16º DOMINGO Tempo Comum
Cor: Verde
Evangelho - Mc 6,30-34
Eram como ovelhas sem pastor.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 6,30-34
Naquele tempo:
30Os apóstolos reuniram-se com Jesus
e contaram tudo o que haviam feito e ensinado.
31Ele lhes disse:
'Vinde sozinhos para um lugar deserto,
e descansai um pouco'.
Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo
que não tinham tempo nem para comer.
32Então foram sozinhos, de barco,
para um lugar deserto e afastado.
33Muitos os viram partir e reconheceram que eram eles.
Saindo de todas as cidades, correram a pé,
e chegaram lá antes deles.
34Ao desembarcar,
Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão,
porque eram como ovelhas sem pastor.
Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB
Reflexão - Mc 6,30-34
A compaixão abre o coração
O profeta Jeremias exerceu o seu ministério no século VI a.C., numa época particularmente difícil da história de Israel, em que Jerusalém foi sitiada, o Templo destruído e uma pequena parte da população de Judá exilada na Babilônia. O texto de Jeremias deste domingo é uma dura crítica de Deus aos pastores do seu povo, porque dispersaram e abandonaram o rebanho. Deus promete reunir ele mesmo o resto de suas ovelhas dos lugares para onde foram dispersas e, em seguida, dar a elas pastores que cuidem delas e as protejam. O oráculo de Jeremias faz referência a um sucessor de Davi que será um pastor justo e sábio e será chamado “Senhor, nossa justiça”. Esse oráculo se cumpre plenamente em Jesus, o Bom Pastor que ama as suas ovelhas a ponto de dar a vida por elas. O trecho do evangelho narra a volta dos Doze da missão para a qual foram enviados (cf. Mc 6,6b-12). A indeterminação do período de duração da missão parece querer fazer o leitor compreender que a missão se estende para além de qualquer circunscrição histórica. Depois da partilha (v. 30), os discípulos são convidados por Jesus a um lugar distante para descansar. O “descanso” é o que permite ver que é Deus quem está na origem de todo o bem feito. O descanso é dado para recordar o quanto o Senhor fez por seu povo. A proposta não pôde ser levada a termo em razão do grande número de pessoas que procuravam Jesus (cf. tb. Mc 3,20) e do sentimento que move Jesus na realização de sua missão: a “compaixão” (v. 34). A compaixão é um sentimento divino que faz agir em favor das pessoas, socorrendo-as em suas necessidades; não se confunde com a simples pena ou dó, mas abre o coração para que a pessoa ofereça o melhor de si mesma em favor dos demais. O abandono do povo por aqueles que deviam cuidar dele qual pastor cuida do seu rebanho é a causa da compaixão de Jesus (cf. v. 34; ver: Nm 27,17; 1Rs 22,17). O seu ensinamento orienta e congrega. Nosso texto serve de introdução ao relato da “multiplicação dos pães” (vv. 35-44).
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=19%2F07%2F2015#ixzz3gFykM5Ol
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte.
OVELHAS SEM PASTOR Mc 6,30-34
HOMILIA
O Evangelho de hoje mostra Jesus cuidando de seus discípulos e em contato com as multidões carentes, atento às suas necessidades e procurando libertá-las de suas carências e opressões, dirigindo-lhes a palavra.
Jesus repete novamente sua preocupação a respeito da falta de operários para a messe, ou de pastores para o rebanho, em outras palavras, hoje seria a falta de padres que sejam verdadeiramente pastores das ovelhas. Muitos e santos ministros ordenados e comprometidos com a vida das ovelhas. Ontem, como hoje também, existem muitas ovelhas precisando de pastores pelo mundo afora! E Cristo nos compromete nesta missão.
O amor de Cristo é tão sincero e afetuoso pelos seus irmãos, que nem mesmo o cansaço ou a fome são capazes de privar as pessoas de Seu convívio. Nesta Palavra de hoje, percebemos duas atitudes de Cristo para com os seus: a primeira, quando Ele chama Seus discípulos ao descanso, sabendo que eles viveram uma batalha espiritual árdua, e para tanto é preciso recolhimento, descanso físico e espiritual. É preciso se fortalecer. A comida, por exemplo, pode ser entendida como alimento material, mas também alimento espiritual, afinal nem só de pão vive o homem. Em muitos momentos dos Evangelhos, o próprio Cristo recolhe-se para orar, para conversar com Deus e Ele nos ensina a, justamente, ter esses tipos de momento, para criar intimidade com o Pai.
Entretanto, aquela multidão que ali se encontra não percebe essa situação, porque estão sedentos de amor, atenção, pois eles estão constantemente sendo excluídos da sociedade, da própria religião que professavam. Em Jesus e nos Seus discípulos se percebe um acolhimento, uma Palavra que é diferente de tudo que eles conheciam uma palavra que une e não separa que perdoa e não se vinga das suas faltas. A razão é simples: Eles eram como ovelhas sem Pastor. Isto significa que eles agiram até agora por ignorância. Sem saber ou distinguir a mão direita da esquerda. Que constatação triste, não existe nada pior que a solidão, não ter com quem contar, com quem conversar, dividir dores e alegrias, não fomos feitos pra viver como ilha, mas juntos. Jesus sente essa solidão em cada pessoa, apesar de estarem numa multidão.
O texto ressalta a compaixão de Jesus para com o povo com uma característica específica: era um povo muito sofrido, rejeitado e desprezado pelos chefes político-religiosos de então, que nem tinha tempo para comer. E quando Ele se retirava, o povo ia atrás dele. O que atraía tanta gente? Com certeza não foi em primeiro lugar a doutrina, nem os milagres, mas o fato de irradiar compaixão, de demonstrar duma maneira concreta o amor compassivo de Deus. Jesus não teve “pena” do povo, não teve “dó” dos sofridos. Teve “compaixão”, literalmente, sofria junto, e tinha uma empatia com os sofredores, que se transformava numa solidariedade afetiva e efetiva. Este traço da personalidade de Jesus desafia as Igrejas e os seus ministros hoje, para que não sejam burocratas do sagrado, mas irradiadores da compaixão do Pai. Infelizmente, muitas vezes as nossas igrejas mais parecem repartições públicas do que lugares do encontro com a comunidade que acredita no amor misericordioso de Deus e na compaixão de Jesus! A frieza humana frequentemente marca as nossas atitudes, pregações e cuidado pastoral. Num mundo que exclui que marginaliza e que só valoriza quem consome e produz, o texto de hoje nos desafia para que nos assemelhemos cada vez mais a Jesus, irradiando compaixão diante das multidões que hoje como nunca estão como ovelhas sem pastor.
Então, mesmo sabendo da necessidade de descanso, Ele sente compaixão, e serve. Ensina-nos que servir ao próximo deve ser prioridade, apesar dos cansaços, apesar das dores, precisamos ver e entender que existem muitas pessoas necessitadas! E pode ter certeza que muitos a nossa volta, que aparentemente não precisam de nada, são carentes de uma palavra, de um ombro amigo, de alguém que os escute. E por isso manifestam a sua carência de várias formas: agressividade, mau comportamento, irritação, puxam o chão dos nossos pés. E tudo o que fazem é só procurar arruinar a vida dos outros. Minha irmã, meu irmão, não existem pessoas difíceis ou que nos roubem tempo. O segredo é levá-las não nos ombros e sim no coração. Pois, as pessoas nos serão pesadas se nós as carreguemos nos ombros. Mas se as levarmos no coração elas se tornam mais leves que o fumo. Basta pedires que Jesus faça do seu coração semelhante ao d’Ele. E verás que estas pessoas são como que ovelhas sem pastor. E então tu serás o pastor que elas estão precisando.
Ó Pai daí-nos a Graça de levar nossos irmãos no coração, de servir acima de nossas próprias necessidades, confiando que, em Jesus, poderemos descansar e entregar nosso peso para que Ele nos ajude a levar o nosso e o dos outros.
Fonte Canção Nova
Cor: Verde
Evangelho - Mc 6,30-34
Eram como ovelhas sem pastor.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 6,30-34
Naquele tempo:
30Os apóstolos reuniram-se com Jesus
e contaram tudo o que haviam feito e ensinado.
31Ele lhes disse:
'Vinde sozinhos para um lugar deserto,
e descansai um pouco'.
Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo
que não tinham tempo nem para comer.
32Então foram sozinhos, de barco,
para um lugar deserto e afastado.
33Muitos os viram partir e reconheceram que eram eles.
Saindo de todas as cidades, correram a pé,
e chegaram lá antes deles.
34Ao desembarcar,
Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão,
porque eram como ovelhas sem pastor.
Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB
Reflexão - Mc 6,30-34
A compaixão abre o coração
O profeta Jeremias exerceu o seu ministério no século VI a.C., numa época particularmente difícil da história de Israel, em que Jerusalém foi sitiada, o Templo destruído e uma pequena parte da população de Judá exilada na Babilônia. O texto de Jeremias deste domingo é uma dura crítica de Deus aos pastores do seu povo, porque dispersaram e abandonaram o rebanho. Deus promete reunir ele mesmo o resto de suas ovelhas dos lugares para onde foram dispersas e, em seguida, dar a elas pastores que cuidem delas e as protejam. O oráculo de Jeremias faz referência a um sucessor de Davi que será um pastor justo e sábio e será chamado “Senhor, nossa justiça”. Esse oráculo se cumpre plenamente em Jesus, o Bom Pastor que ama as suas ovelhas a ponto de dar a vida por elas. O trecho do evangelho narra a volta dos Doze da missão para a qual foram enviados (cf. Mc 6,6b-12). A indeterminação do período de duração da missão parece querer fazer o leitor compreender que a missão se estende para além de qualquer circunscrição histórica. Depois da partilha (v. 30), os discípulos são convidados por Jesus a um lugar distante para descansar. O “descanso” é o que permite ver que é Deus quem está na origem de todo o bem feito. O descanso é dado para recordar o quanto o Senhor fez por seu povo. A proposta não pôde ser levada a termo em razão do grande número de pessoas que procuravam Jesus (cf. tb. Mc 3,20) e do sentimento que move Jesus na realização de sua missão: a “compaixão” (v. 34). A compaixão é um sentimento divino que faz agir em favor das pessoas, socorrendo-as em suas necessidades; não se confunde com a simples pena ou dó, mas abre o coração para que a pessoa ofereça o melhor de si mesma em favor dos demais. O abandono do povo por aqueles que deviam cuidar dele qual pastor cuida do seu rebanho é a causa da compaixão de Jesus (cf. v. 34; ver: Nm 27,17; 1Rs 22,17). O seu ensinamento orienta e congrega. Nosso texto serve de introdução ao relato da “multiplicação dos pães” (vv. 35-44).
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=19%2F07%2F2015#ixzz3gFykM5Ol
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte.
OVELHAS SEM PASTOR Mc 6,30-34
HOMILIA
O Evangelho de hoje mostra Jesus cuidando de seus discípulos e em contato com as multidões carentes, atento às suas necessidades e procurando libertá-las de suas carências e opressões, dirigindo-lhes a palavra.
Jesus repete novamente sua preocupação a respeito da falta de operários para a messe, ou de pastores para o rebanho, em outras palavras, hoje seria a falta de padres que sejam verdadeiramente pastores das ovelhas. Muitos e santos ministros ordenados e comprometidos com a vida das ovelhas. Ontem, como hoje também, existem muitas ovelhas precisando de pastores pelo mundo afora! E Cristo nos compromete nesta missão.
O amor de Cristo é tão sincero e afetuoso pelos seus irmãos, que nem mesmo o cansaço ou a fome são capazes de privar as pessoas de Seu convívio. Nesta Palavra de hoje, percebemos duas atitudes de Cristo para com os seus: a primeira, quando Ele chama Seus discípulos ao descanso, sabendo que eles viveram uma batalha espiritual árdua, e para tanto é preciso recolhimento, descanso físico e espiritual. É preciso se fortalecer. A comida, por exemplo, pode ser entendida como alimento material, mas também alimento espiritual, afinal nem só de pão vive o homem. Em muitos momentos dos Evangelhos, o próprio Cristo recolhe-se para orar, para conversar com Deus e Ele nos ensina a, justamente, ter esses tipos de momento, para criar intimidade com o Pai.
Entretanto, aquela multidão que ali se encontra não percebe essa situação, porque estão sedentos de amor, atenção, pois eles estão constantemente sendo excluídos da sociedade, da própria religião que professavam. Em Jesus e nos Seus discípulos se percebe um acolhimento, uma Palavra que é diferente de tudo que eles conheciam uma palavra que une e não separa que perdoa e não se vinga das suas faltas. A razão é simples: Eles eram como ovelhas sem Pastor. Isto significa que eles agiram até agora por ignorância. Sem saber ou distinguir a mão direita da esquerda. Que constatação triste, não existe nada pior que a solidão, não ter com quem contar, com quem conversar, dividir dores e alegrias, não fomos feitos pra viver como ilha, mas juntos. Jesus sente essa solidão em cada pessoa, apesar de estarem numa multidão.
O texto ressalta a compaixão de Jesus para com o povo com uma característica específica: era um povo muito sofrido, rejeitado e desprezado pelos chefes político-religiosos de então, que nem tinha tempo para comer. E quando Ele se retirava, o povo ia atrás dele. O que atraía tanta gente? Com certeza não foi em primeiro lugar a doutrina, nem os milagres, mas o fato de irradiar compaixão, de demonstrar duma maneira concreta o amor compassivo de Deus. Jesus não teve “pena” do povo, não teve “dó” dos sofridos. Teve “compaixão”, literalmente, sofria junto, e tinha uma empatia com os sofredores, que se transformava numa solidariedade afetiva e efetiva. Este traço da personalidade de Jesus desafia as Igrejas e os seus ministros hoje, para que não sejam burocratas do sagrado, mas irradiadores da compaixão do Pai. Infelizmente, muitas vezes as nossas igrejas mais parecem repartições públicas do que lugares do encontro com a comunidade que acredita no amor misericordioso de Deus e na compaixão de Jesus! A frieza humana frequentemente marca as nossas atitudes, pregações e cuidado pastoral. Num mundo que exclui que marginaliza e que só valoriza quem consome e produz, o texto de hoje nos desafia para que nos assemelhemos cada vez mais a Jesus, irradiando compaixão diante das multidões que hoje como nunca estão como ovelhas sem pastor.
Então, mesmo sabendo da necessidade de descanso, Ele sente compaixão, e serve. Ensina-nos que servir ao próximo deve ser prioridade, apesar dos cansaços, apesar das dores, precisamos ver e entender que existem muitas pessoas necessitadas! E pode ter certeza que muitos a nossa volta, que aparentemente não precisam de nada, são carentes de uma palavra, de um ombro amigo, de alguém que os escute. E por isso manifestam a sua carência de várias formas: agressividade, mau comportamento, irritação, puxam o chão dos nossos pés. E tudo o que fazem é só procurar arruinar a vida dos outros. Minha irmã, meu irmão, não existem pessoas difíceis ou que nos roubem tempo. O segredo é levá-las não nos ombros e sim no coração. Pois, as pessoas nos serão pesadas se nós as carreguemos nos ombros. Mas se as levarmos no coração elas se tornam mais leves que o fumo. Basta pedires que Jesus faça do seu coração semelhante ao d’Ele. E verás que estas pessoas são como que ovelhas sem pastor. E então tu serás o pastor que elas estão precisando.
Ó Pai daí-nos a Graça de levar nossos irmãos no coração, de servir acima de nossas próprias necessidades, confiando que, em Jesus, poderemos descansar e entregar nosso peso para que Ele nos ajude a levar o nosso e o dos outros.
Fonte Canção Nova
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