Liturgia Diária
Dia 17 – QUINTA-FEIRA
SANTO INÁCIO DE ANTIOQUIA
BISPO E MÁRTIR
(vermelho, pref. comum ou dos mártires, pág. 7 – ofício da memória)
Estou pregado na cruz com Jesus Cristo: já não sou eu que vivo, mas é o Cristo que vive em mim. Vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim (Gl 2,19s).
Inácio nasceu na Síria no ano 50 e foi morto em Roma em 107. Terceiro bispo de Antioquia e discípulo do apóstolo João, foi preso por ordem do imperador e condenado às feras no Coliseu. Rumo ao martírio, deu testemunho de fé em Jesus Cristo e fortaleceu as comunidades cristãs. Celebrando sua memória, rezemos por todos os cristãos perseguidos.
Evangelho: Lucas 11,47-54
Aleluia, aleluia, aleluia.
Sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai, senão por mim (Jo 14,6). – R.
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, disse o Senhor: 47“Ai de vós, porque construís os túmulos dos profetas; no entanto, foram vossos pais que os mataram. 48Com isso, vós sois testemunhas e aprovais as obras de vossos pais, pois eles mataram os profetas e vós construís os túmulos. 49É por isso que a sabedoria de Deus afirmou: Eu lhes enviarei profetas e apóstolos, e eles matarão e perseguirão alguns deles, 50a fim de que se peçam contas a esta geração do sangue de todos os profetas derramado desde a criação do mundo, 51desde o sangue de Abel até o sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e o santuário. Sim, eu vos digo, serão pedidas contas disso a esta geração. 52Ai de vós, mestres da lei, porque tomastes a chave da ciência. Vós mesmos não entrastes e ainda impedistes os que queriam entrar”. 53Quando Jesus saiu daí, os mestres da lei e os fariseus começaram a tratá-lo mal e a provocá-lo sobre muitos pontos. 54Armavam ciladas para pegá-lo de surpresa por qualquer palavra que saísse de sua boca. – Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br
Reflexão - Evangelho: Lucas 11,47-54
«Construís os túmulos dos profetas! No entanto, foram vossos pais que os mataram»
Rev. D. Pedro-José YNARAJA i Díaz
(El Montanyà, Barcelona, Espanha)
Hoje o Evangelho nos fala do sentido, aceitação e trato dado aos profetas: «Eu lhes enviarei profetas e apóstolos, e a alguns, eles matarão ou perseguirão» (Lc 11,49).
São pessoas de diferente condição social ou religiosa, que tem recebido a mensagem divina e tem se impregnado dela; impulsionadas pelo Espírito, o expressam com signos ou palavras compreensíveis para seu tempo. É uma mensagem transmitida através de discursos, nunca lisonjeiros, ou ações, quase sempre difíceis de aceitar. Uma característica da profecia é sua incomodidade. O dom resulta incômodo para aquele que o recebe, o esfolia internamente e, é molesto para seu entorno, que hoje, graças à Internet ou aos satélites, pode se estender ao mundo todo.
Os contemporâneos do profeta pretendem o condenar ao silêncio, o caluniam, o desacreditam, assim até que morre. Chega então o momento de lhe erigir o sepulcro e, de lhe organizar homenagens, quando já não incomoda. Não faltam atualmente profetas que gozam de fama universal. A Madre Teresa, João XXIII, Monsenhor Romero... Lembramo-nos daquilo que nos reclamavam e nos exigiam? Aplicamos o que nos fizeram ver? A nossa geração se lhe pedirá contas sob a capa de ozônio que destruiu, da desertificação que nossa dilapidação de água causou, mas também do ostracismo que temos reduzido aos nossos profetas
Ainda há pessoas que se reservam para elas o direito de saber em exclusiva, que o compartilham “no melhor dos casos” com os seus, com aqueles que lhe permitem continuar no colo dos seus sucessos e da fama. Pessoas que fecham o passo aos que tentam entrar nos âmbitos do conhecimento, não seja que talvez saibam tanto quanto eles e os ultrapassem: «Ai de vós, doutores da Lei, porque ficastes com a chave da ciência! vós mesmos não entrastes, e ainda impedistes os que queriam entrar».
Agora, como nos tempos de Jesus, muitos analisam frases e estudam textos para desacreditar aos que incomodam com suas palavras: É esse nosso agir? «Não há nada mais perigoso que julgar as coisas de Deus com os discursos humanos» (São João Crisóstomo).
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors
JESUS, OS FARISEUS E OS DOUTORES DA LEI Lc 11,47-54
HOMILIA
Dando continuidade às denúncias da hipocrisia dos fariseus e dos doutores da Lei, Lucas apresenta seis ais de advertência. Precisamos entender que no tempo de Jesus, uma ala do farisaísmo tendia a inverter o valor das coisas. Davam muita importância às coisas secundárias, enquanto as essenciais não recebiam a devida atenção. O pagamento do dízimo, por exemplo, era uma exigência irrecusável, e cumprida mesmo em relação às insignificantes hortaliças. Entretanto, os fariseus não se preocupavam, minimamente, em praticar a justiça para com o próximo e dedicar a Deus um amor verdadeiro.
A prática religiosa do dízimo era desta forma, esvaziada de sentido. Ao pagá-lo, os fariseus pensavam estar sendo fiéis à vontade divina. Todavia, enquanto cometiam injustiças contra o próximo, cultivavam a vanglória e agiam como hipócritas acabando por desagradar a Deus. Invalidava-se, deste modo, sua piedade exterior, à qual se entregavam apenas para serem louvados pelos outros. O amor e a justiça ocupam o lugar central na vida do discípulo do Reino. Nisto, ele se distingue dos fariseus.
Amor e justiça, quando postos em prática, revelam o mais íntimo do ser humano. Outras práticas podem ser enganosas, revelando apenas uma piedade aparente. De fato, podem ser uma máscara da hipocrisia humana e esconder a maldade que a pessoa traz no coração. Por isso, em primeiro lugar, é preciso praticar a justiça e o amor. Com este pano de fundo, as outras práticas de piedade terão mais solidez.
Muitas vezes nos comportamos como fariseus, falamos muito da verdade, mas não cumprimos esta verdade que é a palavra de Jesus em nossas vidas. Muito pelo contrário, até criticamos aquele que a cumpre.
Precisamos muito da misericórdia de Deus em nossas vidas. O amor de Deus se revela constantemente a nós e não conseguimos nos converter verdadeiramente. Seremos hipócritas ou somos fracos na fé mesmo?
Onde está a constância na fé que tanto Jesus nos pede? A vida já é tão dura e difícil para muitos e se não formos solidários com aqueles que necessitam que tipo de espiritualidade estamos exercendo?
Encontramos ao longo da caminhada pessoas que se mostram mestres em nos ensinar o que seja correto praticar, porém são extremamente pobres em testemunhos e partilha de vida. É o famoso ditado: Faça o que eu digo mas não faça o que eu faço. Esta com certeza não é a vontade de Deus a nosso respeito, o Evangelho de hoje nos faz um apelo à conversão, superando todo tipo de hipocrisia.
Só seremos felizes de verdade se contribuirmos verdadeiramente para a felicidade do outro.
Pai, que a compreensão de teu sábio plano de salvação para a humanidade me leve a estar atento às palavras de Jesus, o qual me indica o caminho para chegar a ti.
Fonte https://homilia.cancaonova.com/
Dia 17 – QUINTA-FEIRA
SANTO INÁCIO DE ANTIOQUIA
BISPO E MÁRTIR
(vermelho, pref. comum ou dos mártires, pág. 7 – ofício da memória)
Estou pregado na cruz com Jesus Cristo: já não sou eu que vivo, mas é o Cristo que vive em mim. Vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim (Gl 2,19s).
Inácio nasceu na Síria no ano 50 e foi morto em Roma em 107. Terceiro bispo de Antioquia e discípulo do apóstolo João, foi preso por ordem do imperador e condenado às feras no Coliseu. Rumo ao martírio, deu testemunho de fé em Jesus Cristo e fortaleceu as comunidades cristãs. Celebrando sua memória, rezemos por todos os cristãos perseguidos.
Evangelho: Lucas 11,47-54
Aleluia, aleluia, aleluia.
Sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai, senão por mim (Jo 14,6). – R.
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, disse o Senhor: 47“Ai de vós, porque construís os túmulos dos profetas; no entanto, foram vossos pais que os mataram. 48Com isso, vós sois testemunhas e aprovais as obras de vossos pais, pois eles mataram os profetas e vós construís os túmulos. 49É por isso que a sabedoria de Deus afirmou: Eu lhes enviarei profetas e apóstolos, e eles matarão e perseguirão alguns deles, 50a fim de que se peçam contas a esta geração do sangue de todos os profetas derramado desde a criação do mundo, 51desde o sangue de Abel até o sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e o santuário. Sim, eu vos digo, serão pedidas contas disso a esta geração. 52Ai de vós, mestres da lei, porque tomastes a chave da ciência. Vós mesmos não entrastes e ainda impedistes os que queriam entrar”. 53Quando Jesus saiu daí, os mestres da lei e os fariseus começaram a tratá-lo mal e a provocá-lo sobre muitos pontos. 54Armavam ciladas para pegá-lo de surpresa por qualquer palavra que saísse de sua boca. – Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br
Reflexão - Evangelho: Lucas 11,47-54
«Construís os túmulos dos profetas! No entanto, foram vossos pais que os mataram»
Rev. D. Pedro-José YNARAJA i Díaz
(El Montanyà, Barcelona, Espanha)
Hoje o Evangelho nos fala do sentido, aceitação e trato dado aos profetas: «Eu lhes enviarei profetas e apóstolos, e a alguns, eles matarão ou perseguirão» (Lc 11,49).
São pessoas de diferente condição social ou religiosa, que tem recebido a mensagem divina e tem se impregnado dela; impulsionadas pelo Espírito, o expressam com signos ou palavras compreensíveis para seu tempo. É uma mensagem transmitida através de discursos, nunca lisonjeiros, ou ações, quase sempre difíceis de aceitar. Uma característica da profecia é sua incomodidade. O dom resulta incômodo para aquele que o recebe, o esfolia internamente e, é molesto para seu entorno, que hoje, graças à Internet ou aos satélites, pode se estender ao mundo todo.
Os contemporâneos do profeta pretendem o condenar ao silêncio, o caluniam, o desacreditam, assim até que morre. Chega então o momento de lhe erigir o sepulcro e, de lhe organizar homenagens, quando já não incomoda. Não faltam atualmente profetas que gozam de fama universal. A Madre Teresa, João XXIII, Monsenhor Romero... Lembramo-nos daquilo que nos reclamavam e nos exigiam? Aplicamos o que nos fizeram ver? A nossa geração se lhe pedirá contas sob a capa de ozônio que destruiu, da desertificação que nossa dilapidação de água causou, mas também do ostracismo que temos reduzido aos nossos profetas
Ainda há pessoas que se reservam para elas o direito de saber em exclusiva, que o compartilham “no melhor dos casos” com os seus, com aqueles que lhe permitem continuar no colo dos seus sucessos e da fama. Pessoas que fecham o passo aos que tentam entrar nos âmbitos do conhecimento, não seja que talvez saibam tanto quanto eles e os ultrapassem: «Ai de vós, doutores da Lei, porque ficastes com a chave da ciência! vós mesmos não entrastes, e ainda impedistes os que queriam entrar».
Agora, como nos tempos de Jesus, muitos analisam frases e estudam textos para desacreditar aos que incomodam com suas palavras: É esse nosso agir? «Não há nada mais perigoso que julgar as coisas de Deus com os discursos humanos» (São João Crisóstomo).
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors
JESUS, OS FARISEUS E OS DOUTORES DA LEI Lc 11,47-54
HOMILIA
Dando continuidade às denúncias da hipocrisia dos fariseus e dos doutores da Lei, Lucas apresenta seis ais de advertência. Precisamos entender que no tempo de Jesus, uma ala do farisaísmo tendia a inverter o valor das coisas. Davam muita importância às coisas secundárias, enquanto as essenciais não recebiam a devida atenção. O pagamento do dízimo, por exemplo, era uma exigência irrecusável, e cumprida mesmo em relação às insignificantes hortaliças. Entretanto, os fariseus não se preocupavam, minimamente, em praticar a justiça para com o próximo e dedicar a Deus um amor verdadeiro.
A prática religiosa do dízimo era desta forma, esvaziada de sentido. Ao pagá-lo, os fariseus pensavam estar sendo fiéis à vontade divina. Todavia, enquanto cometiam injustiças contra o próximo, cultivavam a vanglória e agiam como hipócritas acabando por desagradar a Deus. Invalidava-se, deste modo, sua piedade exterior, à qual se entregavam apenas para serem louvados pelos outros. O amor e a justiça ocupam o lugar central na vida do discípulo do Reino. Nisto, ele se distingue dos fariseus.
Amor e justiça, quando postos em prática, revelam o mais íntimo do ser humano. Outras práticas podem ser enganosas, revelando apenas uma piedade aparente. De fato, podem ser uma máscara da hipocrisia humana e esconder a maldade que a pessoa traz no coração. Por isso, em primeiro lugar, é preciso praticar a justiça e o amor. Com este pano de fundo, as outras práticas de piedade terão mais solidez.
Muitas vezes nos comportamos como fariseus, falamos muito da verdade, mas não cumprimos esta verdade que é a palavra de Jesus em nossas vidas. Muito pelo contrário, até criticamos aquele que a cumpre.
Precisamos muito da misericórdia de Deus em nossas vidas. O amor de Deus se revela constantemente a nós e não conseguimos nos converter verdadeiramente. Seremos hipócritas ou somos fracos na fé mesmo?
Onde está a constância na fé que tanto Jesus nos pede? A vida já é tão dura e difícil para muitos e se não formos solidários com aqueles que necessitam que tipo de espiritualidade estamos exercendo?
Encontramos ao longo da caminhada pessoas que se mostram mestres em nos ensinar o que seja correto praticar, porém são extremamente pobres em testemunhos e partilha de vida. É o famoso ditado: Faça o que eu digo mas não faça o que eu faço. Esta com certeza não é a vontade de Deus a nosso respeito, o Evangelho de hoje nos faz um apelo à conversão, superando todo tipo de hipocrisia.
Só seremos felizes de verdade se contribuirmos verdadeiramente para a felicidade do outro.
Pai, que a compreensão de teu sábio plano de salvação para a humanidade me leve a estar atento às palavras de Jesus, o qual me indica o caminho para chegar a ti.
Fonte https://homilia.cancaonova.com/
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