quarta-feira, 30 de outubro de 2019

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 5,1-12 - 02.11.2019

Liturgia Diária

Dia 2 – SÁBADO 
COMEMORAÇÃO DOS FIÉIS DEFUNTOS

(roxo ou preto, prefácio dos mortos, pág. 6 – ofício próprio)

Deus, que ressuscitou Jesus dentre os mortos, também dará vida aos nossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em nós (Rm 8,11).

Na esperança da ressurreição, celebramos a páscoa de todos aqueles que já partiram do nosso meio para a casa do Pai. Esta liturgia de Finados nos convida a viver as bem-aventuranças como caminho da felicidade sem fim. Cantemos o louvor de Deus, que faz novas todas as coisas, enxuga nossas lágrimas e dá vida aos nossos corpos mortais.


Evangelho: Mateus 5,1-12

Aleluia, aleluia, aleluia.

Eu te louvo, ó Pai santo, Deus do céu, Senhor da terra, / os mistérios do teu Reino aos pequenos, Pai, revelas! (Mt 11,25) – R.

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 1vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, 2e Jesus começou a ensiná-los: 3“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus. 4Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. 5Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. 6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. 7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. 9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. 10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. 11Bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós por causa de mim. 12Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br


Reflexão - Evangelho: Mateus 5,1-12
«Construís os túmulos dos profetas! No entanto, foram vossos pais que os mataram»

Fra. Agustí BOADAS Llavat OFM
(Barcelona, Espanha)

Hoje, o Evangelho recorda o fato fundamental do Cristianismo: a morte e ressurreição de Jesus. Façamos nossa, agora, a oração do Bom Ladrão: Jesus, lembra-te de mim (Lc 23, 42). A Igreja não reza pelos santos como ora pelos defuntos, que dormem no Senhor, mas encomenda-se às orações daqueles e reza por estes, diz Sto. Agostinho num Sermão. Pelo menos uma vez por ano nós, os cristãos, questionamo-nos sobre o sentido da nossa vida e sobre o sentido da nossa morte e ressurreição. É no dia da comemoração dos fiéis defuntos, da qual Sto. Agostinho nos apontou a diferença em relação à festa de Todos os Santos.

Os sofrimentos da Humanidade são os sofrimentos da Igreja e têm em comum, sem dúvida, o fato de todo o sofrimento ser de algum modo privação de vida. Por isso a morte de um ser querido nos causa uma dor tão indescritível que nem a fé sozinha consegue aliviá-la. Assim, os homens sempre quiseram honrar os defuntos. Na verdade, a memória é uma forma de fazer com que os ausentes estejam presentes, de perpetuar a sua vida. Mas os mecanismos psicológicos e sociais, com o tempo, amortecem as recordações. E se, humanamente, esse fato pode levar à angústia, os cristãos, graças à ressurreição, têm paz. A vantagem de nela crermos é que nos permite confiar em que, apesar do esquecimento, voltaremos a encontrar-nos na outra vida.

Uma segunda vantagem de crermos consiste em que, ao recordar os defuntos, rezamos por eles. Fazemo-lo no nosso interior, na intimidade com Deus, e cada vez que rezamos juntos, na Eucaristia: não estamos sós perante o mistério da morte e da vida, antes o compartilhamos como membros do Corpo de Cristo. Mais ainda: ao ver a cruz, suspensa entre o céu e a terra, sabemos que se estabelece uma comunhão entre nós e os nossos defuntos. Por isso S. Francisco proclamou agradecido: Louvado sejas, Senhor, pela nossa irmã, a morte corporal.

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AS BEM-AVENTURANÇAS Mt 5,1-12
HOMILIA

O Sermão da Montanha, introduzido pela proclamação das bem-aventuranças, é o programa do Reino dos Céus já presente entre nós. Elas constituem as virtudes de Jesus. São, segundo Santo Agostinho, uma regra perfeita de vida cristã. Nas bem-aventuranças encontramos valores universais, que podem ser entendidos e acolhidos por todos. As bem-aventuranças são o caminho concreto para a transformação deste mundo em um mundo de fraternidade, justiça e paz.

Bem Aventurados os pobres de espírito (…). Os bens, desde que sejam adquiridos com justiça, devem ser possuídos e administrados em justiça. A ganância é contrária à pobreza de espírito. Deixemos que o Espírito nos dê um coração de pobre. Somos mendigos do Espírito.

Bem Aventurados os que choram (…). Vivamos numa experiência da misericórdia divina no nosso coração. Deixemos que Deus enxugue as nossas lágrimas e recebamos a sua consolação. Acreditemos que por maiores que sejam os nossos sofrimentos e dores, a Misericórdia divina superabunda tudo isso.

Bem Aventurados os mansos (…). Conhecemos que a mansidão, a paciência e a humildade são caminhos para a glória eterna. Sejamos mansos, puros e humildes.

Bem Aventurados os que têm fome e sede de justiça (…). A nossa fome e sede do espírito são de amor a Deus, que é justiça e de amor ao próximo. Desenvolvamos essa fome espiritual, que só a fé sacia.

Bem Aventurados os misericordiosos (…). A misericórdia é a força do nosso coração. Como a anunciamos aos irmãos?

Bem Aventurados os puros de coração (…). O nosso coração cresce em sinceridade e retidão para com os outros? Cultivamos um coração simples? Deixemos vivificar em nós, a experiência de que somos templos do Espírito Santo.

Bem Aventurados os pacíficos (…). Os nossos valores éticos constituem uma afirmação evangélica contra as normas de uma sociedade desprovida do Deus de Amor. A Paz esteja convosco: disse-nos Jesus. Assim, ela é um dom de Deus. Somos construtores da paz. Nunca se esqueça que a Paz se opõe as atitudes de guerra, de agressividade, de conflito e de autoritarismo.

Bem Aventurados os que sofrem perseguição (…). As perseguições, mentiras e ataques perseguem os discípulos de Jesus. Como ontem, assim hoje são perseguidos, às vezes até pela própria família. Você é perseguido? A explicação está aí. Por isso, aguente firme. Aceitemos tudo isso, para nos deixarmos morrer interiormente, afim de que Cristo ressuscite em nós. Que a partilha das Bem-Aventuranças contribua para uma vivência de vida cristã e de uma comunidade de amor. Deus te abençoe meu irmão, minha irmã, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, Amém!

Fonte https://homilia.cancaonova.com


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