quinta-feira, 1 de setembro de 2016

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho - Lc 5,33-39 - 02.09.2016 - Mas dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, naqueles dias, eles jejuarão.

6ª-feira da 22ª Semana
Tempo Comum
Cor: Verde

Evangelho - Lc 5,33-39

Mas dias virão em que o noivo será tirado do meio deles.
Então, naqueles dias, eles jejuarão.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 5,33-39

Naquele tempo:
33Os fariseus e os mestres da Lei disseram a Jesus:
'Os discípulos de João,
e também os discípulos dos fariseus,
jejuam com freqüência e fazem orações.
Mas os teus discípulos comem e bebem.'
34Jesus, porém, lhes disse:
'Os convidados de um casamento podem fazer jejum
enquanto o noivo está com eles?
35Mas dias virão em que o noivo será tirado do meio deles.
Então, naqueles dias, eles jejuarão.'
36Jesus contou-lhes ainda uma parábola:
'Ninguém tira retalho de roupa nova
para fazer remendo em roupa velha;
senão vai rasgar a roupa nova,
e o retalho novo não combinará com a roupa velha.
37Ninguém coloca vinho novo em odres velhos;
porque, senão, o vinho novo
arrebenta os odres velhos e se derrama;
e os odres se perdem.
38Vinho novo deve ser colocado em odres novos.
39E ninguém, depois de beber vinho velho,
deseja vinho novo;
porque diz: o velho é melhor.'
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Lc 5, 33-39
A maioria das novidades que nós encontramos no dia a dia não passa, na verdade, de mudanças superficiais em coisas que já existiam antes ou de uma continuidade de um processo evolutivo, de modo que muito pouco vemos de realmente novo. Por isso, temos muita dificuldade em ver a novidade do Evangelho, não percebemos que na verdade ele nos apresenta valores que não existiam antes e uma forma totalmente nova de nos relacionarmos com Deus e com as outras pessoas. Se não estivermos bem atentos e totalmente abertos para a novidade do Evangelho, corremos o risco de querer fazer com que ele seja remendo novo em pano velho, ou vinho novo em odres velhos, uma continuidade dos valores do homem velho, algo que não se insere na realidade nem a transforma.
Fonte CNBB


JESUS E O JEJUM Lc 5, 33-39
HOMILIA

Depois de ter sido questionado pelos fariseus por comer com os publicanos e pecadores, agora é cobrada de Jesus a observância do jejum e das orações rituais. Jesus rompe com a tradicional piedade da Lei. Além de sentar-se à mesa com companhias pouco recomendáveis segundo os critérios do legalismo religioso, “comem e bebem”, desprezando os jejuns rituais. Jesus, como um noivo presente entre os convidados em uma festa de núpcias, não vem trazer castigos, mas sim comunicar alegria e vida.

Neste Evangelho de Lucas e no de Marcos, o questionamento a Jesus é feito por um sujeito indeterminado: “eles”. Já Mateus, de modo próprio, atribui a pergunta aos discípulos de João. O jejum era praticado tendo-se em vista o perdão dos pecados diante de um Deus vingativo para com homens e mulheres, o qual deveria ser aplacado com sacrifícios.

A parábola do remendo, em Lucas, é revestida de um colorido especial: não se corta um pedaço de uma roupa nova para colocá-lo como remendo em roupa velha. Além de estragar a roupa nova, repuxa a roupa velha e, ainda mais, não vai combinar! A sentença final é uma alusão aos judeus, apegados à sua antiga tradição, que rejeitam a novidade de Jesus.

Jesus não vem castigar nem condenar, mas libertar e acolher. A sua presença entre os discípulos, expressa pela imagem do noivo em um casamento, é motivo de alegria e festa, não de luto e jejum.

As duas parábolas que se seguem exprimem bem a novidade de Jesus, que não combina com a prática legalista da tradição do Primeiro Testamento. A frase final, que termina com a expressão: “o vinho velho é melhor”, é estranha no texto e indica inserções que se cristalizaram na tradição.

O que na verdade Jesus quer salientar é uma prática que saia do fundo do coração. É esta a proposta que Jesus nos apresenta para nossas ações. Diante de Deus todos os nossos atos terão o valor proporcional ao que o nosso coração lhes confere. Fazer apenas por fazer, não nos edifica nem nos ajuda na caminhada para Deus. O odre e a roupa significam a nossa mentalidade e a maneira como acolhemos as observâncias que Deus nos propõe por meio da sua Palavra e dos seus mandamentos. A maneira como encaramos os fatos da nossa vida e a mentalidade com a qual nós participamos das propostas de Deus nos dão a garantia para que as nossas ações diante do Senhor tenham valia. O que é novo não cabe na mentalidade antiga. Precisamos de um espírito aberto, para acolher as novidades do Evangelho e viver segundo os mandamentos de Deus. Do contrário, não daremos frutos.

Você é uma pessoa apegada ao seu modo de pensar? – Você é capaz de mudar de opinião diante das novidades do Evangelho? – Com que espírito você jejua ou faz sacrifício? – Você costuma murmurar e se lastimar das coisas boas que você faz aos outros

Pai, abre meu coração para acolher a novidade trazida por Jesus, sem querer deturpá-la com meus esquemas mesquinhos e contaminá-la com o egoísmo e o pecado.
Fonte Canção Nova

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