sábado, 23 de julho de 2016

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho - Lc 11,1-13 - 24.07.2016 - Pedi e recebereis.

17º DOMINGO
Tempo Comum
Cor: Verde

Evangelho - Lc 11,1-13

Pedi e recebereis.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 11,1-13

1Jesus estava rezando num certo lugar.
Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe:
'Senhor, ensina-nos a rezar,
como também João ensinou a seus discípulos.'
2Jesus respondeu: 'Quando rezardes, dizei:
`Pai, santificado seja o teu nome.
Venha o teu Reino.
3Dá-nos a cada dia o pão de que precisamos,
4e perdoa-nos os nossos pecados,
pois nós também perdoamos a todos os nossos devedores;
e não nos deixes cair em tentação'.'
5E Jesus acrescentou:
'Se um de vós tiver um amigo
e for procurá-lo à meia-noite e lhe disser:
`Amigo, empresta-me três póes,
6porque um amigo meu chegou de viagem
e nada tenho para lhe oferecer',
7e se o outro responder lá de dentro:
'Não me incomoda! Já tranquei a porta,
e meus filhos e eu já estamos deitados;
não me posso levantar para te dar os pães';
8eu vos declaro:
mesmo que o outro não se levante
para dá-los porque é seu amigo, vai levantar-se
ao menos por causa da impertinência dele
e lhe dará quanto for necessário.
9Portanto, eu vos digo:
pedi e recebereis; procurai e encontrareis;
batei e vos será aberto.
10Pois quem pede, recebe; quem procura, encontra;
e, para quem bate, se abrirá.
11Será que algum de vós que é pai,
se o filho pedir um peixe, lhe dará uma cobra?
12Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião?
13Ora, se vós que sois maus,
sabeis dar coisas boas aos vossos filhos,
quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo
aos que o pedirem! '
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Lc 11,1-13
O “Pai Nosso” é a única oração que Jesus ensinou aos seus discípulos. É também a própria oração de Jesus. “Senhor, ensina-nos a orar”. Como ensinar os outros a rezar, se nós próprios não rezamos? Jesus foi buscar à sua experiência a oração que deu aos seus discípulos. Assim, dizemos palavras que o próprio Jesus diz connosco. A sua oração e a nossa oração são uma única e mesma súplica. Jesus está sempre vivo para interceder em nosso favor. Cada dia, Jesus reza connosco a seu Pai e nosso Pai. Hoje, coloca-se o acento numa oração de louvor e acção de graças. A oração de pedido não é tão valorizada. Porém, a oração que Jesus ensina aos seus discípulos é, antes de mais, uma oração de pedido. O verbo “pedir” aparece seis vezes na passagem de hoje (ver no Evangelho). A experiência parece dizer que os nossos pedidos não são atendidos. Mas Jesus dá-nos uma chave de leitura: é o Espírito Santo que o Pai nos quer dar, o Amor infinito. Trata-se, portanto, de pedir, antes de mais, que este Amor infinito nos modele cada vez mais profundamente, para que aprendamos a ver como Deus nos vê, a amar como Ele nos ama. Ora, entrar numa aventura de amor exige paciência, e também renúncia a nós mesmos para nos abrirmos cada vez mais ao outro. Na realidade, aí está todo o sentido da nossa vida. Nós somos muitas vezes impacientes, ficamos no imediato, na superfície das coisas. Deus olha o coração, vai além das aparências, numa confiança total. Caminho exigente, este que nos conduzirá para além de nós próprios, até à Casa do Nosso Pai.
Fonte http://www.dehonianos.org/


PADRE PAULO RICARDO



Homilia do Mons. José Maria – XVII Domingo do Tempo Comum (Ano C)
O Poder da Oração

A oração constitui um dos elementos essenciais da vida cristã e do seguimento de Cristo.

Na primeira leitura (Gn 18, 20-32) aparece a comovente e atrevida oração de Abraão, em favor das cidades pecadoras, expressão magnífica da sua confiança em Deus e da sua solicitude pela salvação dos outros. Deus revelou-lhe o Seu desígnio de destruir as cidades de Sodoma e Gomorra, pervertidas ao máximo, e o patriarca procura deter o castigo, em atenção aos justos que, possivelmente, poderia haver entre os pecadores.

O Evangelho (Lc 11, 1-13) retoma o tema da oração. Jesus, solicitado pelos seus discípulos, ensina-os a orar: “Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o Teu nome. Venha o Teu reino” (Lc 11, 2). O cristão, autorizado por Jesus, chama a Deus de Pai, nome que dá à oração uma atitude filial, que pode derramar o seu coração no coração de Deus, apresentando-Lhe as suas necessidades, de maneira simples e espontânea, como indica o Pai-nosso.

Com a parábola do amigo importuno Jesus ensina a orar com perseverança e insistência, como fez Abraão, sem temer a ser indiscretos: “Pedi, procurai, batei”. Não há horas inconvenientes para Deus. Nunca se aborrece da oração humilde e confiada dos Seus filhos, mas antes se compraz com ela: “Todo aquele que pede recebe; quem procura encontra; e ao que bate abrir-se-á” (Lc 11, 10). E, mesmo que o homem nem sempre obtenha aquilo que pede, é certo que a sua oração não é em vão, pois o Pai celeste responde sempre com o Seu amor e a seu favor, embora de uma maneira oculta e diferente da que o homem espera. O mais importante não é obter isto ou aquilo, mas sim, que nunca lhe falte a graça de ser cada dia fiel a Deus. Esta graça está garantida ao que ora sem cessar: “Se vós que sois maus sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que O pedirem” (Lc 11, 13). No dom do Espírito Santo, estão incluídos todos os bens que Deus quer conceder aos Seus filhos.

Jesus retirava-se para rezar, com freqüência! E um dia, ao terminar a sua oração, disse-lhe um de seus discípulos: “Senhor, ensina-nos a orar… É o que nós temos de pedir também: Jesus, ensina-me de que modo relacionar-me contigo, diz-me como e que coisas devo pedir-te…Pois, se Jesus foi um homem orante, também os cristãos são chamados a serem homens e mulheres orantes. Para que possam transformar toda a sua vida numa comunhão profunda com Deus, importa dedicar espaços de tempo explicitamente ao exercício da oração. Sem dúvida a oração constitui uma profunda experiência pascal. Daí cuidarmos da vida de oração, pois a oração é o grande recurso que no resta para sair do pecado, perseverar na graça, mover o coração de Deus e atrair sobre nós toda a sorte de bênçãos do céu, quer para a alma, quer pelo que respeita às nossas necessidades temporais.

Aos jovens ensinava São João Paulo II: “É preciso reconhecer humilde e realmente que somos pobres criaturas com idéias confusas, frágeis e débeis, com necessidade contínua de força interior e de consolação. A oração dá força para os grandes ideais, para manter a fé, a caridade, a pureza, a generosidade; a oração dá ânimo para sair da indiferença e da culpa, se por desgraça se cedeu à tentação e à debilidade; a oração dá luz para ver e julgar os acontecimentos da própria vida e da própria história na perspectiva salvífica de Deus e da eternidade. Por isto, não deixeis de orar! Não passe um dia sem que tenhais orado um pouco! A oração é um dever, mas também é uma grande alegria, porque é um diálogo com Deus por meio de Jesus Cristo! Cada domingo a Santa Missa e, se vos é possível, alguma vez também durante a semana; cada dia as orações da manhã e da noite e nos momentos mais oportunos!”

O que devemos pedir e desejar é que se cumpra a vontade de Deus: Faça-se a tua vontade assim na terra como no céu. E este é sempre o meio de acertar, o melhor caminho que podíamos ter sonhado, pois é o que foi preparado pelo nosso Pai do Céu. “Diz-Lhe: – Senhor, nada quero fora do que Tu quiseres. Não me dês nem mesmo aquilo que te venho pedindo nestes dias, se me afasta um milímetro da tua vontade (S. Josemaria Escrivá, Josemaria Escrivá, Forja, 512).

“Orai sem cessar”, diz-nos S. Paulo. “Não sabes orar? – Põe-te na presença de Deus, e logo que começares a dizer: “Senhor, não sei fazer oração!…”, podes ter certeza de que começaste a fazê-la” (Caminho, 90). Continua S. Josemaria no nº. 101 de Caminho: “Persevera na oração. – Persevera, ainda que o teu esforço pareça estéril. – A oração é sempre fecunda.”



Mons. José Maria Pereira
Fonte http://www.presbiteros.com.br/

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Mensagens de Fé

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