domingo, 7 de novembro de 2021

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 17,1-6 - 08.11.2021

Liturgia Diária


8 – SEGUNDA-FEIRA  

32ª SEMANA COMUM


(verde – ofício do dia)



Chegue até vós a minha súplica; inclinai vosso ouvido à minha prece (Sl 87,3).


Sabedoria é outro nome do Espírito Santo, o qual penetra e ilumina o íntimo do ser humano, porém afasta-se de toda forma de injustiça. Criemos as devidas condições para que o Espírito do Senhor sempre habite em nós.


Evangelho: Lucas 17,1-6


Aleluia, aleluia, aleluia.


Como astros no mundo brilheis, / pregando a Palavra da vida! (Fl 2,15s) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 1Jesus disse a seus discípulos: “É inevitável que aconteçam escândalos. Mas ai daquele que produz escândalos! 2Seria melhor para ele que lhe amarrassem uma pedra de moinho no pescoço e o jogassem no mar do que escandalizar um desses pequeninos. 3Prestai atenção: se o teu irmão pecar, repreende-o. Se ele se converter, perdoa-lhe. 4Se ele pecar contra ti sete vezes num só dia e sete vezes vier a ti, dizendo: ‘Estou arrependido’, tu deves perdoá-lo”. 5Os apóstolos disseram ao Senhor: “Aumenta a nossa fé!” 6O Senhor respondeu: “Se vós tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Lucas 17,1-6

«Se pecar contra ti sete vezes num só dia, e sete vezes vier a ti (...) perdoa-lhe »


Rev. D. Pedro-José YNARAJA i Díaz

(El Montanyà, Barcelona, Espanha)

Hoje, o Evangelho nos fala de três temas importantes. Em primeiro lugar, da nossa atitude perante as crianças. Se em outras ocasiões elogiaram a infância, nesta somos advertidos do mal que podemos ocasionar-lhes.


Escandalizar não é alvoroçar ou estranhar, como às vezes se entende; a palavra grega usada pelo evangelista foi “skandalon”, que significa objeto que faz tropeçar ou escorregar, uma pedra no caminho ou uma casca de banana, para ficar mais claro. Devemos respeitar as crianças e, «É inevitável que surjam ocasiões de pecado, mas ai daquele que as provoca!» (cf. Lc 17,1). Jesus lhe anuncia um castigo tremendo e o faz com uma imagem muito eloquente. Ainda se encontram na Terra Santa pedras de moinhos antigas; é uma espécie de grandes diabolôs (são parecidas também, em tamanho maior, aos colares que se colocam no pescoço aos traumatizados). Introduzir a pedra no escandalizador e tira-la na água expressa um terrível castigo. Jesus utiliza uma linguajem quase de humor negro. Pobres de nós se danamos as crianças! Pobres de nós se os iniciamos no pecado! E há muitas formas de prejudicá-los: mentir, ambicionar, triunfar injustamente, se dedicar a necessidades que satisfarão sua vaidade...


Em segundo lugar, o perdão. Jesus nos pede que perdoemos tantas vezes como seja necessário e, ainda no mesmo dia, se o outro está arrependido, apesar de que nos magoe a alma: «Se teu irmão pecar, repreende-o. Se ele se arrepender, perdoa-lhe» (Lc 17,3). O termômetro da caridade é a capacidade de perdoar.


Em terceiro lugar, a fé: Mais que uma riqueza do entendimento (no sentido meramente humano), é um “estado de ânimo”, fruto da experiência de Deus, de poder obrar contando com sua confiança. «A fé é o início da verdadeira vida», diz São Inácio de Antioquia. Quem age com fé consegue coisas assombrosas, assim a expressa o Senhor ao dizer: «Se tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria» (Lc 17,6).

Fonte https://evangeli.net/


O perdão é um ato da vontade, não das emoções

HOMILIA


A frase-chave do Evangelho de hoje é: “Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, reprende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe”.


Em termos práticos, a palavra “perdão” significa abrir mão do direito de mover uma ação contra o ofensor. É um ato da vontade, não das emoções. O plano de Deus para o perdão a um ofensor dá a ambas as partes um novo começo rumo a uma vida melhor. O perdão de Deus é a remoção da culpa e da penalidade total de nossos pecados sem qualquer merecimento nosso.


O perdão é necessário, porque as ofensas são muitas. Jesus disse: “É inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual eles vêm!” (Lc 17,1). Nós ofendemos e somos ofendidos. Este é um problema comum nas relações humanas. Ofendemos os outros por atos, atitudes ou palavras (cf. Tg 3,2). O cristão sincero deve ser cuidadoso para não ofender nem sentir as ofensas pelos atos dos outros. Isso requer uma vigilância constante: “Vigiai e orai para não cairdes em tentação”, advertiu-nos Jesus.


O perdão é necessário por causa do mandamento de Deus. E Ele é bastante enfático sobre isso. Temos de perdoar cada ofensa repetidas vezes (cf. Lc 17,3-4).


“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão e longanimidade. Suportando-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós” (Cl 3,12-13).


Quer dizer, tudo que for oposto ao espírito de perdão deve ser abandonado de uma vez por todas, e ser substituído por bondade, simpatia e perdão. Neste capítulo não há meio-termo: ou perdoamos uns aos outros ou nos rebelamos contra Deus.


O perdão é necessário, porque não perdoar é prejudicial. Jesus advertiu de que tal atitude é tão grave que Deus não perdoará a pessoa que não quiser perdoar outra (cf. Mt 6,12-15). É tão grave que se uma pessoa persiste nesta atitude, deve ser excluída da comunhão da Igreja (cf. Mt 18,7-9). Um espírito amargo é algo muito sério diante de Deus, merecendo a mais severa disciplina.


Perdoe todas as ofensas. Se alguém ofendê-lo, quer seja por palavras, obras ou atitude, perdoe. Se o erro se repetir mais vezes, ainda que seja no mesmo dia, perdoe (cf. Lc 17,4). Perdoe verdadeiramente, não deixe que as ofensas se acumulem de modo a resultar num grande fardo. Seu perdão deve remover a ofensa para longe, assim como Deus nos tem perdoado.


Perdoe de uma vez para sempre. Você pode dizer: “Eu posso perdoar, mas não posso esquecer”. Deus não nos ordena a esquecer. Ele está preocupado que o nosso perdão seja tão completo que, se nos lembrarmos da ofensa, será para louvá-Lo pelo perdão e não para sentir mais tarde uma mágoa pela ofensa.


Confie plenamente em Deus. Perdão é um exercício espiritual. Quando Jesus terminou Seu ensino sobre o perdão, os discípulos responderam: “Aumenta-nos a fé” (cf. Lc 17,5). O perdão pode ser estendido às pessoas pela fé em Deus.


Submeta-se totalmente ao Espírito Santo. As virtudes mencionadas em Colossenses 3,12-13, relativas ao que devemos fazer para perdoar, estão intimamente ligadas aos frutos do Espírito Santo, enumerados em Gálatas 5,22-23. O cristão que é cheio do Espírito não O entristecerá com uma atitude amarga que recusa perdoar.


Siga explicitamente o exemplo de Cristo: “Assim como Cristo vos perdoou, assim também fazei vós” (Cl 3,13). “Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo” (Ef 4,32). Jesus mesmo nos deixou o exemplo do perdão para seguirmos.


Ame abnegamente a pessoa que não merece. “E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor” (Cl 3,14). Este espírito capacitará você a agir bondosa e pacientemente com o ofensor. “O amor é sofredor, é benigno, não se irrita, não suspeita mal, tudo sofre. O amor nunca falha” (I Cor 13,4-8). O amor de Deus é a resposta para toda nossa amargura e sentimentos irreconciliáveis.


Descanse completamente na paz de Deus Pai. Se você permitir que a paz do Senhor domine seu coração, você não terá problema com a falta de perdão (cf. Cl 3,15). Quando você “guarda a unidade do Espírito pelo vínculo da paz”, não terá problema com o espírito de irreconciliação (cf. Ef 4,3). A amargura e a mágoa que acompanham um espírito irreconciliável destruirão a paz do coração.


Se você pensar: “Não posso viver com a pessoa que agiu errado comigo”, lembre-se de que é a paz de Deus que deve reinar no seu coração. Se não pode amar essa pessoa, peça a Deus para amá-la por você e Ele o fará! Amando com o amor de Deus você será cheio de Sua paz (cf. Ef 4,1-3).


Perdão significa abrir mão para sempre do direito de mover uma questão contra uma pessoa, ou seja, de vingar-se dela. É um ato da vontade, não de emoções. O plano de Deus é que tanto o ofensor como o ofendido tomem um novo começo, rumo a uma vida melhor. Esteja disposto a cultivar a graça do perdão e será feliz para todo o sempre diante do Altíssimo.


Padre Bantu Mendonça

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA


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Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

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