Liturgia Diária
21 – TERÇA-FEIRA
SÃO MATEUS, APÓSTOLO
(vermelho, glória, pref. dos apóstolos, – ofício da festa)
Ide e de todas as nações fazei discípulos, diz o Senhor, batizando-os e ensinando-os a observar todos os mandamentos que vos dei (Mt 28,19s).
Mateus era cobrador de impostos e, a convite de Jesus, largou sua profissão e mudou o rumo de sua vida, passando a fazer parte dos primeiros seguidores do Nazareno. Seu nome consta nas quatro listas dos apóstolos, três das quais nos Evangelhos e uma nos Atos dos Apóstolos. A ele se atribui a redação de um dos quatro Evangelhos.
Evangelho: Mateus 9,9-13
Aleluia, aleluia, aleluia.
A vós, ó Deus, louvamos, a vós, Senhor, cantamos; / vos louva, ó Senhor, o coro dos apóstolos. – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 9Jesus viu um homem, chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos e disse-lhe: “Segue-me!” Ele se levantou e seguiu a Jesus. 10Enquanto Jesus estava à mesa, em casa de Mateus, vieram muitos cobradores de impostos e pecadores e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos. 11Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos: “Por que vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?” 12Jesus ouviu a pergunta e respondeu: “Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. 13Aprendei, pois, o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores”. – Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br/
Reflexão - Evangelho: Mateus 9,9-13
«Não é a justos que vim chamar, mas a pecadores»
Rev. D. Joan PUJOL i Balcells
(La Seu d'Urgell, Lleida, Espanha)
Hoje celebramos a festa do apóstolo e evangelista São Mateus. Ele mesmo nos conta no seu Evangelho sobre a sua conversão. Estava sentado na coletoria de impostos e Jesus o convidou a segui-lo. Mateus -diz o Evangelho- «se levantou e seguiu-o» (Mt 9,9). Com Mateus chega ao grupo dos Doze um homem totalmente diferente dos outros apóstolos, tanto pela sua formação como pela sua posição social e riqueza. Seu pai lhe fez estudar economia para poder fixar o preço do trigo e do vinho, dos peixes que seriam trazidos por Pedro e André e os filhos de Zebedeu e o das pérolas preciosas das quais fala o Evangelho.
Seu ofício, de coletor de impostos, era mal visto. Aqueles que o exerciam eram considerados publicanos e pecadores. Estava ao serviço do rei Herodes, senhor da Galiléia, um rei detestado pelo seu povo e que o Novo Testamento nos apresenta como um adúltero, o assassino de João Batista e aquele que escarneceu Jesus a Sexta Feira Santa. O que pensaria Mateus quando ia render contas ao Rei Herodes? A conversão de Mateus devia supor uma verdadeira liberação, como o demonstra o banquete ao que convidou os publicanos e pecadores. Foi a sua maneira de demonstrar agradecimento ao Mestre por ter podido sair de uma situação miserável e encontrar a verdadeira felicidade. São Beda o Venerável, comentando a conversão de Mateus, escreve: «A conversão de um coletor de impostos dá exemplo de penitência e de indulgência a outros coletores de impostos e pecadores (...). No primeiro instante da sua conversão, atrai até Ele, que é como dizer até a salvação, a um grupo inteiro de pecadores».
Na sua conversão se faz presente a misericórdia de Deus como se manifesta nas palavras de Jesus frente à crítica dos fariseus: «Misericórdia eu quero, não sacrifícios. De fato, não é a justos que vim chamar, mas a pecadores» (Mt 9,13).
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