Liturgia Diária
DIA 9 – SÁBADO
4ª SEMANA COMUM
(verde – ofício do dia)
Salvai-nos, Senhor nosso Deus, reuni vossos filhos dispersos pelo mundo, para que celebremos o vosso santo nome e nos gloriemos em vosso louvor (Sl 105,47).
Pela liturgia, o Deus da paz nos torna aptos a todo bem e transforma nosso empenho em comunhão de fé com Jesus, nosso Pastor, no qual encontramos compaixão e descanso.
Evangelho: Marcos 6,30-34
Aleluia, aleluia, aleluia.
Minhas ovelhas escutam minha voz, / eu as conheço, e elas me seguem (Jo 10,27). – R.
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 30os apóstolos reuniram-se com Jesus e contaram tudo o que haviam feito e ensinado. 31Ele lhes disse: “Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco”. Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo, que não tinham tempo nem para comer. 32Então foram sozinhos, de barco, para um lugar deserto e afastado. 33Muitos os viram partir e reconheceram que eram eles. Saindo de todas as cidades, correram a pé e chegaram lá antes deles. 34Ao desembarcar, Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas. – Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br/
Reflexão - Evangelho: Marcos 6,30-34
«Vinde, a sós, para um lugar deserto, e descansai um pouco! Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo, que não tinham nem tempo para comer»
Rev. D. David COMPTE i Verdaguer
(Manlleu, Barcelona, Espanha)
Hoje, o Evangelho nos sugere uma situação, uma necessidade e um paradoxo que são muito atuais.
Uma situação. Os Apóstolos estão “estressados”: «Ele disse-lhes: Vinde à parte, para algum lugar deserto, e descansai um pouco. Porque eram muitos os que iam e vinham e nem tinham tempo para comer» (Mc 6,31). Frequentemente nós nos vemos achegados à mesma mudança. O trabalho exige boa parte de nossas energias; a família, onde cada membro quer palpar nosso amor; as outras atividades nas que nos comprometemos, que nos fazem bem e, ao mesmo tempo, beneficiam a terceiros... Querer é poder? Talvez seja mais razoável reconhecer que não podemos tudo aquilo que gostaríamos.
Uma necessidade. O corpo, a cabeça e o coração reclamam um direito: descanso. Nestes versículos temos um manual, frequentemente ignorado, sobre o descanso. Aí destaca a comunicação. Os Apóstolos «Os apóstolos voltaram para junto de Jesus e contaram-lhe tudo o que haviam feito e ensinado» (Mc 6,30). Comunicação com Deus, seguindo o fio do mais profundo de nosso coração. E — que surpresa!— encontramos a Deus que nos espera. E espera encontrar-nos com nossos cansaços.
Jesus lhes diz: «Vinde à parte, para algum lugar deserto, e descansai um pouco. Porque eram muitos os que iam e vinham e nem tinham tempo para comer» (Mc 6,31). No plano de Deus há um lugar para o descanso! É mais, nossa existência, com todo seu peso, deve descansar em Deus. O descobriu o inquieto Agostinho: «Nos criastes para ti e nosso coração está inquieto até que não descanse em ti». O repouso de Deus é criativo; não “anestésico”: encontrar-se com seu amor centra nosso coração e nossos pensamentos.
Um paradoxo. A cena do Evangelho acaba “mal”: os discípulos não podem repousar. O plano de Jesus fracassa: são abordados pelas pessoas. Não puderam “desconectar”. Nós, com frequência, não podemos liberar-nos de nossas obrigações (filhos, conjugue, trabalho...): seria como trair-nos! Impõe-se encontrar a Deus nestas realidades. Se existe comunicação com Deus, se nosso coração descansa Nele, relativizaremos tensões inúteis... E a realidade —desnuda de quimeras— mostrará melhor o sinal de Deus. Nele, ali, repousaremos.
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors
OVELHAS SEM PASTOR Mc 6,30-34
HOMILIA
O Evangelho de hoje mostra Jesus cuidando de seus discípulos e em contato com as multidões carentes, atento às suas necessidades e procurando libertá-las de suas carências e opressões, dirigindo-lhes a palavra.
Jesus repete novamente sua preocupação a respeito da falta de operários para a messe, ou de pastores para o rebanho, em outras palavras, hoje seria a falta de padres que sejam verdadeiramente pastores das ovelhas. Muitos e santos ministros ordenados e comprometidos com a vida das ovelhas. Ontem, como hoje também, existem muitas ovelhas precisando de pastores pelo mundo afora! E Cristo nos compromete nesta missão.
O amor de Cristo é tão sincero e afetuoso pelos seus irmãos, que nem mesmo o cansaço ou a fome são capazes de privar as pessoas de Seu convívio. Nesta Palavra de hoje, percebemos duas atitudes de Cristo para com os seus: a primeira, quando Ele chama Seus discípulos ao descanso, sabendo que eles viveram uma batalha espiritual árdua, e para tanto é preciso recolhimento, descanso físico e espiritual. É preciso se fortalecer. A comida, por exemplo, pode ser entendida como alimento material, mas também alimento espiritual, afinal nem só de pão vive o homem. Em muitos momentos dos Evangelhos, o próprio Cristo recolhe-se para orar, para conversar com Deus e Ele nos ensina a, justamente, ter esses tipos de momento, para criar intimidade com o Pai.
Entretanto, aquela multidão que ali se encontra não percebe essa situação, porque estão sedentos de amor, atenção, pois eles estão constantemente sendo excluídos da sociedade, da própria religião que professavam. Em Jesus e nos Seus discípulos se percebe um acolhimento, uma Palavra que é diferente de tudo que eles conheciam uma palavra que une e não separa que perdoa e não se vinga das suas faltas. A razão é simples: Eles eram como ovelhas sem Pastor. Isto significa que eles agiram até agora por ignorância. Sem saber ou distinguir a mão direita da esquerda. Que constatação triste, não existe nada pior que a solidão, não ter com quem contar, com quem conversar, dividir dores e alegrias, não fomos feitos pra viver como ilha, mas juntos. Jesus sente essa solidão em cada pessoa, apesar de estarem numa multidão.
O texto ressalta a compaixão de Jesus para com o povo com uma característica específica: era um povo muito sofrido, rejeitado e desprezado pelos chefes político-religiosos de então, que nem tinha tempo para comer. E quando Ele se retirava, o povo ia atrás dele. O que atraía tanta gente? Com certeza não foi em primeiro lugar a doutrina, nem os milagres, mas o fato de irradiar compaixão, de demonstrar duma maneira concreta o amor compassivo de Deus. Jesus não teve “pena” do povo, não teve “dó” dos sofridos. Teve “compaixão”, literalmente, sofria junto, e tinha uma empatia com os sofredores, que se transformava numa solidariedade afetiva e efetiva. Este traço da personalidade de Jesus desafia as Igrejas e os seus ministros hoje, para que não sejam burocratas do sagrado, mas irradiadores da compaixão do Pai. Infelizmente, muitas vezes as nossas igrejas mais parecem repartições públicas do que lugares do encontro com a comunidade que acredita no amor misericordioso de Deus e na compaixão de Jesus! A frieza humana frequentemente marca as nossas atitudes, pregações e cuidado pastoral. Num mundo que exclui que marginaliza e que só valoriza quem consome e produz, o texto de hoje nos desafia para que nos assemelhemos cada vez mais a Jesus, irradiando compaixão diante das multidões que hoje como nunca estão como ovelhas sem pastor.
Então, mesmo sabendo da necessidade de descanso, Ele sente compaixão, e serve. Ensina-nos que servir ao próximo deve ser prioridade, apesar dos cansaços, apesar das dores, precisamos ver e entender que existem muitas pessoas necessitadas! E pode ter certeza que muitos a nossa volta, que aparentemente não precisam de nada, são carentes de uma palavra, de um ombro amigo, de alguém que os escute. E por isso manifestam a sua carência de várias formas: agressividade, mau comportamento, irritação, puxam o chão dos nossos pés. E tudo o que fazem é só procurar arruinar a vida dos outros. Minha irmã, meu irmão, não existem pessoas difíceis ou que nos roubem tempo. O segredo é levá-las não nos ombros e sim no coração. Pois, as pessoas nos serão pesadas se nós as carreguemos nos ombros. Mas se as levarmos no coração elas se tornam mais leves que o fumo. Basta pedires que Jesus faça do seu coração semelhante ao d’Ele. E verás que estas pessoas são como que ovelhas sem pastor. E então tu serás o pastor que elas estão precisando.
Ó Pai daí-nos a Graça de levar nossos irmãos no coração, de servir acima de nossas próprias necessidades, confiando que, em Jesus, poderemos descansar e entregar nosso peso para que Ele nos ajude a levar o nosso e o dos outros.
Fonte https://homilia.cancaonova.com
DIA 9 – SÁBADO
4ª SEMANA COMUM
(verde – ofício do dia)
Salvai-nos, Senhor nosso Deus, reuni vossos filhos dispersos pelo mundo, para que celebremos o vosso santo nome e nos gloriemos em vosso louvor (Sl 105,47).
Pela liturgia, o Deus da paz nos torna aptos a todo bem e transforma nosso empenho em comunhão de fé com Jesus, nosso Pastor, no qual encontramos compaixão e descanso.
Evangelho: Marcos 6,30-34
Aleluia, aleluia, aleluia.
Minhas ovelhas escutam minha voz, / eu as conheço, e elas me seguem (Jo 10,27). – R.
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 30os apóstolos reuniram-se com Jesus e contaram tudo o que haviam feito e ensinado. 31Ele lhes disse: “Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco”. Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo, que não tinham tempo nem para comer. 32Então foram sozinhos, de barco, para um lugar deserto e afastado. 33Muitos os viram partir e reconheceram que eram eles. Saindo de todas as cidades, correram a pé e chegaram lá antes deles. 34Ao desembarcar, Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas. – Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br/
Reflexão - Evangelho: Marcos 6,30-34
«Vinde, a sós, para um lugar deserto, e descansai um pouco! Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo, que não tinham nem tempo para comer»
Rev. D. David COMPTE i Verdaguer
(Manlleu, Barcelona, Espanha)
Hoje, o Evangelho nos sugere uma situação, uma necessidade e um paradoxo que são muito atuais.
Uma situação. Os Apóstolos estão “estressados”: «Ele disse-lhes: Vinde à parte, para algum lugar deserto, e descansai um pouco. Porque eram muitos os que iam e vinham e nem tinham tempo para comer» (Mc 6,31). Frequentemente nós nos vemos achegados à mesma mudança. O trabalho exige boa parte de nossas energias; a família, onde cada membro quer palpar nosso amor; as outras atividades nas que nos comprometemos, que nos fazem bem e, ao mesmo tempo, beneficiam a terceiros... Querer é poder? Talvez seja mais razoável reconhecer que não podemos tudo aquilo que gostaríamos.
Uma necessidade. O corpo, a cabeça e o coração reclamam um direito: descanso. Nestes versículos temos um manual, frequentemente ignorado, sobre o descanso. Aí destaca a comunicação. Os Apóstolos «Os apóstolos voltaram para junto de Jesus e contaram-lhe tudo o que haviam feito e ensinado» (Mc 6,30). Comunicação com Deus, seguindo o fio do mais profundo de nosso coração. E — que surpresa!— encontramos a Deus que nos espera. E espera encontrar-nos com nossos cansaços.
Jesus lhes diz: «Vinde à parte, para algum lugar deserto, e descansai um pouco. Porque eram muitos os que iam e vinham e nem tinham tempo para comer» (Mc 6,31). No plano de Deus há um lugar para o descanso! É mais, nossa existência, com todo seu peso, deve descansar em Deus. O descobriu o inquieto Agostinho: «Nos criastes para ti e nosso coração está inquieto até que não descanse em ti». O repouso de Deus é criativo; não “anestésico”: encontrar-se com seu amor centra nosso coração e nossos pensamentos.
Um paradoxo. A cena do Evangelho acaba “mal”: os discípulos não podem repousar. O plano de Jesus fracassa: são abordados pelas pessoas. Não puderam “desconectar”. Nós, com frequência, não podemos liberar-nos de nossas obrigações (filhos, conjugue, trabalho...): seria como trair-nos! Impõe-se encontrar a Deus nestas realidades. Se existe comunicação com Deus, se nosso coração descansa Nele, relativizaremos tensões inúteis... E a realidade —desnuda de quimeras— mostrará melhor o sinal de Deus. Nele, ali, repousaremos.
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors
OVELHAS SEM PASTOR Mc 6,30-34
HOMILIA
O Evangelho de hoje mostra Jesus cuidando de seus discípulos e em contato com as multidões carentes, atento às suas necessidades e procurando libertá-las de suas carências e opressões, dirigindo-lhes a palavra.
Jesus repete novamente sua preocupação a respeito da falta de operários para a messe, ou de pastores para o rebanho, em outras palavras, hoje seria a falta de padres que sejam verdadeiramente pastores das ovelhas. Muitos e santos ministros ordenados e comprometidos com a vida das ovelhas. Ontem, como hoje também, existem muitas ovelhas precisando de pastores pelo mundo afora! E Cristo nos compromete nesta missão.
O amor de Cristo é tão sincero e afetuoso pelos seus irmãos, que nem mesmo o cansaço ou a fome são capazes de privar as pessoas de Seu convívio. Nesta Palavra de hoje, percebemos duas atitudes de Cristo para com os seus: a primeira, quando Ele chama Seus discípulos ao descanso, sabendo que eles viveram uma batalha espiritual árdua, e para tanto é preciso recolhimento, descanso físico e espiritual. É preciso se fortalecer. A comida, por exemplo, pode ser entendida como alimento material, mas também alimento espiritual, afinal nem só de pão vive o homem. Em muitos momentos dos Evangelhos, o próprio Cristo recolhe-se para orar, para conversar com Deus e Ele nos ensina a, justamente, ter esses tipos de momento, para criar intimidade com o Pai.
Entretanto, aquela multidão que ali se encontra não percebe essa situação, porque estão sedentos de amor, atenção, pois eles estão constantemente sendo excluídos da sociedade, da própria religião que professavam. Em Jesus e nos Seus discípulos se percebe um acolhimento, uma Palavra que é diferente de tudo que eles conheciam uma palavra que une e não separa que perdoa e não se vinga das suas faltas. A razão é simples: Eles eram como ovelhas sem Pastor. Isto significa que eles agiram até agora por ignorância. Sem saber ou distinguir a mão direita da esquerda. Que constatação triste, não existe nada pior que a solidão, não ter com quem contar, com quem conversar, dividir dores e alegrias, não fomos feitos pra viver como ilha, mas juntos. Jesus sente essa solidão em cada pessoa, apesar de estarem numa multidão.
O texto ressalta a compaixão de Jesus para com o povo com uma característica específica: era um povo muito sofrido, rejeitado e desprezado pelos chefes político-religiosos de então, que nem tinha tempo para comer. E quando Ele se retirava, o povo ia atrás dele. O que atraía tanta gente? Com certeza não foi em primeiro lugar a doutrina, nem os milagres, mas o fato de irradiar compaixão, de demonstrar duma maneira concreta o amor compassivo de Deus. Jesus não teve “pena” do povo, não teve “dó” dos sofridos. Teve “compaixão”, literalmente, sofria junto, e tinha uma empatia com os sofredores, que se transformava numa solidariedade afetiva e efetiva. Este traço da personalidade de Jesus desafia as Igrejas e os seus ministros hoje, para que não sejam burocratas do sagrado, mas irradiadores da compaixão do Pai. Infelizmente, muitas vezes as nossas igrejas mais parecem repartições públicas do que lugares do encontro com a comunidade que acredita no amor misericordioso de Deus e na compaixão de Jesus! A frieza humana frequentemente marca as nossas atitudes, pregações e cuidado pastoral. Num mundo que exclui que marginaliza e que só valoriza quem consome e produz, o texto de hoje nos desafia para que nos assemelhemos cada vez mais a Jesus, irradiando compaixão diante das multidões que hoje como nunca estão como ovelhas sem pastor.
Então, mesmo sabendo da necessidade de descanso, Ele sente compaixão, e serve. Ensina-nos que servir ao próximo deve ser prioridade, apesar dos cansaços, apesar das dores, precisamos ver e entender que existem muitas pessoas necessitadas! E pode ter certeza que muitos a nossa volta, que aparentemente não precisam de nada, são carentes de uma palavra, de um ombro amigo, de alguém que os escute. E por isso manifestam a sua carência de várias formas: agressividade, mau comportamento, irritação, puxam o chão dos nossos pés. E tudo o que fazem é só procurar arruinar a vida dos outros. Minha irmã, meu irmão, não existem pessoas difíceis ou que nos roubem tempo. O segredo é levá-las não nos ombros e sim no coração. Pois, as pessoas nos serão pesadas se nós as carreguemos nos ombros. Mas se as levarmos no coração elas se tornam mais leves que o fumo. Basta pedires que Jesus faça do seu coração semelhante ao d’Ele. E verás que estas pessoas são como que ovelhas sem pastor. E então tu serás o pastor que elas estão precisando.
Ó Pai daí-nos a Graça de levar nossos irmãos no coração, de servir acima de nossas próprias necessidades, confiando que, em Jesus, poderemos descansar e entregar nosso peso para que Ele nos ajude a levar o nosso e o dos outros.
Fonte https://homilia.cancaonova.com
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