terça-feira, 1 de setembro de 2015

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho - Lc 4,38-44 - 02.09.2015 - Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus também a outras cidades, porque para isso é que eu fui enviado.

4ª-feira da 22ª Semana Tempo Comum
Cor: Verde

Evangelho - Lc 4,38-44

Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus também a outras cidades, porque para isso é que eu fui enviado.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 4,38-44

Naquele tempo:
38Jesus saiu da sinagoga e entrou na casa de Simão.
A sogra de Simão estava sofrendo com febre alta,
e pediram a Jesus em favor dela.
39Inclinando-se sobre ela, Jesus ameaçou a febre,
e a febre a deixou.
Imediatamente, ela se levantou e começou a servi-los.
40Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes
atingidos por diversos males,
os levaram a Jesus.
Jesus colocava as mãos em cada um deles e os curava.
41De muitas pessoas também saíam demônios,
gritando: 'Tu és o Filho de Deus.'
Jesus os ameaçava, e não os deixava falar,
porque sabiam que ele era o Messias.
42Ao raiar do dia, Jesus saiu,
e foi para um lugar deserto.
As multidões o procuravam e, indo até ele,
tentavam impedi-lo que os deixasse.
43Mas Jesus disse:
'Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus
também a outras cidades,
porque para isso é que eu fui enviado.'
44E pregava nas sinagogas da Judéia.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Lc 4, 38-44
Por que as pessoas procuram a religião? A maioria das pessoas que procuram a religião o faz por motivos egoístas, procuram a Deus para fazer dele seu servidor, querem proteção, saúde, sucesso econômico, profissional, social ou afetivo, ou fogem do medo do desconhecido, do sobrenatural ou da própria morte. Devemos procurar na religião um relacionamento pessoal e amoroso com o próprio Deus, para que possamos servi-lo amando os nossos irmãos e irmãs. Para isso, precisamos conhecer o Evangelho, no qual Jesus anuncia a boa nova do Reino de Deus. A partir do conhecimento do Evangelho, vamos nos sentir apelados por Deus para a vivência concreta do amor e, a partir de uma resposta positiva a esse apelo, teremos um relacionamento maduro e amoroso com Deus.
Fonte CNBB



MUITOS FORAM CURADOS Lc 4,38-44
HOMILIA

Lucas acentua o sofrimento da sogra de Simão Pedro e a autoridade de Jesus ao expulsar a febre; realça, assim, o caráter milagroso do evento. Jesus decide abandonar a Sinagoga. Por que razão não se diz. Mas, pelo que se pode entender, Ele quer transformar e fazer do ambiente familiar, simbolizado pela casa da sogra de Simão, no lugar de oração, de cura e libertação. De paz e justiça, de amor e partilha, de alegria e sucessos, de misericórdia e perdão. Faz do ambiente familiar o lugar de saúde e vida. Portanto a casa, o lar, a família, é o lugar privilegiado para se construir a nossa sociedade. Assim, numa sociedade como a nossa onde o conceito de família está “vazio”, Cristo chama o casal cristão a ser estrutura sustentadora de uma família capaz de encontrar relações novas, não ditadas pela carne e o sangue, mas pela vida nova que Cristo confere pelo Batismo. Isto reduz o egoísmo, e faz com que cresça a caridade, dom do Espírito e se realize a Igreja doméstica.

Jesus toma conhecimento da doença que afeta os casais e aí ele foi, parou ao lado da cama dela e deu uma ordem à febre. Este gesto apela primeiro pelo zelo apostólico dele e por outra chama-me como pastor de alma a visitar, entrar e abeirar-me dos leitos de muitos homens e mulheres que estão doentes e deitados sem forças para levantar a cabeça, o corpo e servir os seus como deveriam fazer.

Veja que na casa a mulher, personificada na sogra de Simão, é valorizada na sua prática do serviço, que é a característica fundamental do Reino. Outro pormenor a considerar é que a cena narrada se passa num sábado, dia do culto na sinagoga. Neste dia todo trabalho cessava, e só era permitido caminhar-se uma curta distância. Ao pôr-do-sol termina o dia do sábado, começando o primeiro dia da semana. É a introdução do domingo, o dia por excelência para nós cristãos. O povo, liberado das restrições legais prefiguradas pelo sábado legal, que ao invés de salvar, condenava, de dar vida, matava, acorre a Jesus, que os cura, os liberta e salva. Esta deve ser a minha e a tua atitude, fazendo-te recordar o que falávamos ontem, nas culturas antigas, muitas doenças físicas e mentais eram atribuídas a um ser imaginário, o demônio. Jesus, porém, na sua prática, vai revelando que os males da humanidade resultam, principalmente, do poder opressor, da falta de carinho, amor, ternura, paz, justiça, reconciliação, diálogo, atenção e falta de Deus na comunidade-família que deveria ser construtora de vidas novas.

Neste trabalho é preciso que a comunidade saiba que ela está a serviço de Deus e não a busca de privilégios ou de poder (e isto serve também para os evangelizadores). Que a comunidade tenha as portas abertas para todos. O meu e o teu serviço é levar todos os enfermos, quer os da família de sangue quer não: todos os que tinham amigos enfermos, com várias doenças, os levaram a Jesus. Ele pôs as suas mãos sobre cada um deles e os curou.

Me dirijo a você recordando que, como apóstolo, és enviado e ordenado para anunciar a Palavra de modo que trazendo todos os enfermos (quer corporais quer espirituais), eles possam ser curados e entendam Deus na Pessoa do Seu Filho, Jesus Cristo, que acolhe, liberta, perdoa e anuncia a verdade do Reino: a Vida Eterna. Esta missão do Filho de Deus nos compromete e interpela a sermos o homem, a mulher que, acolhendo bons e maus, sejas a mão, a braço, a boca, o coração e a mente de Cristo, convertendo-te em discípulo e missionário do Mestre para que o mundo conheça a Verdade e conhecendo a Verdade possa salvar-se. Peçamos hoje a Deus o ardor missionário.

Pai, que a presença de Jesus em minha vida seja motivo de libertação, de modo que eu possa servir com alegria o meu próximo, especialmente, os mais necessitados.
Fonte Canção Nova

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