quarta-feira, 9 de agosto de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Mt 14,22-33 - 13.08.2017

19º Domingo do Tempo Comum
13 de Agosto de 2017
Cor: Verde

Evangelho - Mt 14,22-33

Manda-me ir ao teu encontro,
caminhando sobre a água.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 14,22-33

Depois da multiplicação dos pães,
22Jesus mandou que os discípulos entrassem na barca
e seguissem, à sua frente, para o outro lado do mar,
enquanto ele despediria as multidões.
23Depois de despedi-las,
Jesus subiu ao monte, para orar a sós.
A noite chegou, e Jesus continuava ali, sozinho.
24A barca, porém, já longe da terra,
era agitada pelas ondas,
pois o vento era contrário.
25Pelas três horas da manhã,
Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar.
26Quando os discípulos o avistaram, andando sobre o mar,
ficaram apavorados, e disseram:
'É um fantasma'.
E gritaram de medo.
27Jesus, porém, logo lhes disse:
'Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!'
28Então Pedro lhe disse:
'Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro,
caminhando sobre a água.'
29E Jesus respondeu: 'Vem!'
Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a água,
em direção a Jesus.
30Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo
e começando a afundar, gritou: 'Senhor, salva-me!'
31Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse:
'Homem fraco na fé, por que duvidaste?'
32Assim que subiram no barco, o vento se acalmou.
33Os que estavam no barco,
prostraram-se diante dele, dizendo:
'Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!'
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Mt 14,22-33
«Começando a afundar, gritou: Senhor, salva-me!»

Hoje, a experiência de Pedro reflexa situações que nós também experimentamos alguma vez. Quem não viu fazer águas os seus projetos e não experimentou a tentação do desânimo ou da desesperação? Em circunstâncias assim, devemos reavivar a fé e dizer como o salmista: «Mostra-nos, Senhor, a tua misericórdia e dá-nos a tua salvação» (Sal 85,8).

Para a mentalidade antiga, o mar era o lugar onde habitavam as feras do mal, o reino da morte, ameaçador para o homem. Ao “caminhar sobre a água” (cf. Mt 14,25), Jesus indica-nos que com a sua morte e ressurreição triunfa sobre o poder do mal e da morte, que nos ameaça e procura destroçar-nos. Nossa existência, não é também como uma frágil embarcação, sacudida pelas ondas que atravessa o mar da vida e que espera chegar a uma meta que tenha sentido?

Pedro creia ter uma fé clara e uma força muito consistente, mas «começando a afundar» (Mt 14,30); Pedro havia assegurado a Jesus que estava disposto a seguir-lo até à morrer, mas a sua debilidade o acobardou e negou o Mestre nos feitos da Paixão. Porque Pedro afunda-se justamente quando começa a caminhar sobre a água? Porque, em vez de olhar a Jesus Cristo, olha ao mar e isso lhe fez perder a força e a partir desse instante, a sua confiança no Senhor diminuiu e os pés não lhe responderam. Mas, Jesus «estendeu a mão [e] segurou-o» (Mt 14,31) e salvou-o.

Depois da sua ressurreição, o Senhor não permite que o seu apóstolo afunde no remorso e na desesperação e lhe devolve a confiança com o seu generoso perdão. A quem eu enxergo no combate da vida? Quando noto que o peso dos meus pecados e erros me arrastam e me afundam, deixo que o bom Jesus estenda a sua mão e me salve? 
Rev. D. Joaquim MESEGUER García 
(Sant Quirze del Vallès, Barcelona, Espanha)
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors 


Com Deus enfrentamos as ondas agitadas do mar da vida
HOMILIA

Deus nos ajuda a atravessar os mares da vida e a enfrentarmos as ondas agitadas do mar da vida com a cabeça erguida e com a certeza de que Ele está conosco.

“Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!” (Mateus 14, 27).

A barca dos discípulos já estava longe da terra e, uma vez que estava distante da terra em meio ao mar, as ondas agitadas vieram ao encontro do barco, sobretudo porque o vento era contrário. Da mesma forma, nós, quando está tudo calminho, está tudo bem, seguimos bem, mas quando aparecem os ventos contrários – que são as adversidades, dificuldades, problemas e situações conflituosas – o barco da nossa vida começa a se agitar, o desespero bate à nossa porta e ao nosso coração. E aí vêm o medo e o desespero – “O que vou fazer!? O que vai ser da minha vida? Que caminho eu vou tomar?”.

Deixe-me dizer a você: tudo isso vem ao nosso encontro porque, quando as ondas se agitam, nós, muitas vezes, não estamos com o coração em Jesus, Aquele que é Senhor do mar da nossa vida. Enquanto os discípulos estavam ali, apavorados, temerosos e receosos com o que acontecia, o Mestre Jesus estava na comunhão com o Pai, abastecendo-se e se alimentando, por isso enfrentou, com a serenidade necessária, os agitos do mar da vida.

Deus não quer que sucumbamos, Ele não quer que nenhuma tempestade nos derrube e nos afogue e que sejamos tomados pelos desesperos da vida. Muito pelo contrário, Deus quer nos ajudar a atravessar os mares da vida – enfrentando os ventos contrários e as ondas agitadas do mar da vida – com a cabeça erguida e com a certeza de que Ele vem ao nosso encontro e que nós não precisamos ter medo porque Ele está conosco.

A fé nos dá coragem, nos dá entusiasmo, não nos deixa prostrados em cima de uma cama, temerosos de enfrentar a vida. A fé não nos deixa acuados, perdidos, a fé nos levanta, nos reacende, nos reanima, nos dá perspectiva e esperança de que podemos sempre começar de novo, porque o Senhor está conosco e não nos abandona jamais!

É verdade que nós O abandonamos, é verdade que nós seguimos do nosso jeito e do nosso modo a vida e, algumas vezes, voltamos para Ele só quando o mar se agita, só quando as coisas estão difíceis e complicadas. Quem anda com o Senhor em todos os momentos, nas horas boas e nas mais difíceis, não vai se perturbar quando o mar se agitar. Por mais escuras e obscuras que possam parecer as estradas da vida, nós temos a convicção de que Deus caminha conosco.

O Senhor nos estende a mão quando parecemos estar sozinhos ou abandonados, Ele está conosco! Ele é o Deus do mar, da terra, das tempestades, o Deus que nos segura pela mão quando tudo parece difícil ou sem jeito.

Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/

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