sábado, 19 de setembro de 2015

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho - Mc 9,30-37 - 20.09.2015 - O Filho do Homem vai ser entregue... Se alguém quiser ser o primeiro, que seja aquele que serve a todos!

25º DOMINGO Tempo Comum
Cor: Verde

Evangelho - Mc 9,30-37

O Filho do Homem vai ser entregue... Se alguém quiser ser o primeiro, que seja aquele que serve a todos!

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 9,30-37

Naquele tempo:
30Jesus e seus discípulos atravessavam a Galiléia.
Ele não queria que ninguém soubesse disso,
31pois estava ensinando a seus discípulos.
E dizia-lhes:
'O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens,
e eles o matarão.
Mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará'.
32Os discípulos, porém, não compreendiam estas palavras
e tinham medo de perguntar.
33Eles chegaram a Cafarnaum.
Estando em casa, Jesus perguntou-lhes:
'O que discutíeis pelo caminho?'
34Eles, porém, ficaram calados,
pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior.
35Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse:
'Se alguém quiser ser o primeiro,
que seja o último de todos
e aquele que serve a todos!'
36Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles,
e abraçando-a disse:
37'Quem acolher em meu nome uma destas crianças,
é a mim que estará acolhendo.
E quem me acolher, está acolhendo, não a mim,
mas àquele que me enviou'.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Mc 9,30-37
No seguimento de Cristo, o maior é o que serve

Nosso texto de hoje é o segundo anúncio da paixão, morte e ressurreição de Jesus. Do ponto de vista narrativo, esses relatos têm a função de preparar o leitor para entrar no relato da paixão e morte do Senhor sem ser tomado pela surpresa e sem medo e esmorecimento, mas iluminado e fortalecido pela ressurreição. O Jesus de Marcos é um Mestre que sempre ensina os seus discípulos e a multidão. Aqui neste trecho o conteúdo é o mistério pascal do Filho de Deus. Jesus anuncia claramente sua paixão e ressurreição, mas os discípulos não são capazes de compreender e têm dificuldade em aceitar. Eles estão, por assim dizer, em outro registro, muito distante do que Jesus lhes anuncia. Para eles o Messias deve ser vitorioso e triunfar; eles não podem admitir que o Messias seja humilhado e morto. Naquela época, a ideia da ressurreição era, ainda, muito vaga. Como no primeiro anúncio (Mc 8,31-33), Jesus repreende os discípulos por causa da reação deles e do comportamento inadequado. Na verdade, eles não recebem bem o anúncio da paixão e da ressurreição. A discussão entre eles sobre quem era o maior é expressão da incompreensão acerca do destino de Jesus e de sua missão e, também, da condição deles como discípulos. Jesus revela que será entregue nas mãos dos homens, condenado e morto, e eles aspiram à grandeza. Jesus rejeita toda honra mundana, mas os seus discípulos desejam honra e grandeza. Tudo isso é incoerência. No seguimento de Cristo e, portanto, na vida cristã, o maior é o que serve, à imitação de Jesus que se fez servo de toda a humanidade. No seguimento do Senhor, em que o serviço deve caracterizar a missão, a disputa pelo poder e a defesa de privilégios são absolutamente inaceitáveis. O acolhimento de todos, sem acepção de pessoas, e de modo especial dos que mais precisam de cuidado, é a atitude requerida de todos os cristãos que compreendem a fé que professam. Peçamos ao Senhor que possamos amar o serviço e renunciar a todo tipo de prestígio pessoal e de honrarias mundanas.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj

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AS VERDADEIRAS CELEBRIDADES DO REINO Mc 9,30-37
HOMILIA

No longo processo de sua formação, os discípulos foram sendo instruídos no modo de ser, característico de quem aderiu ao Reino. Jesus ensinou-os a serem solidários, a cultivar a união fraterna, a estarem sempre prontos para servir. Não tinham sido organizados a partir de critérios humanos de superioridade ou inferioridade, pois entre eles deveria reinar a igualdade.
As lições do Mestre nem sempre encontraram corações abertos para acolhê-las. Os discípulos mostravam-se reticentes em abrir mão de sua mentalidade. Daí a preocupação em saber quem, dentre eles, seria o maior. Ou seja, quem teria autoridade sobre os outros; quem seria mais importante objeto da reverência e do respeito dos demais. Tudo ao inverso do que lhes fora ensinado!
E então, Jesus resume, numa frase, um princípio de ação que deveria nortear a vida do discípulo: "Quem quiser ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos". Esta era sua pauta de ação. Ele se apresentava como Servo, e sua vida definia-se como serviço a todos, sem distinção.
Ele nunca esteve em busca de grandezas, muito menos reduziu os discípulos à condição de escravos seus. Não se preocupou em granjear a estima e a reverência alheias, a qualquer custo. Simplesmente seguiu o seu caminho de servidor, esforçando-se por satisfazer as carências e os sofrimentos humanos. Apresentou-se como exemplo a ser imitado!
Vivemos dias de muita insegurança e decepções, com respeito ao comportamento das pessoas. É muito comum, hoje, talvez muitos influenciados pelos meios de comunicação social em geral, a vontade incontestável de crescerem socialmente, subirem na vida, mas não no sentido espiritual e sim material, para se tornarem “celebridades”. A busca de glória, fama, cargo. Tudo isso porém, só se pode satisfazer plenamente quando for estruturado na sua raiz, pelo que é bom, pelo que é honesto, alicerçado em Deus.
Tu que buscas a gloria humana saiba que a celebridade social é muito falsa, fingida e cheia de interesses anexos, que vão frustrando aqueles que a alcançou. Até porque, num piscar de olhos se acaba e, a pessoa se sente completamente só e ignorada por aqueles que a aplaudiam enquanto lhes interessava.
Para que isso, nesse trecho do evangelho de Marcos, Jesus adverte os apóstolos que discutiam entre si, qual deles seria o maior, qual deles comandaria tudo após a partida do Mestre. E, Jesus lhes diz: “ Se algum de vocês quer ser o maior, seja o menor, seja o último, seja aquele que serve.” E, quando nos atemos às palavras de Jesus e procuramos segui-las , colocando-as em prática na nossa vida, descobrimos , que servir é mesmo melhor que ser servido.
Quando damos um presente como sinal de uma grande amizade, sentimo-nos plenamente realizados, só em sentir a alegria e contentamento de quem o recebeu; ele será, certamente, algo que nunca nos deixará esquecidos por aquele amigo, aquela família.
A doação sincera, seja ela material, na forma de presente, ou seja, espiritual, na forma de gesto ou palavra, de conselho, de companheirismo, realiza em nós, o gosto da presença de nosso Deus, que nos criou, principalmente, para amarmos a todos como Ele nos ama.
A realização pessoal verdadeira, não é essa que faz das pessoas celebridades sociais com tempo muito curto de glória, mas sim, aquela que nos realiza como verdadeiros seres humanos, criados à imagem e semelhança de Deus. Os apóstolos tornaram-se verdadeiras celebridades para as coisas de Deus. Todos simples, sem estudos nem preparo, foram chamados por Jesus e capacitados para o trabalho de divulgar a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo e, atravessaram o mundo inteiro e são e serão até o fim dos tempos as verdadeiras celebridades, simples, sem arrogâncias e nunca esquecidas. Tu e eu somos também chamados a sermos celebridades desde que na humildade, simplicidade, sem aspirações de grandezas e peçamos ao Pai do Céu que tire do meu e teu coração os ideais mundanos de glória, e nos coloquemos no verdadeiro
Fonte PADRE BANTU MENDONÇA KATCHIPWI SAYLA

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