segunda-feira, 14 de setembro de 2015

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho - Jo 19,25-27 - 15.09.2015 - Mãe entre todas bendita, do Filho único aflita, a imensa dor assistia (Stabat Mater).

Nossa Senhora das Dores . Memória
Cor: Branco

Evangelho - Jo 19,25-27

Mãe entre todas bendita, do Filho único aflita, a imensa dor assistia (Stabat Mater).

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 19,25-27

Naquele tempo:
25Perto da cruz de Jesus, estavam de pé
a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas,
e Maria Madalena.
26Jesus, ao ver sua mãe
e, ao lado dela, o discípulo que ele amava,
disse à mãe:
"Mulher, este é o teu filho".
27Depois disse ao discípulo:
"Esta é a tua mãe".
Daquela hora em diante,
o discípulo a acolheu consigo.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Lc 2, 33-35
A presença de Maria junto ao seu Filho no momento do seu suplício mostra para nós a realização da profecia de Simeão: “E quanto a ti, uma espada de dor transpassará a tua alma”. Esta presença também nos mostra a necessidade da nossa presença e da nossa solidariedade junto a todos os que sofrem e que esta presença deve ser muito mais do que estar ao lado fazendo alguma coisa. Ela deve ser também a presença solidária de quem sofre junto, porque temos os mesmos valores, comungamos as mesmas idéias e lutamos pela realização plena dos mesmos projetos.
Fonte CNBB


Uma espada traspassará tua alma
HOMILIA

Hoje, na festa de Nossa Senhora, a Virgem das Dores, escutamos palavras pungentes de boca do ancião Simeão: «E a ti, uma espada traspassará tua alma!» (Lc 2,35). Afirmação que, no seu contexto, não aponta unicamente à paixão de Jesus Cristo, senão que ao seu mistério, que provocará uma divisão no povo de Israel e, por conseguinte uma dor interna em Maria. Ao longo da vida pública de Jesus, Maria experimentou o sofrimento pelo fato de ver a Jesus rejeitado pelas autoridades do povoado e ameaçado de morte.

Maria, como todo discípulo de Jesus, teve de aprender a colocar as relações familiares em outro contexto. Também Ela, por causa do Evangelho, tem que deixar ao Filho (cf. Mt 19,29), e há de aprender a não valorizar a Cristo segundo a carne, ainda quando tinha nascido dela segundo a carne. Também Ela há de crucificar sua carne (cf. Ga 5,24) para poder ir se transformando a imagem de Jesus Cristo. Mas, o momento forte do sofrimento de Maria, no que Ela vive mais intensamente a cruz, é o momento da crucificação e a morte de Jesus.

Também na dor, Maria é modelo de perseverança na doutrina evangélica ao participar nos sofrimentos de Cristo com paciência (cf. Regra de São Bento, Prólogo 50). Assim tem sido perante sua vida toda e, sobre tudo, no momento do Calvário. Assim, Maria transforma-se em figura e modelo para todo cristão. Por ter estado estreitamente unida à morte de Cristo, também está unida a sua ressurreição (cf. Rm 6,5). A perseverança de Maria na dor, fazendo a vontade do Pai, lhe dá uma nova irradiação no bem da Igreja e da Humanidade. Maria nos precede no caminho da fé e do seguimento de Cristo. E o Espírito Santo nos conduz a nós a participar com Ela nessa grande aventura.
Fonte Comentário: Dom Josep Mª SOLER OSB Abade de Montserrat (Barcelona, Espanha)

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