segunda-feira, 10 de setembro de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 8,27-35 - 16.06.2018

Liturgia Diária

DIA 16 – DOMINGO   
24º DO TEMPO COMUM

(verde – 4ª semana do saltério)

A liturgia inspira nosso testemunho a respeito de quem é Jesus. O Mestre nos convida à sua presença para ouvir o que pensamos e o que professamos sobre ele. Não bastam as respostas dos outros; cabe a cada um de nós, que nos reunimos para celebrar a Palavra e a Eucaristia, dar a resposta pessoal por meio de uma fé viva e operante. Sigamos o Senhor na fidelidade e no empenho pelo seu projeto.

Evangelho: Marcos 8,27-35

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 27Jesus partiu com seus discípulos para os povoados de Cesareia de Filipe. No caminho perguntou aos discípulos: “Quem dizem os homens que eu sou?” 28Eles responderam: “Alguns dizem que tu és João Batista; outros, que és Elias; outros, ainda, que és um dos profetas”. 29Então ele perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “Tu és o Messias”. 30Jesus proibiu-lhes severamente de falar a alguém a seu respeito. 31Em seguida, começou a ensiná-los, dizendo que o Filho do homem devia sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da lei; devia ser morto e ressuscitar depois de três dias. 32Ele dizia isso abertamente. Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo. 33Jesus voltou-se, olhou para os discípulos e repreendeu a Pedro, dizendo: “Vai para longe de mim, satanás! Tu não pensas como Deus, e sim como os homens”. 34Então chamou a multidão com seus discípulos e disse: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. 35Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; mas quem perder a sua vida por causa de mim e do evangelho vai salvá-la”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br


Reflexão - Evangelho: Marcos 8,27-35
«Se alguém quer vir após mim (...) tome a sua cruz e siga-me!»

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje em dia nos encontramos com situações similares à descrita nesta passagem evangélica. Se agora mesmo, Deus nos perguntasse «quem dizem os homens que eu sou?» (Mc 8,27), teríamos que informar-lhes sobre todo tipo de respostas, inclusive pitorescas. Bastaria com dar uma olhada no que se diz, e no que se comenta, nos mais variados meios de comunicação. Só que... já se passaram mais de vinte séculos de tempo da Igreja. Depois de tantos anos, condoemo-nos e -com Santa Faustina- nos queixamos diante de Jesus: «Por que é tão pequeno o número dos que te conhecem?».

Jesus, naquela ocasião da confissão de fé feita por Simão Pedro, «E Jesus os advertiu para que não contassem isso a ninguém» (Mc 8,30). Sua condição messiânica devia ser transmitida ao povo judeu com uma pedagogia progressiva. Mais tarde chegaria o momento fundamental em que Jesus Cristo declararia -de uma vez e para sempre- que Ele era o Messias: «Eu sou» (Lc 22,70). Desde então, já não há escusa para não declarar-lhe nem reconhecer-lhe como o Filho de Deus vindo ao mundo para nossa salvação. Mais ainda: todos os batizados têm esse gozoso dever sacerdotal de predicar o Evangelho por todo o mundo e a toda criatura (cf. Mc 16,15). Esta chamada à predicação da Boa Nova é tanto mais urgente se levamos em consideração que sobre Ele continuam proferindo todo tipo de opiniões equivocadas, inclusive blasfêmias.

Mas o anuncio de sua messianidade e da chegada do seu Reino passa pela Cruz. Efetivamente, Jesus Cristo «E começou a ensinar-lhes que era necessário o Filho do Homem sofrer muito» (Mc 8,31), e o Catecismo nos lembra que «a Igreja avança em sua peregrinação através das persecuções do mundo e dos consolos de Deus» (n. 769). Eis aqui, pois, o caminho para seguir a Cristo e dar-lo a conhecer: «Si alguém quer vir após mim (...) tome sua cruz e siga-me» (Mc 8,34).

© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


A AFIRMAÇÃO DE PEDRO Mc 8,27-35
HOMILIA

Estamos hoje exatamente no coração do Evangelho de Marcos. E de novo, aparece a o tema da identidade de Jesus, Cristo, Filho de Deus. Ele tem uma identidade rica e misteriosa, que, desde o início ao fim, o evangelista Marcos quer revelar gradualmente a todos nós. O texto de hoje, no capítulo 8, contém a resposta radiante de Pedro, que se destaca das opiniões correntes entre a gente: as grandes figuras religiosas do passado são superadas, visto que Jesus de Nazaré é o Messias, o Cristo. Na sua simplicidade e brevidade, Marcos condensa a revelação de Jesus nas palavras de Pedro: «Tu és o Messias».

Para Marcos, Jesus entrou numa etapa nova: deixa as multidões da Galileia, quer dedicar mais tempo à formação dos seus discípulos e começa com a revelação da sua dupla identidade de Messias e de Servo sofredor, duas realidades inalcançáveis pela mente humana por si mesma. Pedro com dificuldade consegue colher a verdade de Jesus Messias-Cristo, mas tropeça totalmente na realidade do Messias-Servo que «devia sofrer muito… ser morto e ressuscitar». Pedro arma-se inclusive em mestre de Jesus, repreende-o por aquele tipo de discurso, a ponto de Jesus o censurar duramente, convidando-o a tomar o lugar que lhe compete, atrás de Jesus: o discípulo caminha atrás do Mestre, segue os seus passos. Sobre o tema do sofrimento e da cruz, Pedro é prisioneiro da mentalidade corrente. Pensa «segundo os homens»; só mais tarde, quando vier o Espírito, chegará a pensar «segundo Deus».

«Tu não compreendes segundo Deus, mas segundo os homens»: é a advertência severa de Jesus a Pedro e aos discípulos de então e de todos os tempos. Uma advertência que petrifica qualquer forma de religiosidade acomodada e retórica. Um convite desconcertante a percorrer o caminho estreito da humildade e da austeridade: deixar de pensar apenas em si mesmos, tornar-se responsáveis pelos outros, partilhar a opção de Jesus que aceitou, por amor, a própria morte, para que todos tenham a vida em abundância (Jo 10,10).

Você e eu somos chamados ao discipulado e a missão. Mas isso só será possível se como Pedro reconhecermos e compreendermos a verdadeira identidade de Jesus. Ele nos propõe as “coisas de Deus”, a comunicação da vida sem limites. Não nos podemos ater às “coisas dos homens” à exemplo de Pedro, à preservação do poder e à paz da ordem iníqua estabelecida. Jesus está nos chamando e nos apresenta a proposta de seu seguimento. A vida de cada um, ao ser doada em comunhão com outras vidas, em ações concretas nos alcançará a salvação, isto é, se insere e permanece no seio de Deus, na eternidade.

Senhor Jesus, revela-me sempre mais tua face de Messias Servo, para que eu não me engane no caminho do teu seguimento.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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