sexta-feira, 29 de abril de 2016

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho - Jo 15,18-21 - 30.04.2016 - Não sois do mundo, porque eu vos escolhi e apartei do mundo.

Sábado da 5ª Semana da Páscoa
Cor: Branco

Evangelho - Jo 15,18-21

Não sois do mundo, porque eu vos escolhi e apartei do mundo.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 15,18-21

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
18Se o mundo vos odeia,
sabei que primeiro me odiou a mim.
19Se fôsseis do mundo,
o mundo gostaria daquilo que lhe pertence.
Mas, porque não sois do mundo,
porque eu vos escolhi e apartei do mundo,
o mundo por isso vos odeia.
20Lembrai-vos daquilo que eu vos disse:
'O servo não é maior que seu senhor'.
Se me perseguiram a mim,
também perseguirão a vós.
Se guardaram a minha palavra,
também guardarão a vossa.
21Tudo isto eles farão contra vós por causa do meu nome,
porque não conhecem aquele que me enviou.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Jo 15, 18-21
Todas as pessoas vivem segundo uma hierarquia de valores que norteiam a sua existência. Esta hierarquia de valores é determinada pelas experiências da vida, pela educação recebida, pela cultura em geral e pelos conhecimentos adquiridos. Quando uma pessoa é de fato alguém de fé, a fé passa a ser o elemento fundamental da sua hierarquia de valores, toda a sua vida é direcionada para ela e todos os esforços são no sentido de defender e assumir esses valores. Mas quem vive segundo a hierarquia de valores proposta pelo mundo, defende com todas as suas forças os valores do mundo e combate os valores da fé, odiando quem é de Jesus.
Fonte CNBB


OS DISCÍPULOS SERÃO PERSEGUIDOS Jo 15,18-21
HOMILIA

O Evangelho de São João realça a importância fundamental da união a Cristo, a fim da missão ser fecunda: O segredo da coragem e eficácia da missão do Apóstolo está na sua confiança inabalável na Palavra no Espírito Santo que o anima e capacita.

O evangelizador não pode ignorar que terá de enfrentar muitas dificuldades e oposições.

São Paulo fala-nos dos muitos sofrimentos que teve de passar para anunciar o Evangelho: Trazemos, porém, este tesouro em vasos de barro, a fim de que se veja que o nosso poder extraordinário é de Deus e não nosso. Em tudo somos atribulados, mas não esmagados. Somos confundidos, mas não desesperados. Somos perseguidos, mas não abandonados. Somos abatidos, mas não aniquilados (2 Cor 4, 8-9; cf. 11, 22-29).

Os discípulos de Jesus terão de enfrentar o ódio do mundo, tal como Ele o enfrentou. Esse ódio caracteriza o mundo, tal como o amor caracteriza a comunidade cristã. Os discípulos serão perseguidos pelo mundo, porque ele não suporta aqueles que se opõem aos seus princípios. Os que optaram por Cristo são considerados estranhos e inimigos pelo mundo. A sua vida é uma acusação permanente às obras perversas do mundo. É por isso que o homem de fé é odiado. O ódio do mundo manifesta-se na perseguição contra a comunidade dos discípulos de Cristo. Mas estes não devem desanimar na sua vida de fé e no cumprimento da missão de evangelizar. A perseguição e o sofrimento hão-de ser vividos em união com o Senhor. A sorte dos discípulos é idêntica à de Cristo: Se me perseguiram a mim, também vos hão-de perseguir a vós.

O discípulo de Cristo sabe que, ao realizar a sua missão, encontra a resistência do mundo. O evangelizador sabe que apesar de estar no mundo ele não é do mundo, pois os seus critérios não são os do mundo, mas os do Evangelho. Se o mundo vos odeia, reparai que, antes que a vós, me odiou a mim. Se viésseis do mundo, o mundo amaria o que é seu. Mas, vós não vindes do mundo, pois fui eu que vos escolhi do meio do mundo… Como vemos Jesus, ao mesmo tempo em que prepara os discípulos para enfrentarem perseguições, dá-lhes a garantia de que sua missão será eficaz.

As perseguições dos discípulos são as confirmações de que fazem parte dos discípulos de Jesus: Felizes sereis quando vos insultarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o gênero de calúnias contra vós, por minha causa.

Segundo Paulo, como cristãos devemos nos manter firmes, tendo os rins cingidos com a verdade e a couraça da justiça vestida. É interessante ver como Paulo faz de nós valorosos guerreiros. A tua, e minha espada ou facão que devemos trazer na mão é a Palavra de Deus. Ela é eficaz e penetrante, pois chega ao mais fundo do espírito humano.

O evangelho lembra-nos que o servo não é mais que o seu senhor. Não deves ficar assustado ou preocupado se ao teu lado, verificares indiferença e hostilidade. É sinal de que estás fiel a Cristo perseguido e à sua palavra de cruz. Não deves entrar em crise se muitos não pensam como tu, se te atacam por todos os meios antigos e modernos. A fé é sempre algo fora de moda. Por isso, há-de ser procurada e vivida na oblatividade, que consiste no apelo à cruz, ao sacrifício, a saber, amar, à justiça paga com a própria pele.

Portanto, fortalecidos pela presença de Cristo, e dóceis ao seu Espírito, devemos empenhar-nos, como discípulos de Cristo, em denunciar o pecado, em trabalhar para que o mundo dos homens, o nosso mundo atual, com as suas forças, os seus dramas, se abra ao Reino de Deus.

Busquemos as forças na Palavra de Deus e no Espírito Santo, pois eles são as forças que nos capacitam para desfazer as distorções dos corações retorcidos pelas mentiras do homem velho, ou seja, do pai da mentira.
Fonte Canção Nova

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