo o que Ele quer cumprir no nosso favor o cumpre pelo seu Filho. Acreditar no Filho nos permite ter «aceso a Deus» (Ef 2,18).

A fé humilde e fiel em Jesus, a eleição de lhe seguir e lhe obedecer dia trás dia, nos põe em contato misterioso mas real com o mesmo mistério de Deus e, nos faz beneficiários de todas as riquezas de sua benevolência e misericórdia. Esta fé permite ao Pai levar adiante, através de nós, a obra da graça que começou no seu Filho: «Quem crê em mim fará as obras que eu faço» (Jo 14,12).


«E o que pedirdes em meu nome, eu o farei»

Rev. D. Iñaki BALLBÉ i Turu
(Terrassa, Barcelona, Espanha)

Hoje, quarto Sábado de Páscoa, a Igreja convida-nos a considerar a importância que tem para um cristão, conhecer Cristo cada vez mais. Com que ferramentas contamos para o fazer? Com diversas e, todas elas, fundamentais: a leitura atenta e meditada do Evangelho; nossa resposta pessoal na oração, esforçando-nos para que seja um verdadeiro diálogo de amor, e não um mero monólogo introspectivo, e o desejo renovado diariamente por descobrir Cristo no nosso próximo mais imediato de nós: um familiar, um amigo, um vizinho que talvez necessite da nossa atenção, do nosso conselho, da nossa amizade.

«Senhor, mostra-nos o Pai», pede Filipe (Jo 14,8). Uma boa petição para que a repitamos durante todo este Sábado. —Senhor, mostra-me o teu rosto. E podemos perguntar-nos: como é o meu comportamento? Os outros, podem ver em mim o reflexo de Cristo? Em que coisa pequena poderia lutar hoje? Aos cristãos nos é necessário descobrir o que há de divino na nossa tarefa diária, a marca de Deus no que nos rodeia. No trabalho, na nossa vida de relação com os outros. E também se estamos doentes: a falta de saúde é um bom momento para nos identificarmos com Cristo que sofre. Como disse Santa Teresa de Jesus, «Se não nos determinarmos a engolir de uma vez a morte e a falta de saúde, nunca faremos nada».

O Senhor no Evangelho assegura-nos: «Se pedirdes algo em meu nome, eu o farei» (Jo 14,13). —Deus é o meu Pai, que vela por mim como um Pai amoroso: não quer para mim nada de mau. Tudo o que passa —tudo o que me passa— é para o bem da minha santificação. Ainda que, com o olhos humanos, não o entendamos. Ainda que não o entendamos nunca. Aquilo —o que quer que seja – Deus o permite. Confiemos nele da mesma maneira que confiou Maria.

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AINDA NÃO ME CONHECES? Jo 14,7-14
HOMILIA

Estas palavras são fundamentais não só para Filipe, quanto para nós. Pois nelas vemos a clara epifania ou seja manifestação da humanidade do rosto do Pai na pessoa do Filho: Jesus.

Ve-lo à Ele é ver o próprio Deus. Esta verdade é tão verdadeira que foi o próprio Filho de Deus quem no-la deu a conhecer: Há tanto tempo que estou convosco, e ainda não me conehces Filipe? São sabes que quem me vê, vê o Pai?

Filipe como muitos dos nossos irmãos hoje, ainda não tinha compreendido a verdade segundo a qual, o Filho estava em perfeita sintonia com o Pai. Numa interelação total. Era necessário que se desvendasse, derrubasse a parece que lhe impediar de reconhecer Deus Pai no Filho testemunhado pela pomba, no ato monte da transfiguração. «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu agrado. Escutai-o.» Mt 17, 1-9 .

Ao sermos conviadados a escutar a palavra de Jesus neste texto, o Pai se dá aconhecer, assim como quer revelar no seu Filho a sua vontade. Portanto, não nos bastará ouvir, escutar. Será necessário fazer uma mudança radical. Uma experiência viva das obras do amor de Jesus, que são as obras do Pai. Pois, o Pai, que está em mim, é quem faz o seu trabalho. Creiam no que lhes digo: eu estou no Pai e o Pai está em mim.

Ao acreditarmos em Jesus, somos movido a assumir as suas obras em vista da promoção da vida plena para todos. Procuremos ver o rosto de Deus nos rostos das pessoas por Ele amadas: Talvez me perguntes como aquele jovem do evangelho de Lc 10:25-35, ‘mas quem é o meu próximo’? A resposta é simples. São os pecadores, os pobres, os simples, os humildes, os marginalizados, os andarílios, os doentes, os encarcerados, as prostitutas, os alcólatras e tantas outras. Alías « quanto pior for a pessoa com quem convives melhor será para ti»!

Por quê? Assim com fé, confiança e esperança na conversão desta pessoa te convertes num verdadeiro orante e melhor exercitaráss a caridade, a paciência, a misericórdia, o perdão, o amor de Deus que se Deus no Filho para o perdão dos nossos pecados e salvação das nossas almas. Esta é a glória do Pai, que é a glória de Jesus, à qual os discípulos são chamados a participar.

Como discípulos eu e tu somos interpelados. Peças ao Senhor que nos dê esta graça de sermos um em Jesus seu Filho, para que o mundo reconheça em nós Jesus Cristo, o enviado do Pai ao mundo cuja missão é a libertação da opressão e a construção do mundo novo de fraternidade e justiça.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/




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