Pai,
faze-me forte para enfrentar
o ódio e a perseguição do mundo,
sem abrir mão de minha fidelidade
a ti e a teu Reino, a exemplo de Jesus.
|
Branco. Sábado da 5ª Semana da Páscoa
Evangelho - Jo 15,18-21
Não sois do mundo, porque eu vos escolhi e apartei do mundo.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João
15,18-21
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
18Se o mundo vos odeia,
sabei que primeiro me odiou a mim.
19Se fôsseis do mundo,
o mundo gostaria daquilo que lhe pertence.
Mas, porque não sois do mundo,
porque eu vos escolhi e apartei do mundo,
o mundo por isso vos odeia.
20Lembrai-vos daquilo que eu vos disse:
'O servo não é maior que seu senhor'.
Se me perseguiram a mim,
também perseguirão a vós.
Se guardaram a minha palavra,
também guardarão a vossa.
21Tudo isto eles farão contra vós por causa do meu nome,
porque não conhecem aquele que me enviou.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB
Reflexão - Jo 15,
18-21
Todas as pessoas vivem segundo uma hierarquia de valores que
norteiam a sua existência. Esta hierarquia de valores é determinada pelas
experiências da vida, pela educação recebida, pela cultura em geral e pelos
conhecimentos adquiridos. Quando uma pessoa é de fato alguém de fé, a fé passa
a ser o elemento fundamental da sua hierarquia de valores, toda a sua vida é direcionada
para ela e todos os esforços são no sentido de defender e assumir esses
valores. Mas quem vive segundo a hierarquia de valores proposta pelo mundo,
defende com todas as suas forças os valores do mundo e combate os valores da
fé, odiando quem é de Jesus.
Fonte CNBB
OS SEGUIDORES DE
JESUS SERÃO PERSEGUIDOS Jo 15,18-21
HOMILIA
Este Evangelho de hoje tem como tema central a
caracterização do mundo e sua relação com Jesus e com as comunidades dos
discípulos. Nos textos do Segundo Testamento, a palavra "mundo" é
empregada com diversos matizes. No Evangelho de João ela exprime o mundo sob o
jugo do pecado, encarnado em seu chefe poderoso. Não se trata tanto do pecado
na sua manifestação individualizada, mas do fato de o mundo se encontrar sob o
jugo de estruturas de poder que favorecem minorias e oprimem e relegam as
maiorias à exclusão, ao sofrimento, que culminam com a morte. Nos Evangelhos
fica bem claro que a morte de Jesus resultou da ação da teocracia sediada no
Templo de Jerusalém - que reunia o poder religioso e o poder político -, para a
qual Jesus era uma ameaça por seu empenho em restaurar a vida e a dignidade dos
pobres e marginalizados.
O evangelizador não pode ignorar que terá de enfrentar
muitas dificuldades e oposições. São Paulo fala-nos dos muitos sofrimentos que
teve de passar para anunciar o Evangelho: “Trazemos, porém, este tesouro em
vasos de barro, a fim de que se veja que o nosso poder extraordinário é de Deus
e não nosso. Em tudo somos atribulados, mas não esmagados. Somo confundidos,
mas não desesperados. Somos perseguidos, mas não abandonados. Somo abatidos,
mas não aniquilados” (2 Cor 4, 8-9; cf. 11, 22-29).
O discípulo de Cristo sabe que, ao realizar a sua missão,
encontra a resistência do mundo. O evangelizador sabe que apesar de estar no
mundo ele não é do mundo, pois os seus critérios não são os do mundo, mas os do
Evangelho. Se o mundo vos odeia, reparai que, antes que a vós, me odiou a mim.
Se viésseis do mundo, o mundo amaria o que é seu. Mas, vós não vindes do mundo,
pois fui eu que vos escolhi do meio do mundo… Como vemos Jesus, ao mesmo tempo
em que prepara os discípulos para enfrentarem perseguições, dá-lhes a garantia
de que sua missão será eficaz.
Aqueles que estão inseridos no sistema de poder que governa
o mundo julgam-se seguros. Quem não se inserir, por amor a Jesus, é desprezado
e até perseguido. Contudo, muitos acolhem as palavras de Jesus e, com
liberdade, o seguem, empenhados em promover a vida plena no mundo. As
perseguições dos discípulos são as confirmações de que fazem parte dos
discípulos de Jesus: Felizes sereis quando vos insultarem e perseguirem e,
mentindo, disserem todo o gênero de calúnias contra vós, por minha causa.
O cristão deve manter-se firme, tendo os rins cingidos com a
verdade e a couraça da justiça vestida. É interessante ver como Paulo faz do
Apóstolo um guerreiro. Sua espada é a Palavra de Deus, a qual é eficaz e
penetrante, pois chega ao mais fundo do espírito humano.
A Palavra de Deus e o Espírito Santo são as forças que nos
capacitam para desfazer as distorções dos corações retorcidos pelas mentiras do
mundo velho que ainda não foi recriado por Jesus Cristo. Não podemos esquecer
que a oração é uma fonte fundamental para sintonizarmos com a Palavra que é a
espada do Espírito Santo.
Pai, faze-me forte para enfrentar o ódio e a perseguição do
mundo, sem abrir mão de minha fidelidade a ti e a teu Reino, a exemplo de
Jesus.
Fonte Padre Bantu Mendonça
Katchipwi Sayla
Nenhum comentário:
Postar um comentário