quarta-feira, 9 de agosto de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Mt 17,22-27 - 14.08.2017

2ª-feira da 19ª Semana do Tempo Comum
14 de Agosto de 2017
S. Maximiliano Maria Kolbe PresbMt., memória
Cor: Vermelho

Evangelho - Mt 17,22-27

Eles o matarão, mas no terceiro dia ele ressuscitará.
Os filhos estão isentos dos impostos.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 17,22-27

Naquele tempo:
22Quando Jesus e os seus discípulos
estavam reunidos na Galiléia,
ele lhes disse:
'O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens.
23Eles o matarão, mas no terceiro dia ele ressuscitará.'
E os discípulos ficaram muito tristes.
24Quando chegaram a Cafarnaum,
os cobradores do imposto do Templo aproximaram-se de Pedro
e perguntaram:
'O vosso mestre não paga o imposto do Templo?'
25Pedro respondeu: 'Sim, paga.'
Ao entrar em casa, Jesus adiantou-se, e perguntou:
'Simão, que te parece:
Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem:
dos filhos ou dos estranhos?'
26Pedro respondeu: 'Dos estranhos!'
Então Jesus disse:
'Logo os filhos são livres.
27Mas, para não escandalizar essa gente,
vai ao mar, lança o anzol,
e abre a boca do primeiro peixe que tu pescares.
Ali tu encontrarás uma moeda;
pega então a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti.'
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Mt 17,22-27
«Quando estava reunido com os discípulos na Galiléia»

Hoje, a liturgia oferece-nos diferentes possibilidades para nossa consideração. Entre elas, podemos deter-nos em algo que está presente no texto todo: o trato familiar de Jesus com os discípulos.

Diz São Mateus que Jesus «estava reunido com os discípulos na Galileia» (Mt 17,22). Pareceria evidente, mas o fato de mencionar que estavam juntos demonstra a proximidade de Cristo. Depois, abre-lhes seu Coração para confiar-lhes o caminho de sua Paixão, Morte e Ressurreição, ou seja, algo que Ele tem no seu interior e, não quer que aqueles que ama tanto, ignorem-no. Posteriormente, o texto comenta o episódio do pagamento dos impostos, e o evangelista também nos amostra o trato de Jesus que, coloca-se ao mesmo nível do que Pedro, contrapondo aos filhos (Jesus e Pedro) isentos de pagar os impostos e dos estranhos obrigados a pagá-los. Cristo, afinal, mostra-lhe como conseguir o dinheiro necessário para pagar não só por Ele, mas por os dois e, evitar ser motivo de escândalo.

Em todos estes fatos descobrimos uma visão fundamental da vida cristã: é o afã de Jesus por estar conosco. Diz o Senhor no livro dos Provérbios: «alegrando-me em estar com os filhos dos homens» (Prov 8,31). Como muda, a nossa realidade, o nosso enfoque da vida espiritual na qual às vezes pomos apenas a atenção nas coisas que fazemos como se fosse o mais importante! A vida interior deve centrar-se em Cristo, em seu amor por nós, em sua entrega até a morte por mim, na sua persistente busca do nosso coração. Muito bem o expressava João Paulo II em um dos seus encontros com os jovens: o Papa exclamou com voz forte: «Olhe Ele!».
P. Joaquim PETIT Llimona, L.C. 
(Barcelona, Espanha)
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors 


Os cristãos não podem fugir das leis e de suas obrigações
HOMILIA

O cristão não pode se omitir de suas obrigações, o cristão não pode fugir de um momento como este de assumir a sua responsabilidade, de ir às urnas e votar, de cumprir com as suas obrigações e com seus deveres para com a sociedade, de pagar seus impostos e suas taxas.

“Mas, para não escandalizar essa gente, vai ao mar, lança o anzol, e abre a boca do primeiro peixe que pescares. Ali encontrarás uma moeda; pega então a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti” (Mateus 17, 27).

Jesus fala dos Seus sofrimentos, daquilo que os homens vão realizar contra Ele, como O matarão, como O perseguirão; e o mais importante: o Seu triunfo final, a Sua vitória sobre a morte. Os cobradores de impostos do Templo questionaram Pedro: “O vosso mestre não paga o imposto do Templo?” E Pedro, por medo, respondeu: “Sim, paga” (Mateus 17, 24). Por isso ele [Pedro] questiona Jesus se é justo ou não os pagar. É como se o Senhor dissesse ao apóstolo: os impostos, Pedro, são cobrados pelos estranhos, não pelos filhos. Mas para não escandalizar essa gente, vá ao mar, vá à divina providência, vá até a natureza, vá à vida, vá aonde você trabalhou toda a vida pescando e tire de lá o imposto a ser pago para o Templo.

Deixe-me dizer uma coisa a você: pode parecer difícil, para muitos de nós, cumprir certos deveres e certas obrigações que o Estado nos impõe com os impostos e os tributos que devemos pagar. E aqui não queremos fazer uma avaliação técnico-jurídica, e muito menos política ou econômica, se estes são justos ou não. É óbvio que há muitos impostos injustos, sobretudo quando sabemos que há desvios de verbas, as quais não são aplicadas onde deveriam ser aplicadas. Mas isso não isenta nenhum cristão, nenhum homem e nenhuma mulher, de cumprir os seus deveres para com o Estado. E é mais escandaloso, segundo Jesus, nós cristãos fugirmos de cumprir as nossas obrigações. Pague a quem você deve, não é justo pegar dinheiro emprestado e não pagar ou não dar satisfação a quem você deve.

Eu sei que os juros são horríveis e injustos, mas, uma vez, que nós fizemos este ou aquele financiamento, é nossa obrigação cumprirmos com os nossos deveres. Da mesma forma, os pedágios podem ser caros, mas nós precisamos pagá-los; preços de passagem, disso ou daquilo, muitas vezes, parecem pesados ao nosso bolso. Existem outras maneiras de reivindicarmos vida melhor, uma delas é o voto consciente, responsável, pensado – não em nós, nos nossos interesses  –, mas sim no interesse maior da sociedade!

O cristão não pode se omitir de suas obrigações, o cristão não pode fugir de um momento como este de assumir a sua responsabilidade, de ir às urnas e votar, de cumprir com as suas obrigações e com seus deveres para com a sociedade, de pagar seus impostos e suas taxas. Nós podemos, sim, questionar se algo é correto ou se não é correto. O que não podemos é deixar de cumprir as leis e as nossas obrigações!

Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte http://liturgia.cancaonova.com/

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