terça-feira, 23 de outubro de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 12,49-53 - 25.10.2018

Liturgia Diária

25 – QUINTA-FEIRA   
SANTO ANTÔNIO GALVÃO – PRESBÍTERO

(branco – ofício da memória)

Antônio de Santana (Brasil, 1739-1822) deixou para trás os bens da família e entrou para a Ordem Franciscana. Conhecido como “homem da paz e da caridade”, foi um padre amado e procurado por muitos. Celebrando a memória do primeiro santo brasileiro, canonizado em 2007, rezemos pelo nosso país.

Evangelho: Lucas 12,49-53

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 49“Eu vim para lançar fogo sobre a terra e como gostaria que já estivesse aceso! 50Devo receber um batismo e como estou ansioso até que isso se cumpra! 51Vós pensais que eu vim trazer a paz sobre a terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer divisão. 52Pois daqui em diante, numa família de cinco pessoas, três ficarão divididas contra duas e duas contra três; 53ficarão divididos o pai contra o filho e o filho contra o pai, a mãe contra a filha e a filha contra a mãe, a sogra contra a nora e a nora contra a sogra”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br


Reflexão - Evangelho: Lucas 12,49-53
«Fogo eu vim lançar sobre a terra»

Rev. D. Joan MARQUÉS i Suriñach
(Vilamarí, Girona, Espanha)

Hoje, o Evangelho apresenta-nos Jesus como uma pessoa de grandes desejos: Fogo eu vim lançar sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso! (Lc 12,49). Jesus já queria ver o mundo a arder em caridade e em virtude. Nada menos! Tem que passar pela prova de um batismo, quer dizer, da cruz, e já queria tê-la passado. Naturalmente! Jesus tem planos e tem pressa em vê-los realizados. Poderíamos dizer que é pressa de uma santa impaciência. Também nós temos idéias e projetos, e queríamos vê-los realizados rapidamente. O tempo estorva-nos. Como estou ansioso até que isto se cumpra! (Lc 12,50), disse Jesus.

É a pressão da vida, a inquietude experimentada pelas pessoas que têm grandes projetos. Por outro lado, quem não tenha desejos é um covarde, um morto, um freio. E, além disso, é um triste, um amargurado que costuma desabafar criticando os que trabalham. São as pessoas com desejos que se mexem e originam movimento à sua volta, as que avançam e fazem avançar.

Tem grandes desejos! Aponta bem para o alto! Busca a perfeição pessoal, a da tua família, a do teu trabalho, a das tuas obras, a dos cargos que te confiem. Os santos aspiraram ao máximo. Não se assustaram diante do esforço e da pressão. Mexeram-se. Mexe-te tu também! Lembra-te das palavras de Santo Agostinho: Se dizes já chega, estás perdido. Acrescenta sempre, caminha sempre. Avança sempre; não pares no caminho, não retrocedas, não te desvies. O que não avança, pára; retrocede o que volta a pensar no ponto de partida, desvia-se o que deserta. É melhor o coxo que anda no caminho que o que corre fora do caminho. E acrescenta: Examina-te e não te contentes com o que és se queres chegar ao que não és. Porque no instante em que te deleites contigo mesmo, terás parado. Mexes-te ou estás parado? Pede ajuda à Santíssima Virgem, Mãe da Esperança.

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DIVISÃO POR CAUSA DE JESUS Lc 12,49-53
HOMILIA

Neste evangelho, Jesus mais uma vez nos mostra o seu amor, convidando-nos a conhecer sua missão em meio às alegrias e dificuldades. Jesus veio nos trazer o Espírito Santo, o Espírito de amor, o Consolador, Aquele que nos ensina todas as coisas.

Jesus nos deixa o exemplo: Ele que é o Rei se fez pequeno quando pediu a João Batista para o batizar, batismo esse que nos dá força em meio ao combate espiritual, onde a carne e o espírito conseguem vivenciar dentro de uma fraternidade de amor e paz. Após o batismo, somos chamados a vivenciar os frutos do Ressuscitado para que possamos ter uma vida plena e cheia do Espírito Santo.

Jesus era consciente de que um efeito (ainda que não desejado) do seu trabalho ia ser causa de divisão entre os partidários do imobilismo e os que lutam por um mundo novo. Por isso inflamou a ira dos funcionários do templo e de todos os que se consideravam donos da verdade. O fogo da Palavra de Deus não era para funcionários lúgubres saturados de doutrinas e sedentos de poder.

Mas o fogo de Jesus não é o fogo das paixões políticas. É o fogo do Espírito que tem que ser aprovado na entrega total, no batismo da doação pessoal. É um fogo que prende aí onde se abandonaram os interesses pessoais e se busca um mundo de irmãos.

A paz de Jesus é um fogo purificador que não se confunde com a “Pax Romana”, aquela paz que Roma (e qualquer império) se esforça por proclamar. Esta é só uma tranquilidade institucional que garante a vantagem dos opressores sobre os oprimidos, do império sobre os subalternos, da injustiça sobre o direito.

O fogo purificador de Jesus faz amadurecer os mensageiros, os discípulos, os profetas, os apóstolos. O destino deles, como o do mestre, é sair ao encontro da obscuridade com um clarão que põe às claras tudo o que a ordem atual esconde. O fogo põe as claras também as deficiências pessoais, as ambições subterrâneas, os desejos reprimidos. O fogo que se prova com a entrega total ao serviço do evangelho.

Devemos observar que o Senhor Jesus Cristo não está atacando o relacionamento familiar, mas indica que nenhum laço terreno, embora muito íntimo, poderá diminuir a lealdade a Ele.

Essa lealdade pode até mesmo causar em determinados membros de uma familia que eles sejam afastados ou ignorados pelos outros por terem escolhido seguir a Cristo Jesus.

Podemos resumir que o Senhor Jesus Cristo se refere a espada por ser um instrumento cortante e que na qual a sua vinda causará separação em muitas pessoas, não porque Ele quer, mas pela opção de cada um em seguí-lo como Senhor e salvador.

Pai, que o batismo de Jesus, por sua morte de cruz, purifique-me de todo pecado e de toda maldade, como um fogo ardente, abrindo o meu coração totalmente para ti.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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