segunda-feira, 25 de abril de 2016

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho - Jo 14,27-31a - 26.04.2016 - A minha paz vos dou.

3ª-feira da 5ª Semana da Páscoa
Cor: Branco

Evangelho - Jo 14,27-31a

A minha paz vos dou.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 14,27-31a

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:
27Deixo-vos a paz,
a minha paz vos dou;
mas não a dou como o mundo.
Não se perturbe nem se intimide o vosso coração.
28Ouvistes que eu vos disse:
'Vou, mas voltarei a vós'.
Se me amásseis,
ficaríeis alegres porque vou para o Pai,
pois o Pai é maior do que eu.
29Disse-vos isto, agora, antes que aconteça,
para que, quando acontecer,
vós acrediteis.
30Já não falarei muito convosco,
pois o chefe deste mundo vem.
Ele não tem poder sobre mim,
31amas, para que o mundo reconheça que eu amo o Pai,
eu procedo conforme o Pai me ordenou.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Jo 14, 27-31
No Evangelho de hoje, Jesus nos mostra um dos aspectos mais importantes do amor que é o desejo do bem maior para o outro. O mundo nos apresenta uma falsa idéia de amor que é o amor possessivo: quando amamos uma pessoa, queremos que ela esteja constantemente ao nosso lado porque assim somos felizes. Na verdade estamos pensando na nossa felicidade e não na da pessoa amada. Jesus diz: "Se me amasseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu". Assim, de fato, somos nós, uma vez que nos entristecemos quando a felicidade maior do outro não é como gostaríamos que fosse. Na verdade, confundimos paixão e sentimentalismo com amor verdadeiro.
Fonte CNBB


A minha paz vos dou.
HOMILIA

«Deixo-vos a paz; dou-vos a minha paz» (v. 27). A paz é um dom que Jesus derrama nos nossos corações. Jesus vive em nós e, com Ele, está o Pai e está o Espírito Santo. Quem nos pode perturbar? Paulo, apedrejado, e julgado morto, ergue-se, volta à cidade, anuncia a Boa Nova, faz numerosas conversões e parte para animar na fé e encorajar as comunidades de Listra, Icónio e Antioquia, que também passavam por dificuldades: «Temos de sofrer muitas tribulações para entrarmos no Reino de Deus»,
- dizia-lhes. O Apóstolo resiste e está tranquilo porque tem em si a paz do Senhor, uma paz que o mundo não pode compreender. Essa paz leva-o a afirmar: «Comprazo-me nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições e nas angústias, por Cristo. Pois quando sou fraco, então é que sou forte» (2 Cor 12, 10). Pedro também dirá: «Alegrai-vos, pois assim como participais dos padecimentos de Cristo, assim também rejubilareis de alegria na altura da revelação da sua glória» (1 Pe 4, 13).
Vivemos num mundo cheio de ameaças, as nossas paixões não dão tréguas, tudo
parece avançar como se Deus não existisse. E, como os discípulos que, na escuridão da noite, se debatiam contra os ventos e contra as ondas do mar, também nós nos enchemos de pavor. Assaltam-nos as dúvidas e a nossa fé entra em crise. Deus cala-se dentro de nós. Parece jogar às escondidas. Não responde aos nossos gritos. É a noite escura da fé. É o momento de a exercitarmos para sentirmos o que não sentimos e vermos o que não vemos. É essa a fé que está na base da paz, que vem da comunhão com Deus. Fé em Deus presente, mas ainda não completamente possuído, fé que amadurece na ausência do Esposo, que se aperfeiçoa na busca do Esposo, fé que se purifica nos momentos mais duros e atrozes. As vidas dos Santos mostram-nos tantos exemplos do que estamos a dizer!
A paz vem-nos de um olhar de fé sobre a realidade de um Deus presente, mas procurado com o ardor de um coração ferido pela sua ausência. A paz vem quando se aceita o mistério da ausência de Deus, o seu silêncio, o sofrimento e o mistério da cruz como o momento mais alto do amor de Deus e do testemunho do nosso amor por Ele.
As nossas Constituições lembram-nos: «A vida reparadora será, por vezes,
vivida na oferta dos sofrimentos suportados com paciência e abandono, mesmo na noite escura e na solidão, como eminente e misteriosa comunhão com os sofrimentos e com a morte de Cristo pela redenção do mundo» (n. 24); «Para Glória e Alegria de Deus» (n. 25). Há que não esquecê-lo, quando a tribulação nos bate à porta. Só assim manteremos a paz.
Fonte http://www.dehonianos.org/

Leia também:
Mensagens de Fé

Nenhum comentário:

Postar um comentário