terça-feira, 10 de abril de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 6,16-21 - 14.04.2018

Liturgia Diária

DIA 14 – SÁBADO   
2ª SEMANA DA PÁSCOA

(branco – ofício do dia)

O cuidado da comunhão e da assistência fraterna é preocupação fundamental da comunidade cristã. Celebremos o Cristo, que, caminhando sobre as águas, se revela Senhor da natureza e da história.

Evangelho: João 6,16-21

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João

– 16Ao cair da tarde, os discípulos desceram ao mar. 17Entraram na barca e foram em direção a Cafarnaum, do outro lado do mar. Já estava escuro, e Jesus ainda não tinha vindo ao encontro deles. 18Soprava um vento forte, e o mar estava agitado. 19Os discípulos tinham remado mais ou menos cinco quilômetros quando enxergaram Jesus, andando sobre as águas e aproximando-se da barca. E ficaram com medo. 20Mas Jesus disse: “Sou eu. Não tenhais medo”. 21Quiseram, então, recolher Jesus na barca, mas imediatamente a barca chegou à margem para onde estavam indo.

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br


Reflexão - Evangelho: João 6,16-21
«Sou eu.Não tenhais medo!»

Rev. D. Vicenç GUINOT i Gómez
(Sant Feliu de Llobregat, Espanha)

Hoje, Jesus nos desconcerta. Acostumávamos-nos a um Redentor que, disposto a atender todo tipo de indigência humana, não duvidava em recorrer ao seu poder divino. De fato, a ação transcorre justo após a multiplicação dos pães e peixes, a favor da multidão faminta. Agora, ao contrário, nos perturba um milagre —o fato de andar sobre as águas— que parece, à primeira vista, uma ação de cara à galeria. Mas não!, Jesus já descartara fazer uso do seu poder divino para buscar sobressair ou o benefício próprio quando, ao inicio da sua missão, rejeitou as tentações do Maligno.

Ao andar sobre as águas, Jesus Cristo está mostrando seu senhorio sobre as coisas criadas. Mas também podemos ver uma encenação do seu domínio sobre o Maligno, representado por um mar embravecido na escuridão.

«Não tenhais medo» (Jo 6,20), dizia-lhes Jesus naquela ocasião. «Mas tende coragem! eu venci o mundo» (Jo 16,33), lhes dirá depois, no Cenáculo. Finalmente, é Jesus quem diz às mulheres na manhã da Páscoa, depois de se levantar do sepulcro: «Não tenhais medo». Nós, pelo testemunho dos Apóstolos, sabemos de sua vitória sobre os inimigos do homem, o pecado e a morte. Por isso, hoje, suas palavras ressoam em nossos corações com força especial, porque são as palavras de Alguém que está vivo.

As mesmas palavras que Jesus dirigia a Pedro e aos Apóstolos, as repetia João Paulo II, sucessor de Pedro, ao início do seu pontificado: «Não tenhais medo». Era um chamado para abrir o coração, a própria existência, ao Redentor, para que, com Ele, não temamos diante dos embates dos inimigos de Cristo.

Diante à própria fragilidade para levar a bom porto as missões que o Senhor nos pede (uma vocação, um projeto apostólico, um serviço...), nos consola saber que Maria também —criatura como nós— ouviu as mesmas palavras de parte do anjo, antes de enfrentar a missão que o Senhor tinha-lhe encomendado. Aprendamos dela, acolher o convite de Jesus a cada dia, em cada circunstância.

© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


JESUS ANDA EM CIMA DA ÁGUA Jo 6,16-21
HOMILIA

Para interpretar com fidelidade a passagem de hoje, temos que usar o simbolismo; pois sem ele a narrativa parece ser um sucesso normal em que um homem se revela com poder especial sobre a natureza. Em primeiro lugar Jesus deixa seus apóstolos sozinhos, à noite, no meio do mar que por seu estado de turbulência aparece como representante do mal, dominado pelo maligno. A barca com tudo o que na hora representava o Reino, era realmente uma pequena semente de mostarda. Sem Jesus, o vento contrário a domina e a impede de chegar a seu destino. Não adianta o esforço dos remos porque a vela,  com o vento em contra, não pode ser usada. E esse vento não é humano.

Aparentemente os discípulos estavam sós. Mas, na realidade, Jesus estava ali seguindo-os e muito próximo. Para eles, Jesus, como a visão do espectro, como alguém saído das profundezas do mar, era um espírito maligno que os atormentava e produzia o vento furioso que impedia seu avanço. Somente as palavras como amigo do Mestre, logram acalmar os nervos e aportam a tranquilidade e sossego necessários. Era ele o amigo mais do que o mestre, o forte no momento da fragilidade; ele, e unicamente ele, traria a solução do problema que os afligia.

Pedro uma vez mais, se mostra impetuoso e mais confiante do que seus companheiros. Não só reconhece o Mestre, mas quer participar desse poder de estar acima do mal, representado pelas águas turbulentas do mar.  Ele sabe que o poder de Jesus não é unicamente pessoal, mas atinge igualmente seus mais íntimos amigos e reconhece na prática o que ele dirá mais tarde: em ti unicamente eu confio, pois cremos e reconhecemos que tu és o santo do Deus, que melhor podemos traduzir por o Ungido de Deus.

Porém sempre existe a dúvida e a indecisão após tomar uma atitude valente e corajosa. O vento, o mar agitado, abalam a fé e a confiança de Pedro. E unicamente a resposta de Jesus, ante a súplica angustiosa de auxílio de Pedro, restabelece a situação e salva o discípulo. A oração de Pedro é o grito que deverá salvar muitas vidas do fracasso total: Senhor salva-me. Nela encontramos a força que nos falta e a fé que a procura.

O trecho de hoje está escrito precisamente para demonstrar que a transcendência e independência de Jesus, manifestada com suas palavras e seu proceder diante das leis e costumes tradicionais e perante as leis físicas da natureza, revelam seu domínio absoluto sobre as crenças e seu senhorio total como de criador e não de criatura sobre os acontecimentos, de modo que a nossa resposta de hoje não pode ser outra que a dos que estavam no barco: Verdadeiramente tu és Filho de Deus.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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