sexta-feira, 22 de julho de 2016

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho - Mt 13,24-30 - 23.07.2016 - Deixai crescer um e outro até a colheita!

Sábado da 16ª Semana
Tempo Comum
Cor: Verde

Evangelho - Mt 13,24-30

Deixai crescer um e outro até a colheita!

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 13,24-30

Naquele tempo:
24Jesus contou outra parábola à multidão:
'O Reino dos Céus é como um homem
que semeou boa semente no seu campo.
25Enquanto todos dormiam, veio seu inimigo,
semeou joio no meio do trigo, e foi embora.
26Quando o trigo cresceu
e as espigas começaram a se formar,
apareceu também o joio.
27Os empregados foram procurar o dono e lhe disseram:
'Senhor, não semeaste boa semente no teu campo?
Donde veio então o joio?'
28O dono respondeu: 'Foi algum inimigo que fez isso'.
Os empregados lhe perguntaram:
'Queres que vamos arrancar o joio?'
29O dono respondeu:
'Não! pode acontecer que, arrancando o joio,
arranqueis também o trigo.
30Deixai crescer um e outro até a colheita!
E, no tempo da colheita, direi aos que cortam o trigo:
arrancai primeiro o joio
e o amarrai em feixes para ser queimado!
Recolhei, porém, o trigo no meu celeiro!''
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Mt 13, 24-30
A contradição faz parte da vida de todos nós porque, se por um lado temos a presença da graça em nossas vidas e o chamado à santidade, por outro conhecemos a realidade do pecado como conseqüência da tendência para o mal, que é a concupiscência, que ficou na natureza humana como uma marca deixada pelo pecado original. Isso significa que a parábola do trigo e do joio nos mostra não apenas a realidade do mundo em que vivemos e as suas contradições, mas também a nossa própria vida, na qual sempre vemos o bem que queremos e algumas vezes praticamos o mal que não queremos. Isso não significa que é legítimo ceder ao joio que marca a nossa vida, mas que devemos estar sempre atentos a ele para não cairmos em tentação.
Fonte CNBB


O JOIO - Mt 13,24-30
HOMILIA

Esta parábola de Mateus contém várias antíteses: o dono do campo e o inimigo; o trigo e o joio; o tempo presente de semeadura/ crescimento e o tempo futuro da colheita, o trigo no celeiro e a queimadura do joio.
Convém que entendamos hoje como a parábola do Joio. O Evangelho nos apresenta uma situação conhecida por todos os agricultores, isso é, joio e trigo crescem juntos. É claro que a meta de todo agricultor é que em sua plantação só existam pés de trigo, contudo, isso não elimina as plantas nativas e consideradas sem interesse produtivo. Ao mencionar esse fato Jesus retoma o cotidiano e as pessoas já começavam a se perguntar o que ou quem seria semelhante ao trigo ou ao joio.
A mistura entre joio e trigo não é ‘natural’, pois o agricultor não plantou joio. Por isso surge a pergunta sobre quem é que fez isso, e o que motivou essa atitude. Existem inimigos, às vezes até mesmo adormecidos dentro de nós, da nossa casa e a divisão que se vê no plantio, pode também refletir as divisões que existem entre nós, nas comunidades e nos grupos aos quais estamos ligados. A realidade da divisão é tão inegável, quanto a existência de Trigo e Joio, simultaneamente, num mesmo campo.
O que fazer nesta situação? Uma parte da comunidade acredita que é fácil saber o que é trigo e o que é joio, por isso a melhor atitude é arrancar e jogar fora o que é ‘praga’. Outros dizem que é muito difícil saber o que é um ou o outro, por isso é preciso esperar pelos frutos, e somente neste momento é que se poderá de fato retirar do campo o que é erva daninha. É curioso que na parábola o poder de fazer este julgamento não está nas mãos da comunidade, mas do Senhor (o dono da terra). De modo bem concreto isso implica em ir vivendo na comunidade em meio a suas contradições, sem nunca perder de vista a opção pela justiça do Reinado dos Céus.
Pai, enche de misericórdia o meu coração para que, como Jesus, eu me solidarize com os pecadores, e procure atraí-los para ti.

Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla

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