sábado, 24 de agosto de 2019

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 5,33-39 - 06.09.2019

Liturgia Diária

DIA 6 – SEXTA-FEIRA   
22ª SEMANA COMUM

(verde – ofício do dia)

Tende compaixão de mim, Senhor, clamo por vós o dia inteiro; Senhor, sois bom e clemente, cheio de misericórdia para aqueles que vos invocam (Sl 85,3.5).

A reconciliação que Cristo alcançou por meio da cruz exige de todos nova mentalidade, a fim de acolher a novidade do reino de Deus. Como povo e rebanho do Senhor, demos graças por seu amor fiel.

Evangelho: Lucas 5,33-39

Aleluia, aleluia, aleluia.

Eu sou a luz do mundo; / aquele que me segue / não caminha entre as trevas, / mas terá a luz da vida (Jo 8,12). – R.

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 33os fariseus e os mestres da lei disseram a Jesus: “Os discípulos de João, e também os discípulos dos fariseus, jejuam com frequência e fazem orações. Mas os teus discípulos comem e bebem”. 34Jesus, porém, lhes disse: “Os convidados de um casamento podem fazer jejum enquanto o noivo está com eles? 35Mas dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, naqueles dias, eles jejuarão”. 36Jesus contou-lhes ainda uma parábola: “Ninguém tira retalho de roupa nova para fazer remendo em roupa velha; senão vai rasgar a roupa nova, e o retalho novo não combinará com a roupa velha. 37Ninguém coloca vinho novo em odres velhos; porque, senão, o vinho novo arrebenta os odres velhos e se derrama, e os odres se perdem. 38Vinho novo deve ser colocado em odres novos. 39E ninguém, depois de beber vinho velho, deseja vinho novo, porque diz: o velho é melhor”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Lucas 5,33-39
«Podeis obrigar os convidados do casamento a jejuar, enquanto o noivo está com eles?»

Rev. D. Frederic RÀFOLS i Vidal
(Barcelona, Espanha)

Hoje, em nossa reflexão sobre o Evangelho, vemos a armadilha que os fariseus e os mestres da Lei fazem, quando corrompem uma questão importante: simplesmente, eles contrapõem em jejuar e rezar dos discípulos de João e dos fariseus ao comer e beber dos discípulos de Jesus.

Jesus Cristo nos diz que na vida há um tempo para jejuar e rezar, e que há um tempo de comer e beber. Isto é: a mesma pessoa que reza e jejua é a mesma que come e bebe. Vemos na vida cotidiana: contemplamos a alegria simples de uma família, talvez de nossa própria família. E vemos que, em outro momento, a tribulação visita aquela família. Os sujeitos são os mesmos, mas cada coisa ao seu tempo: «Podeis obrigar os convidados do casamento a jejuar, enquanto o noivo está com eles? Dias virão...» (Lc 5,34).

Tudo tem seu momento; sob o céu ha um tempo para cada coisa: «Um tempo de rasgar e um tempo de coser» (Qo 3,7). Estas palavras ditas por um sábio do Antigo Testamento, não exatamente dos mais otimistas, quase coincidem com a simples parábola do vestido remendado. E com certeza coincide de alguma maneira com nossa própria experiência. A equivocação é que no tempo de coser, rasguemos, e que durante o tempo de rasgar, cosamos. É então quando nada dá certo.

Nós sabemos que como Jesus Cristo, pela sua paixão e morte, chegaremos à gloria da Ressurreição, e que não todo outro caminho é o caminho de Deus. Exatamente, Simão Pedro é admoestado quando quer distanciar o Senhor do único caminho: «Vai para trás de mim, satanás! Tu estás sendo para mim uma pedra de tropeço, pois não tens em mente as coisas de Deus, e sim, as dos homens!» (Mt 16,23). Se puder gozar de uns momentos de paz e de alegria, devemos aproveitá-los. Com certeza já nos virão momentos difíceis de jejum. A única diferença é que, felizmente, sempre teremos ao noivo conosco. E isso os fariseus não sabiam e, talvez por isso, no Evangelho quase sempre se apresentam como pessoas mal humoradas. Admirando a suave ironia do Senhor que se reflete no Evangelho de hoje, sobretudo, procuremos não ser pessoas mal humoradas.

© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


JESUS E O JEJUM Lc 5, 33-39
HOMILIA

Depois de ter sido questionado pelos fariseus por comer com os publicanos e pecadores, agora é cobrada de Jesus a observância do jejum e das orações rituais. Jesus rompe com a tradicional piedade da Lei. Além de sentar-se à mesa com companhias pouco recomendáveis segundo os critérios do legalismo religioso, “comem e bebem”, desprezando os jejuns rituais. Jesus, como um noivo presente entre os convidados em uma festa de núpcias, não vem trazer castigos, mas sim comunicar alegria e vida.

Neste Evangelho de Lucas e no de Marcos, o questionamento a Jesus é feito por um sujeito indeterminado: “eles”. Já Mateus, de modo próprio, atribui a pergunta aos discípulos de João. O jejum era praticado tendo-se em vista o perdão dos pecados diante de um Deus vingativo para com homens e mulheres, o qual deveria ser aplacado com sacrifícios.

A parábola do remendo, em Lucas, é revestida de um colorido especial: não se corta um pedaço de uma roupa nova para colocá-lo como remendo em roupa velha. Além de estragar a roupa nova, repuxa a roupa velha e, ainda mais, não vai combinar! A sentença final é uma alusão aos judeus, apegados à sua antiga tradição, que rejeitam a novidade de Jesus.

Jesus não vem castigar nem condenar, mas libertar e acolher. A sua presença entre os discípulos, expressa pela imagem do noivo em um casamento, é motivo de alegria e festa, não de luto e jejum.

As duas parábolas que se seguem exprimem bem a novidade de Jesus, que não combina com a prática legalista da tradição do Primeiro Testamento. A frase final, que termina com a expressão: “o vinho velho é melhor”, é estranha no texto e indica inserções que se cristalizaram na tradição.

O que na verdade Jesus quer salientar é uma prática que saia do fundo do coração. É esta a proposta que Jesus nos apresenta para nossas ações. Diante de Deus todos os nossos atos terão o valor proporcional ao que o nosso coração lhes confere. Fazer apenas por fazer, não nos edifica nem nos ajuda na caminhada para Deus. O odre e a roupa significam a nossa mentalidade e a maneira como acolhemos as observâncias que Deus nos propõe por meio da sua Palavra e dos seus mandamentos. A maneira como encaramos os fatos da nossa vida e a mentalidade com a qual nós participamos das propostas de Deus nos dão a garantia para que as nossas ações diante do Senhor tenham valia. O que é novo não cabe na mentalidade antiga. Precisamos de um espírito aberto, para acolher as novidades do Evangelho e viver segundo os mandamentos de Deus. Do contrário, não daremos frutos.

Você é uma pessoa apegada ao seu modo de pensar? – Você é capaz de mudar de opinião diante das novidades do Evangelho? – Com que espírito você jejua ou faz sacrifício? – Você costuma murmurar e se lastimar das coisas boas que você faz aos outros

Pai, abre meu coração para acolher a novidade trazida por Jesus, sem querer deturpá-la com meus esquemas mesquinhos e contaminá-la com o egoísmo e o pecado.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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