quinta-feira, 3 de outubro de 2019

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 10,38-42 - 08.10.2019

Liturgia Diária

Dia 8 – TERÇA-FEIRA 
27ª SEMANA COMUM

(verde – ofício do dia)

Senhor, tudo está em vosso poder e ninguém pode resistir à vossa vontade. Vós fizestes todas as coisas: o céu, a terra e tudo o que eles contêm; sois o Deus do universo! (Est 1,9ss)

Jesus quer ser acolhido em nossa vida e por toda a sociedade. Abramos o coração e o deixemos entrar para dar o melhor rumo às nossas práticas e às nossas escolhas.

Evangelho: Lucas 10,38-42

Aleluia, aleluia, aleluia.

Feliz quem ouve e observa a Palavra de Deus! (Lc 11,28) – R.

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 38Jesus entrou num povoado e certa mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa. 39Sua irmã, chamada Maria, sentou-se aos pés do Senhor e escutava a sua palavra. 40Marta, porém, estava ocupada com muitos afazeres. Ela aproximou-se e disse: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha com todo o serviço? Manda que ela me venha ajudar!” 41O Senhor, porém, lhe respondeu: “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. 42Porém uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte, e esta não lhe será tirada”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Lucas 10,38-42
«Marta, Marta! Preocupas-te e andas agitada com muitas coisas. No entanto, uma só é necessária»

Rev. D. Josep RIBOT i Margarit
(Tarragona, Espanha)

Hoje, como em cada dia, podemos aprender do Evangelho. Jesus, convidado na casa de Betânia, dá-nos uma lição de humanidade: Ele, que amava as pessoas, deixa-se amar, porque as duas coisas são importantes. Rejeitar as demonstrações de afecto, de Deus e dos outros, seria um erro grave, de consequências nefastas para a santidade.

Marta ou Maria? Mas..., por quê confrontar aqueles que tanto se queriam, e que tanto queriam a Deus? Jesus amava Marta e Maria, e o seu irmão Lázaro, e ama-nos a cada um de nós.

No caminho da santidade não há duas almas iguais. Todos procuramos amar a Deus, mas com um estilo e personalidade próprios, sem imitar ninguém. O nosso modelo está em Cristo e na Virgem. Incomoda-nos a maneira como os outros se relacionam com Deus? Tentemos aprender da sua piedade pessoal.

«Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha no serviço? Manda, pois, que ela me venha ajudar!» (Lc 10,40). Servir os outros, por amor a Deus, é uma honra, não uma carga. Servimos com alegria, como a Virgem a sua prima Santa Isabel ou nas bodas de Caná, ou como Jesus, no lava-pés na Última Ceia?

«Marta, Marta, preocupas-te e andas agitada com muitas coisas. No entanto, uma só é necessária» (Lc 10,41-42). Não percamos a paz, nem o bom humor. E para isso, cuidemos a presença de Deus. «Ficai a saber: escondido nas situações mais comuns há um quê de santo, de divino, que toca a cada um de vós descobrir (…);ou sabemos encontrar Nosso Senhor na nossa vida corrente ou nunca O encontraremos» (São Josemaria).

«Maria escolheu a melhor parte, e essa não lhe será tirada» (Lc 10,42). Deus quer-nos felizes. Que a nossa Mãe do Céu nos ajude a experimentar a alegria da entrega.

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JESUS VISITA MARTA E MARIA Lc 10, 38-42
HOMILIA

As duas irmãs acolhem Jesus. Querem servir bem a Jesus. Só que de modos diferentes. Uma pela escuta atenta. Maria não se preocupa. Senta-se aos pés de Jesus como os discípulos no Oriente se sentam aos pés de seu mestre. Marta repreende Maria. Jesus a defende. Para ele basta pouca coisa. Marta passa a imagem daquela mulher trabalhadora, dona de casa, que tem prazer em receber as visitas e acolhê-las, desmanchando-se em cortesias. Ela é a típica mãezona das nossas cidades interioranas. As casas dessas senhoras são impecáveis em matéria de limpeza e organização. Os enfeites na geladeira, na estante da sala, nas paredes… A comida deliciosa, feita na hora e servida até a visita dizer que não agüenta mais comer. Só quem visita uma casa que tem uma “Marta” sabe o que é ser bem acolhido.

A alegria de mulheres assim é ver que a sua ilustre visita se sente bem em sua casa. Esse é o maior prazer que ela pode sentir. Mas esta atitude não basta para Jesus. Acabamos de ouvir como no Evangelho, quando Marta pede que Jesus mande sua irmã Maria ajudá-la. É bem provável que Jesus tenha dado aquele sorriso acolhedor para Marta, e as suas palavras devem ter sido bem mais amenas do que as escritas por Lucas. Jesus deve ter dito, com um sorriso: “Ô Marta, por que te preocupas tanto? Isso que você está fazendo é importante, mas vocês podem deixar para fazer noutra hora. Maria escolheu a melhor parte! Não a recrimine. Mais tarde ela vai lhe ajudar. Por enquanto, sente-se aqui conosco”. E Marta deve ter percebido que, de fato, estava deixando passar uma oportunidade rara de receber os ensinamentos do mestre Jesus, e deve ter se sentado para ouvi-lo.

Portanto, o importante é ouvir. Jesus certamente apreciava o trabalho de Marta, mas não aprovava que ela pensasse só no trabalho. Hoje devemos juntar as duas coisas: o trabalho e a escuta da Palavra, porque a melhor parte não é aquela que multiplica as coisas; a melhor parte é aquela que torna Deus presente em nós; então, o silêncio é mais eloqüente do que todas as palavras. No meio da escuridão do mundo de hoje, a escuta se torna difícil.

Vivemos num mundo apressado hoje. Corre para aqui corre para lá! Mas nos esquecemos que correr não quer dizer crescer. Na fúria consumista, o homem perde os valores da contemplação e da prece. O Senhor pede para parar um pouco e ouvir. Escute Deus falar-lhe das coisas do céu! Não tenha pressa de sair  quando está na missa. Ou na oração. Esqueça o tempo do mundo e viva o tempo da graça de Deus e com Deus.

Você escuta voluntariamente a Palavra de Deus? Na missa, o sermão não se torna enjoativo? O povo prefere estar parado na frente da televisão. O jornal e o rádio têm preferência à palavra divina proclamada na igreja.

Eu não saí muito da Santa Marta original do Evangelho… Todavia, conheço bem as “Santas Martas” que convivem em nosso meio: mães, avós, tias, vizinhas, amigas, que nos acolhem tão bem em suas casas, por mais ingratos que sejamos. Elas apenas oferecem o que têm de melhor. E, às vezes, precisam ser lembradas que ainda mais importante do que deixar a casa impecável para recebê-lo, é preciso abrir a porta do coração para receber Jesus.

Pai, que o meu agir não seja movido por um ativismo insensível à Palavra de Jesus. Antes, seja toda a minha ação decorrência da escuta atenta da Palavra do Teu Filho que é o Caminho, a Verdade e a Vida.

Fonte http://homilia.cancaonova.com


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