quarta-feira, 12 de setembro de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 7,36-50 - 20.09.2018

Liturgia Diária

20 – QUINTA-FEIRA   
SANTOS ANDRÉ KIM E PAULO CHONG – MÁRTIRES

(vermelho – ofício da memória)

No início do séc. 17, os leigos coreanos se organizaram como uma comunidade cristã fervorosa. Somente em 1836 chegaram os primeiros missionários. Nos anos seguintes, sobrevieram várias perseguições, que resultaram numa centena de mártires, entre os quais o padre André Kim Taegon e o leigo Paulo Chong Hasang. O exemplo destes santos nos inspire em nossa caminhada cristã.

Evangelho: Lucas 7,36-50

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 36um fariseu convidou Jesus para uma refeição em sua casa. Jesus entrou na casa do fariseu e pôs-se à mesa. 37Certa mulher, conhecida na cidade como pecadora, soube que Jesus estava à mesa na casa do fariseu. Ela trouxe um frasco de alabastro com perfume 38e, ficando por detrás, chorava aos pés de Jesus; com as lágrimas começou a banhar-lhe os pés, enxugava-os com os cabelos, cobria-os de beijos e os ungia com o perfume. 39Vendo isso, o fariseu que o havia convidado ficou pensando: “Se este homem fosse um profeta, saberia que tipo de mulher está tocando nele, pois é uma pecadora”. 40Jesus disse então ao fariseu: “Simão, tenho uma coisa para te dizer”. Simão respondeu: “Fala, mestre!” 41“Certo credor tinha dois devedores; um lhe devia quinhentas moedas de prata, o outro cinquenta. 42Como não tivessem com que pagar, o homem perdoou os dois. Qual deles o amará mais?” 43Simão respondeu: “Acho que é aquele ao qual perdoou mais”. Jesus lhe disse: “Tu julgaste corretamente”. 44Então, Jesus virou-se para a mulher e disse a Simão: “Estás vendo esta mulher? Quando entrei em tua casa, tu não me ofereceste água para lavar os pés; ela, porém, banhou meus pés com lágrimas e enxugou-os com os cabelos. 45Tu não me deste o beijo de saudação; ela, porém, desde que entrei, não parou de beijar meus pés. 46Tu não derramaste óleo na minha cabeça; ela, porém, ungiu meus pés com perfume. 47Por essa razão, eu te declaro: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados, porque ela mostrou muito amor. Aquele a quem se perdoa pouco mostra pouco amor”. 48E Jesus disse à mulher: “Teus pecados estão perdoados”. 49Então, os convidados começaram a pensar: “Quem é este que até perdoa pecados?” 50Mas Jesus disse à mulher: “Tua fé te salvou. Vai em paz!” – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Lucas 7,36-50
«Ela postou-se aos pés de Jesus chorando»

Mons. José Ignacio ALEMANY Grau, Bispo Emérito de Chachapoyas
(Chachapoyas, Peru)

Hoje, Simon fariseu, convida para comungar o corpo de Jesus para chamar a atenção das pessoas. Era um ato de vaidade, mas o trato que Jesus deu ao recebê-lo, não correspondeu nem se quer ao mais elementar.

Enquanto ceiam, una pecadora pública faz um grande ato de humildade: «Pondo-se atrás, aos pés de Jesus, começou a chorar e com suas lagrimas lhe molhava os pés e com os cabelos, os secavam, beijava seus pés e os ungia com o perfume» (Lc 7,38).

O fariseu em troca, ao receber Jesus, não lhe deu o beijo de saudação, água para seus pés, toalha para secá-los, nem lhe ungiu a cabeça com azeite. Além disso, o fariseu pensa mal, «Se este fosse profeta, saberia quem e que tipo de mulher é a que está tocando, pois é uma pecadora» (Lc 7,39). De fato, quem não sabia com quem tratava era o fariseu!

O Papa Francisco tem insistido muito na importância de aproximar-se dos enfermos e assim “tocar a carne de Cristo”. Ao canonizar a santa Guadalupe García, Francisco disse: «Renunciar a uma vida cômoda para seguir ao chamado de Jesus amar a pobreza para poder amar mais aos pobres, enfermos e abandonados, para servir-lhes com ternura e compaixão, isto se chama “tocar a carne de Cristo”. “Os pobres, abandonados, enfermos, e os marginais são a carne de Cristo». Jesus tocava os enfermos e se deixava tocar por eles e pelos pecadores.

A pecadora do Evangelho tocou Jesus e Ele estava feliz vendo como se transformava seu coração. Por isso lhe presenteou a paz recompensando sua fé valente. —Tu amigo, te aproximas com amor para tocar a carne de Cristo em tantos que passam junto a ti e de ti necessitam? Si sabes fazê-lo, tua recompensa será a paz com Deus, com os demais e contigo mesmo.

«Tua fé te salvou. Vai em paz!»

Rev. D. Ferran JARABO i Carbonell
(Agullana, Girona, Espanha)

Hoje, o Evangelho nos chama a ficar atentos ao perdão que o Senhor nos oferece: «Teus pecados estão perdoados» (Lc 7,48). É preciso que os cristãos nos lembremos de duas coisas: que devemos perdoar sem julgar à pessoa e amar muito porque fomos perdoados gratuitamente por Deus. Gera-se um duplo movimento: o perdão recebido e o perdão amoroso que devemos dar.

«Quando alguém lhe insulte, não lhe jogue a culpa, jogue-a ao demônio que, em todo caso, é quem faz insultar, e descarregue nele toda sua ira; em troca, compadeça ao desgraçado que faz o que o diabo lhe mandar» (São João Crisóstomo). Não se deve julgar à pessoa mas reprovar a má ação. A pessoa é um objeto continuado do amor do Senhor, são as ações que nos distanciam de Deus. Nós, então, devemos estar sempre dispostos a perdoar, acolher e amar á pessoa, mas a rejeitar aquelas ações contrarias ao amor de Deus.

«Quem peca fere a honra de Deus e o seu amor, sua própria dignidade de homem chamado a ser filho de Deus e o bem espiritual da Igreja, da qual cada cristão deve ser pedra viva» (Catecismo da Igreja, n. 1487). Através do Sacramento da Penitência, a pessoa tem a possibilidade e a oportunidade de refazer sua relação com Deus e com toda a Igreja. A resposta ao perdão recebido, só pode ser o amor. A recuperação da graça e a reconciliação nos levará à amar com um amor divinizado. Somos chamados para amar como Deus ama!

Perguntemo-nos hoje, especialmente, se somos conscientes da grandeza do perdão de Deus, se somos aqueles que amam à pessoa e lutam contra o pecado e, finalmente, se acudimos com confiança ao Sacramento da Reconciliação. Tudo o podemos com o auxilio de Deus. Que nossa humilde oração nos ajude.

© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


A FÉ E A MISERICÓRDIA DE JESUS Lc 7,36-50
HOMILIA

A Liturgia de hoje nos fala da misericórdia de Deus que perdoa o pecador arrependido, na pessoa da mulher anônima. Anônima para dizer que esta pode ser eu, pode ser você, quando se arrependidos voltarmos para Deus implorando a sua misericórdia e perdão.

Jesus aceita comer na casa do fariseu, onde, de repente, aparece uma mulher pecadora, prostituta, portanto, excluída da sociedade dos bons, por dois motivos: por ser mulher e por exercer a profissão mais antiga do mundo. Ninguém a convidou, mas todos a conhecem.

O fariseu julga e condena Jesus e a pecadora. Jesus reage e conta a história dos dois devedores perdoados. “Teus pecados estão perdoados”. E a reação dos convidados? “Quem é este que perdoa os pecados?”.

Jesus não tinha medo das pessoas mal-afamadas. É perigoso julgar-se justo a si mesmo. É preferível que Deus nos julgue justos a sermos considerados justos diante dos homens. Diante de Deus são justos os que reconhecendo as suas falhas, erros e os seus pecados arrependidos e humilhados, dobram os seus joelhos pedindo perdão a Deus, e então, recebem o seu perdão. Para estes não tarda a resposta de Deus na pessoa do Filho: Tua fé te salvou. Vai em paz. Jesus diz ao fariseu: “Seus muitos pecados lhe são perdoados porque muito amou”. Simão, poderíamos dizer, é o que deve 50 denários e a mulher 500.

A pecadora já se sente perdoada. Para o fariseu, aquela mulher é pecadora e pronto. Não tem o direito de aproximar-se de ninguém. Ele cumpre a lei, ela não. Por isso pode condená-la. Jesus perdoou a mulher diminuída em sua dignidade. Põe uma condição: “não peques mais”. E ela não pecou mais, tornou-se santa. Jesus deixa claro que o perdão é dom gratuito de Deus e o pecador arrependido expressa, através do amor, a acolhida do perdão. Feliz aquele que experimenta o amor e a misericórdia, como Davi e a mulher sem nome do evangelho de hoje. Ninguém pode julgar o amor que está dentro do homem, no seu arrependimento, na sua dor. A nós é pedida a misericórdia, só a misericórdia. Façamos esta experiência. Cada um reza a seu modo: ela, no silêncio e lágrimas. Você que se considera justo louve e agradeça a Deus. Todavia vigilante para não se julgar o todo poderoso diante dos outros que erram e falham. Saiba que à mulher do evangelho foi-lhe restituído um coração novo: “Tua fé te salvou”.

Jesus é o nosso modelo de aproximação dos pecadores. Ele foi compassivo e misericordioso porque veio para curar os doentes; veio para buscar os perdidos; veio para libertar os cativos. Observe que Jesus foi muito mais duro com os religiosos do que com os pecadores.

Ao se defrontar com determinadas situações, procure imitar a Jesus Cristo, procure entender como Ele agiria se estivesse em seu lugar. Pense nas características da graça: ela não discrimina porque Jesus não salva baseado em nossos méritos, mas sim no seu coração cheio de compaixão e misericórdia. Não olhe para o que a pessoa é; mas o que Deus pode fazer na vida dela. Lembre-se que a fé é o instrumento que Deus usa para aplicar em nós a sua graciosa salvação e esta é um dom de Deus.

Pense que o maior pecador, pode vir a ser o melhor pregador. O exemplo da mulher samaritana que de pecadora, se transformou em evangelista ao chamar a cidade para ouvir a Cristo. Lembre-se: o incrédulo de hoje, pode ser o seu irmão amanhã! Você não conhece os caminhos nem os pensamentos de Deus. Por isso, devemos estar atentos para que as nossas posições não nos coloquem em um lado oposto ao que Cristo está sendo em juízo dos outros.

Pai, faça-me nutrir um amor tão entranhado a Jesus a ponto de não ter vergonha de manifestá-lo em nenhuma circunstância, mesmo correndo o risco de ser mal-compreendido e a usar de misericórdia e compaixão para com os meus irmãos e irmãs.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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