domingo, 28 de novembro de 2021

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 8,5-11 - 29.11.2021

Liturgia Diária


29 – SEGUNDA-FEIRA  

1ª SEMANA DO ADVENTO


(roxo, pref. do Advento I, – ofício do dia)



Ó nações, escutai a Palavra do Senhor; levai a boa-nova até os confins da terra! Não tenhais medo: eis que chega o nosso salvador (Jr 31,10; Is 35,4).


Novo ano litúrgico. Ocasião oportuna para reajustarmos nossos passos conforme os ensinamentos que brotam da riqueza dos textos bíblicos para este tempo de Advento.


Evangelho: Mateus 8,5-11


Aleluia, aleluia, aleluia.


Ó vinde libertar-nos, Senhor e nosso Deus; / mostrai a vossa face e nós seremos salvos! (Sl 79,4) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 5quando Jesus entrou em Cafarnaum, um oficial romano aproximou-se dele, suplicando: 6“Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo terrivelmente com uma paralisia”. 7Jesus respondeu: “Vou curá-lo”. 8O oficial disse: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado. 9Pois eu também sou subordinado e tenho soldados debaixo de minhas ordens. E digo a um: ‘Vai!’, e ele vai; e a outro: ‘Vem!’, e ele vem; e digo ao meu escravo: ‘Faze isto!’, e ele faz”. 10Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado e disse aos que o seguiam: “Em verdade vos digo, nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé. 11Eu vos digo, muitos virão do oriente e do ocidente e se sentarão à mesa no Reino dos céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Mateus 8,5-11

«Em verdade, vos digo: em ninguém em Israel encontrei tanta fé»


Rev. D. Joaquim MESEGUER García

(Rubí, Barcelona, Espanha)

Hoje, Cafarnaum é a nossa cidade e a nossa aldeia, onde há pessoas doentes, umas conhecidas, outras anônimas, frequentemente esquecidas por causa do ritmo frenético que caracteriza a vida atual: carregados de trabalho, vamos correndo sem parar e sem pensar naqueles que, por causa da sua doença ou de outra circunstância, ficam à margem e não podem seguir esse ritmo. Porém, Jesus nos dirá um dia: «todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes!» (Mt 25,40). O grande pensador Blaise Pascal recolhe esta ideia quando afirma que «Jesus Cristo, nos seus fieis, encontra-se na agonia de Getsemani até ao final dos tempos».


O centurião de Cafarnaum não se esquece do seu criado prostrado no leito, porque o ama. Apesar de ser mais poderoso e de ter mais autoridade que o seu servo, o centurião agradece todos os seus anos de serviço e tem por ele grande admiração. Por isso, movido pelo amor, dirige-se a Jesus e na presença do Salvador faz uma extraordinária confissão de fé, recolhida pela liturgia Eucarística: «Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Diz uma só palavra e o meu criado ficará curado» (Mt 8,8). Esta confissão fundamenta-se na esperança; brota da confiança posta em Jesus Cristo, e ao mesmo tempo, também do seu sentimento de indignidade pessoal que o ajuda a reconhecer a sua própria pobreza.


Só nos podemos [a] aproximar de Jesus Cristo com uma atitude humilde, como a do centurião. Assim poderemos viver a esperança do Advento: esperança de salvação e de vida, de reconciliação e de paz. Apenas pode esperar aquele que reconhece a sua pobreza e é capaz de perceber que o sentido da sua vida não está nele próprio mas em Deus, pondo-se nas mãos do Senhor. Aproximemo-nos com confiança de Cristo e, ao mesmo tempo, façamos nossa a oração do centurião.


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Que pensamos que Jesus alabou na fé do centurião? A humildade. A humildade do centurião foi a porta por onde o Senhor entrou» (Santo Agostinho)


«O Senhor maravilhou-se deste centurião. Maravilhou-se da fé que ele tinha. Por isso não somente encontrou ao Senhor, se não que sentiu a alegria de ter sido encontrado pelo Senhor. É muito importante!» (Francisco)


Perante a grandeza deste sacramento [a eucaristia], o fiel só pode retomar humildemente e com ardente fé a palavra do centurião: « Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma [só] palavra e serei salvo» (Catecismo da Igreja Católica, n° 1386)

Fonte https://evangeli.net/


A Palavra de Jesus é sempre eficaz

HOMILIA


Os santos são homens e mulheres que se deixaram conduzir pela Palavra e pelo Espírito de Deus e, por isso, alcançaram a santidade. Celebramos hoje a memória de São Francisco Xavier.


O Evangelho de hoje é o de Mt 8,5-11. Estamos diante da narrativa do milagre que também aparece nos Evangelhos de Lucas e de João com diferenças sensíveis entre si.


O milagre em favor de um pagão, excluído do povo de Deus, é prova de uma fé que não havia sido mostrada em Israel. Assim, Jesus o apresenta como um membro do novo povo de Deus que não mais será formado por aqueles que pertencem a uma raça (a de Abraão), mas por aqueles que têm fé como Abraão: “Em verdade vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé”.


Por isso, cabe dizer que o conteúdo principal da mensagem de Jesus, neste Evangelho, é a grande manifestação de fé de um gentio e a cura à distância, sem o toque direto d’Ele. A fé do gentio contrasta com a incredulidade dos israelitas. Com esta cura à distância, fica destacada a eficácia da Palavra de Jesus.


Além deste episódio com o centurião, a cura à distância acontece apenas com outra pagã: a mulher cananeia. Assim, é fortalecida a fé dos discípulos nas comunidades, em todo o mundo, que darão continuidade ao ministério de Jesus, sem a sua presença sensível.


Com Jesus, todos os povos de todos os tempos têm seu lugar à mesa de Deus, em comunhão com sua vida divina e eterna. Trata-se, portanto, de uma refeição, um banquete aberto para todos os povos, nações, línguas, tribos e raças desde que tenham como elemento fundamental a fé na Palavra do Filho do Homem: “Senhor … dizei somente uma ‘Palavra’ o meu criado ficará curado”.


Foi a partir da fé deste centurião que, hoje – antes de comungarmos -, professamos a nossa fé no Corpo e no Sangue de Jesus presentes na hóstia e no vinho consagrados: “Senhor, eu não sou digno de entreis em minha morada, mas dizei somente uma palavra e serei salvo”.


É comungando o Corpo e o Sangue de Jesus que o homem e a mulher se tornam fortes e comprometidos com a missão de anunciá-Lo aos seus irmãos. E, dentre estes homens ilustres, a Santa Mãe Igreja nos faz, hoje, meditar nas qualidades de São Francisco Xavier. Homem de uma fé verdadeira e sincera, o maior missionário dos nossos tempos. Com a garra de um verdadeiro “facho ardente”, São Francisco Xavier levou o Evangelho de Cristo para junto das culturas orientais, adaptando-as ao seu modo de compreender a Palavra da Salvação.


Que São Francisco Xavier nos inspire o seu jeito certo de hoje evangelizar, tal como ele se inspirou em Cristo nosso Senhor.


Padre Bantu Mendonça

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA


Leia também:

Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé


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