quarta-feira, 10 de junho de 2020

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 6,51-58 - 11.06.2020

Liturgia Diária

DIA 11 – QUINTA-FEIRA
CORPO E SANGUE DE CRISTO

(branco, glória, sequência [facultativa], creio, pref. da Eucaristia – ofício da solenidade)

O Senhor alimentou seu povo com a flor do trigo e com o mel do rochedo o saciou (Sl 80,17).

Evangelho: João 6,51-58

Aleluia, aleluia, aleluia.

Eu sou o pão vivo descido do céu; quem deste pão come, sempre há de viver! (Jo 6,51) – R.

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, disse Jesus às multidões dos judeus: 51“Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo”. 52Os judeus discutiam entre si, dizendo: “Como é que ele pode dar a sua carne a comer?” 53Então Jesus disse: “Em verdade, em verdade vos digo, se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. 54Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. 55Porque a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue, verdadeira bebida. 56Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. 57Como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo por causa do Pai, assim aquele que me recebe como alimento viverá por causa de mim. 58Este é o pão que desceu do céu. Não é como aquele que os vossos pais comeram. Eles morreram. Aquele que come este pão viverá para sempre”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/

Reflexão - Evangelho: João 6,51-58
«Anunciai que o Reino dos céus está próximo. Curai os doentes, ressuscitai os mortos…»

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje, celebramos o apóstolo José, «a quem os Apóstolos deram o sobrenome de Barnabé, que significa “filho da consolação”» (Act 4,36). Foi generoso desde o princípio: «Possuía um campo, vendeu-o e trouxe o valor dele e depositou aos pés dos apóstolos» (Act 4,37). Levou S. Paulo aos Apóstolos, quando todos tinham medo dele, e com ele abriu o apostolado a todos os povos. Primeiro em Antioquia, onde «a todos exortava a perseverar no Senhor com firmeza de coração, pois era um homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé. Assim uma grande multidão uniu-se ao Senhor» (Act 11,23-24). O seu zelo apostólico foi exemplar, pondo em prática o mandato do Mestre: «Por onde andardes, anunciai que o Reino dos céus está próximo» (Mt 10,7).

«Separai-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho destinado» (Act 13,2), proclamou o Espírito Santo: foram a Chipre e à Ásia Menor, e sofreram muito pelo Senhor. Também tiveram as suas divergências e separaram-se devido a Marcos, que os abandonou a meio da viagem, e Paulo já não o aceitou na viagem seguinte; mas Barnabé soube confiar nele e mais tarde veremos Marcos como grande colaborador de Pedro e Paulo.

Aprendamos a não catalogar as pessoas para sempre, porque «as almas, como o bom vinho, melhoram com o tempo» (S. Josemaria), quando são amparadas com confiança e carinho, uma vez que «ninguém pode ser conhecido senão quando é amado» (Sto. Agostinho).

Quando virmos que alguém enfraquece ou retrocede, perseveremos como Barnabé, nome que também significa “homem esforçado”, e “o que anima e entusiasma”. São características de que hoje estamos necessitados. Por isso, nos dirigimos ao Senhor com as palavras da colecta: «Concedei-nos anunciar fielmente com a palavra e com as obras o Evangelho que ele [Barnabé] proclamou com valentia».

© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


JESUS: O EXEMPLO DE OBEDIÊNCIA Á LEI Mt 5,17-19
HOMILIA

Hoje escutamos do Senhor: «Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas; (...), não vim para abolir, mas para cumprir». No Evangelho de hoje, Jesus ensina que o Antigo Testamento é parte da Revelação divina: Deus no início deu-se a conhecer aos homens através dos profetas. O Povo escolhido reunia-se nos sábados na sinagoga para escutar a Palavra de Deus. Assim como um bom israelita conhecia as Escritura e as punha em prática, aos cristãos convém a meditação freqüente diária, se fosse possível, das Escrituras.
            Em Jesus temos a plenitude da Revelação. Ele é o Verbo, a Palavra de Deus, que se fez homem (cf. Jo 1,14), que vem a nós para dar-nos a conhecer quem é Deus e quanto nos ama. Deus espera do homem uma resposta de amor, manifestada no cumprimento dos seus ensinos: «Se me amais, observareis os meus mandamentos» (Jo 14,15).
            No texto do Evangelho de hoje encontramos uma boa explicação na Primeira Carta de São João: «Pois amar a Deus consiste nisto: que observemos os seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados» (1Jo 5,3). Observar os mandamentos de Deus garante que lhe amamos com obras e de verdade. O amor não é só um sentimento, senão que também pede obras, obras de amor, viver o duplo preceito da caridade.
            Jesus nos ensina a malicia do escândalo: «Quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar os outros, será considerado o menor no Reino dos Céus» (Mt 5,19). ‘Eu conheço a Deus’, mas não observa os seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele» (1Jo2,4).
            Também ensina a importância do bom exemplo: «Quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus» (Mt 5,19). O bom exemplo é o primeiro elemento do apostolado cristão. O próprio Cristo cumpria a lei, não para anulá-la, nem para destruí-la, mas para viver em obediência. Jesus instruiu Seus seguidores a observar os mandamentos.

Certa vez um jovem, príncipe e rico, aproximou-se de Jesus e perguntou-lhe: "Mestre, que farei para herdar a vida eterna? E respondeu-lhe: Se queres entrar na vida guarda os mandamentos". São Mateus 19, 16 e 17
            Jesus advertiu seus seguidores contra o perigo de menosprezar a obediência a Seus mandamentos. Disse ele: "Nem todo o que me diz Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus". São Mateus 7, 21. Não basta, para entrar no Reino do Céu, a confissão verbal. É necessário que se cumpra, que se faça a vontade de Deus revelada. E Jesus deixou isso bem claro.
A verdadeira obediência é fruto do amor. Paulo escrevendo aos Romanos 13:10, assim afirmou: "de sorte que o cumprimento da lei é o amor". Jesus relacionou de forma muito clara a ligação do amor e da obediência. Em suas orientações finais aos discípulos, pouco antes de Sua morte, Ele disse: "Se me amais guardareis os meus mandamentos". São João 14:15 "Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço". São João 15:10 . Com estas colocações, Jesus não deixa dúvida alguma com respeito a esse assunto. A obediência genuina, tem como fonte geradora o amor. O amor verdadeiro se manifesta através de atos de amor, através da obediência.
São João o apóstolo do amor, em I João 5:2 e 3 escreveu: "Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e praticamos os seus mandamentos. Porque este é o amor de Deus, que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são pesados".
            Jesus foi vitorioso na Sua luta contra o pecado, porque estava ligado ao Pai, de Quem buscava poder para vencer como humano. Da mesma forma, a vitória de Cristo nos é oferecida! Para que ela seja a nossa vitória, necessitamos estar tão ligados a Jesus, como o ramo está ligado ao tronco.
Ligados dessa maneira a Cristo, produziremos, pelo Seu poder, o fruto da obediência. Somente se permanecermos em Cristo nos será possível prestar obediência de coração, fruto do amor.
            Voltando ao Sermão da Montanha no capítulo 5 de São Mateus, encontramos Jesus apresentando uma dimensão profundamente espiritual dos mandamentos, da lei de Deus. O povo de Israel, estivera tão apegado à forma e a letra da lei, que perdera completamente o discernimento espiritual que sustentava e sustenta cada ordenança.
            Uma religião legal é insuficiente para pôr a alma em harmonia com Deus. Puramente o fundamento destituído de contrição, ternura ou amor, é apenas uma pedra de tropeço. Os que agiram assim nos dias de Jesus eram como o sal que se tornara insípido. Sua influência não tinha poder algum para preservar o mundo da corrupção.
O povo de Israel perdera completamente a percepção da natureza espritual da lei. Sua obediência não passava de uma mera observância de formas e cerimônias em vez de ser uma entrega do coração à soberania do amor.
            As palavras de Cristo proferidas no sermão da Montanha, conquanto fossem serenas, eram ditas com sinceridade e poder tais que moviam o coração do povo. De pronto se admiravam e percebiam que "ensinava como tendo autoridade".
            O Salvador com Seu divino amor e Sua ternura, exaltava a majestade e beleza da verdade. Com branda, mas profunda influência, os homens eram atraídos para ouvir e aceitar Seus ensinos.
De igual maneira hoje, se olharmos para a lei como um fim em si mesma, nos tornaremos formais, praticantes de uma religião cerimonial destituída de alegria. Mas quando olhamos para a lei e vemos nela, algo que aponta nossa necessidade de Jesus, e encontramos nEle, o Salvador que nos perdoa, e nos capacita a viver de acordo com Sua vontade, nos tornamos cristãos felizes na mais completa acepção da palavra.

É esta dimensão espiritual que Cristo resgatou em Seus ensinamentos e que nós necessitamos para revitalizar nossa vida religiosa.
            Pai, livra-me do perigo de reduzir minha obediência aos teus mandamentos à execução mecânica de gestos exteriores. Revela-me, cada vez mais profundamente, a tua vontade, como Jesus. Que ele seja hoje e sempre o meu exemplo de obediência à vossa Palavra viva nos na Lei e nos profetas de hoje! Amén!

Fonte Pe. Bantu Mendonça katchipwi Sayla




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