sexta-feira, 17 de abril de 2020

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 16,9-15 - 18.04.2020

Liturgia Diária

DIA 18 – SÁBADO 
OITAVA DA PÁSCOA

(branco, glória, seq. facultativa, pref. da Páscoa I [“neste dia”], pág. ?? – ofício próprio)

O Senhor fez o seu povo sair com grande júbilo; com gritos de alegria, os seus eleitos, aleluia! (Sl 104,43)

Sem medo do tribunal que condenou Jesus à morte, os apóstolos não se calam, mas se sentem impulsionados a seguir anunciando o evangelho. Celebrando em comunhão com eles, demos graças ao Senhor, nossa força.

Evangelho: Marcos 16,9-15

Aleluia, aleluia, aleluia.

Este é o dia que o Senhor fez para nós, / alegremo-nos e nele exultemos! (Sl 117,24) – R.

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – 9Depois de ressuscitar, na madrugada do primeiro dia após o sábado, Jesus apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual havia expulsado sete demônios. 10Ela foi anunciar isso aos seguidores de Jesus, que estavam de luto e chorando. 11Quando ouviram que ele estava vivo e fora visto por ela, não quiseram acreditar. 12Em seguida, Jesus apareceu a dois deles, com outra aparência, enquanto estavam indo para o campo. 13Eles também voltaram e anunciaram isso aos outros. Também a estes não deram crédito. 14Por fim, Jesus apareceu aos onze discípulos enquanto estavam comendo, repreendeu-os por causa da falta de fé e pela dureza de coração, porque não tinham acreditado naqueles que o tinham visto ressuscitado. 15E disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o evangelho a toda criatura!” – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Marcos 16,9-15
«Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura!»

P. Jacques PHILIPPE
(Cordes sur Ciel, França)

Hoje, confiando em Jesus ressuscitado, temos de redescobrir o Evangelho como “boa nova”. O Evangelho não é uma lei que nos oprime. Alguma vez podemos cair na tentação de pensar que os que não são cristãos estão mais tranquilos do que nós e fazem o que querem, enquanto que nós temos de cumprir uma lista de mandamentos. É uma visão das coisas meramente superficial.

Pessoalmente, uma das minhas maiores preocupações é que o Evangelho se apresente sempre como uma boa nova, uma notícia feliz, que nos encha o coração de alegria e consolo.

Os ensinamentos de Jesus são sem dúvida exigentes, mas Teresa do Menino Jesus ajuda-nos a percebê-los realmente como uma boa nova, uma vez que para ela o Evangelho não é outra coisa senão a revelação da ternura de Deus, da misericórdia de Deus com cada um dos seus filhos, e aponta as leis da vida que levam à felicidade. O centro da vida cristã consiste em acolher com reconhecimento a ternura e a bondade de Deus - revelação do seu amor misericordioso - e deixar-se transformar por esse amor.

O itinerário espiritual seguido por Sta. Teresinha, o “pequeno caminho”, é um autêntico caminho de santidade, um caminho para todos, feito de tal maneira que ninguém pode desanimar, nem os mais humildes, nem os mais pobres, nem os mais pecadores. Teresa antecipa assim o Concílio Vaticano II que afirma com segurança que a santidade não é um caminho excepcional, mas um chamamento para todos os cristãos, do qual ninguém deve ser excluído. Até o mais vulnerável e miserável dos homens pode responder à chamada à santidade.

Esta santidade consiste num «caminho de confiança e amor». Assim, «o elevador que há-de elevar-me até ao céu são os teus braços, Jesus! (…). Tu, meu Deus, superaste a minha esperança, e eu quero cantar as tuas misericórdias» (Santa Teresa de Lisieux).

«Maria Madalena foi anunciar o fato aos seguidores de Jesus, não acreditaram»

P. Raimondo M. SORGIA Mannai OP
(San Domenico di Fiesole, Florencia, Italia)

Hoje, o Evangelho nos oferece a oportunidade de meditar alguns aspectos que cada um de nós tem experiência: estamos certos de amar a Jesus, o consideramos o maior dos nossos amigos; não obstante, quem de nos poderia afirmar não tê-Lo traído nunca? Pensemos se, pelo menos alguma vez, não O vendemos mal, por algo ilusório de péssima envoltura. Em segundo lugar, ainda que estejamos freqüentemente tentados a nos valorizar demais como cristãos, porém, o testemunho da nossa própria consciência nos impõe calar-nos e humilhar-nos, imitando o publicano que não ousava nem mesmo levantar a cabeça, batendo-se no peito, enquanto repetia: «Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador» (Lc 18,13).

Dito tudo isto, não pode surpreender-nos a conduta dos discípulos. Conheceram pessoalmente Jesus, apreciaram-lhe suas dotes da mente, do coração, as qualidades incomparáveis de sua predicação. Contudo, quando Jesus já havia ressuscitado, uma das mulheres do grupo —Maria Madalena— «Foi ela noticiá-lo aos que estiveram com ele, os quais estavam aflitos e chorosos» (Mc 16,10) e, ao invés de interromperem as lágrimas e começarem dançar de alegria, não lhe crêem. É o sinal de que nosso centro de gravidade é a terra.

Os discípulos tinham ante eles próprios o anuncio inédito da Ressurreição, e, no entanto, preferem continuar afligindo-se deles mesmos. Pecamos, sim! Traímos-lhe, sim! Celebramos-lhe uma espécie de exéquias pagãs, sim! Depois de bater o peito, joguemo-nos aos seus pés, com a cabeça bem alta, olhando para cima, e... de frente! Em marcha seguindo Ele!, seguindo o seu ritmo. Disse sabiamente o escritor francês Gustave Flaubert: «Acho que se olhássemos sempre para o céu, acabaríamos adquirindo asas». O homem que estava imerso no pecado, na ignorância e na tibieza, desde hoje e para sempre saberá que, graças à Ressurreição de Cristo, «encontra-se como imerso na luz do meio dia».

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IDE POR TODO O MUNDO E ANUNCIA O EVANGELHO Mc 16,9-15
HOMILIA

A Boa-Nova do amor de Deus e do dom da vida eterna, revelada por seu Filho, é para ser anunciada ao mundo inteiro.

O evangelho de Marcos terminava com as mulheres junto ao túmulo vazio e o anúncio da ressurreição pelos anjos. Jesus presente pede que os discípulos partam para a Galiléia. Hoje Jesus aparece aos onze discípulos e os envia em missão a fim de anunciarem o Seu Reino de amor e de paz, fazendo todos os homens e mulheres discípulos. Oito dias depois Ele aparece de novo. Quero de modo muito especial destacar o dia em que acontece a missão: Domingo bem cedo. É o primeiro dia da semana, e portanto, dia do trabalho. Mas que tipo de trabalho? É o dia que para nós Deus refez tudo de novo. Nova terra e novos céus iniciaram com a vitória do Mestre sobre a morte. Dia do poder salvador de Deus.

“Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura”. Esta é a missão a que todo cristão é chamado depois de experimentar na sua vida a força da ressurreição de Jesus. Quem não tem consciência disso ainda está nas trevas da incredulidade e presta culto antes a um ilustre defunto do que a Cristo, Senhor da vida.

Que o tempo pascal fortaleça a nossa fé não só na ressurreição de Cristo, mas também na presença dele na Igreja, no meio de nós. Peçamos a coragem de anunciar o seu Evangelho, o que consiste fundamentalmente em anunciar o seu mistério pascal.

À Madalena, a pecadora Jesus ressuscitado apareceu faz dela a primeira anunciadora da notícia da Ressurreição. Para os discípulos de Emaús aparece o Salvador e os liberta da dor. Aos onze discípulos aparece e lhes Censura a dureza de coração e a falta de Fé no que Moisés e os Profetas anunciaram e os envia em missão a pregar pelo mundo inteiro consequentemente quem acreditasse nas suas palavras e fosse batizado seria salvo. Hoje esta missão é minha é tua. Precisamos assumi-la com unhas e dentes para que a notícia da Ressurreição chegue aos confins da terra.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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