domingo, 27 de maio de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 11,11-26 - 01.06.2018

Liturgia Diária

DIA 1 – SEXTA-FEIRA   
SÃO JUSTINO, MÁRTIR*

(vermelho – ofício da memória)

Justino (Palestina, 110-165), depois de percorrer diferentes correntes filosóficas, encontrou respostas aos seus questionamentos na Escritura e na fé em Cristo. Convertido, criou uma escola de filosofia em Roma, onde iniciava os alunos na nova religião, e compôs preciosos escritos. Seu exemplo, selado com o martírio, nos leve a buscar a verdadeira sabedoria, Jesus Cristo.

Evangelho: Marcos 11,11-26

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos

– Tendo sido aclamado pela multidão, 11Jesus entrou no templo, em Jerusalém, e observou tudo. Mas, como já era tarde, saiu para Betânia com os doze. 12No dia seguinte, quando saíam de Betânia, Jesus teve fome. 13De longe, ele viu uma figueira coberta de folhas e foi até lá ver se encontrava algum fruto. Quando chegou perto, encontrou somente folhas, pois não era tempo de figos. 14Então Jesus disse à figueira: “Que ninguém mais coma de teus frutos”. E os discípulos escutaram o que ele disse. 15Chegaram a Jerusalém. Jesus entrou no templo e começou a expulsar os que vendiam e os que compravam no templo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos vendedores de pombas. 16Ele não deixava ninguém carregar nada através do templo. 17E ensinava o povo, dizendo: “Não está escrito: ‘Minha casa será chamada casa de oração para todos os povos’? No entanto, vós fizestes dela uma toca de ladrões”. 18Os sumos sacerdotes e os mestres da lei ouviram isso e começaram a procurar uma maneira de o matar. Mas tinham medo de Jesus, porque a multidão estava maravilhada com o ensinamento dele. 19Ao entardecer, Jesus e os discípulos saíram da cidade. 20Na manhã seguinte, quando passavam, Jesus e os discípulos viram que a figueira tinha secado até a raiz. 21Pedro lembrou-se e disse a Jesus: “Olha, mestre, a figueira que amaldiçoaste secou”. 22Jesus lhes disse: “Tende fé em Deus. 23Em verdade vos digo, se alguém disser a esta montanha: ‘Levanta-te e atira-te no mar’, e não duvidar no seu coração, mas acreditar que isso vai acontecer, assim acontecerá. 24Por isso vos digo, tudo o que pedirdes na oração, acreditai que já o recebestes, e assim será. 25Quando estiverdes rezando, perdoai tudo o que tiverdes contra alguém, para que vosso Pai que está nos céus também perdoe os vossos pecados”.[26]

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/

Reflexão - Evangelho: Marcos 11,11-26
«Tudo o que pedirdes na oração, crede que já o recebestes»

Fra. Agustí BOADAS Llavat OFM
(Barcelona, Espanha)

Hoje fruto e petição são palavras chave no Evangelho. O Senhor aproxima-se a uma figueira e não encontrou frutos: somente folharada, reagiu maldizendo-a. Segundo Santo Isidoro de Sevilha, "Figo" e "fruto" têm a mesma raiz. Ao dia seguinte, os Apóstolos surpresos, lhe dizem: «Rabi, olha, a figueira que amaldiçoaste secou» (Mc 11,21). Em resposta, Jesus Cristo lhes fala de fé e de oração: «Tende fé em Deus» (Mc 11,22).

Há pessoas que quase não rezam, e quando o fazem, procuram que Deus lhes resolva um problema complicado no qual já não vêem a solução. E o justificam com as palavras de Jesus que acabamos de ouvir: «Tudo o que pedirdes na oração, crede que já o recebestes, e vos será concedido» (Mc 11,24). Têm ração e é humano, compreensível, e lícito que, ante os problemas que nos superam, confiemos em Deus, em alguma força superior a nós.

Mas tenho que acrescentar que toda oração é "inútil" («vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes que vós lho peçais»: Mt 6,8), na medida em que não tem uma utilidade prática direta, como —por exemplo— acender uma luz. Não recebemos nada em troca por rezar, porque todo o que recebemos de Deus é graça sobre graça.

Então, não é preciso rezar? Ao contrário: já que agora sabemos que é graça, a oração tem mais valor: porque é "inútil" e é "gratuita". Ainda com tudo, existem três benefícios que nos dá a oração de petição: paz interior (encontrar ao amigo Jesus e confiar em Deus relaxa); pensar sobre um problema, racionalizá-lo, e saber traçá-lo é já tê-lo quase resolvido; e em terceiro lugar ajuda-nos a discernir entre aquilo que é bom e aquilo que tal vez por causa do nosso capricho queremos em nossas intenções da oração. Então, a posteriori, entendemos com os olhos da fé o que Jesus diz: «Tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo farei, para que o Pai seja glorificado no Filho» (Jo 14,13).

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O TEMPLO DE JESUS Mc 11,11-26
HOMILIA

No Evangelho de hoje, Jesus toma uma atitude surpreende. Pois o Jesus que conhecemos anteriormente é Aquele que se sempre se mostrou manso e humilde de coração, paciente e misericordioso com os pecadores. Hoje, porém, assume uma atitude que parece impulsiva e levada pela paixão do momento. Se observarmos com mais cuidado, veremos que não foi assim. Embora sendo o mais resumido de todos, o evangelista Marcos relata um pormenor que não vem em nenhum dos outros três Evangelhos. O pormenor é este: “Chegou a Jerusalém e entrou no templo. Depois de ter examinado tudo em seu redor, como a hora já ia adiantada, saiu para Betânia com os Doze.” (Mc 11,11) Ou seja, Nosso Senhor entrou no templo, viu a confusão que lá estava, mas não agiu no mesmo dia. Foi para Betânia, com os seus discípulos, e passou lá a noite. Só no dia seguinte fez a purificação do templo, com um chicote de cordas feito por ele. Isto quer dizer que não foi uma atitude de impulso descontrolado, mas algo que provavelmente foi objeto de sua oração durante a noite, de sua conversa com o Pai, ao qual lhe ardia o zelo pela Sua casa.
Quando interrogado sobre a autoridade com que fazia aquilo e qual sinal dava de que poderia proceder assim, Jesus disse: “Destruí este templo, e em três dias Eu o levantarei!” Replicaram então os judeus: “Quarenta e seis anos levou este templo a construir, e Tu vais levantá-lo em três dias?” Ele, porém, falava do templo que é o seu corpo. (Jo 2,19-21) Nosso Senhor estabelece assim uma analogia entre o seu Corpo e o templo. São Paulo dirá também que esse Corpo de Cristo somos nós os batizados: “… assim acontece conosco: os muitos que somos formamos um só corpo em Cristo, mas, individualmente, somos membros que pertencem uns aos outros.” (Rm 12,5) E ainda: “Não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, porque o recebestes de Deus, e que vós já não vos pertenceis? Fostes comprados por um alto preço! Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo.” (1 Cor 6,19).
Mas que corpo é que hoje Jesus faz alusão? É o meu e o teu caro amigo. Jesus reclamando pelos maus tratos a que submetemos o nosso corpo, manchando-o e o profanando com os vícios do alcoolismo, da droga, da prostituição, adultério, fornicação, do homossexualismo, da bruxaria, feitiçaria, da criminalidade, das brigas e desavenças familiares pega no chicote e quer expulsar de nós tudo isso. Ele não quer que nos tornemos um covil de ladrões. Porque sendo nós batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, somos o seu templo. E por isso, Jesus tem todo o direito de purificar este templo, ou dito de outro modo, temos o direto de que Ele nos purifique.
Pai ensina-me a viver a religião pura e agradável a ti. Cheio de fé e disposto a perdoar e a viver reconciliado, que eu possa rejeitar tudo o que desvirtua a verdadeira religião para que me deixe purificar pela Tua Palavra e jamais me deixe levar pelos vícios e atrativos do mundo que profanam o meu corpo, Templo do Vosso Filho Jesus meu Salvador, amém!

Fonte PADRE BANTU MENDONÇA KATCHIPWI SAYLA



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