terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 7,31-37 - 12.02.2021

 Liturgia Diária


12 – SEXTA-FEIRA  

5ª SEMANA COMUM


(verde – ofício do dia)



Entrai, inclinai-vos e prostrai-vos: adoremos o Senhor que nos criou, pois ele é o nosso Deus (Sl 94,6s).


A criatura humana “cai na conversa” da serpente, símbolo da autossuficiência, e desobedece ao Criador. Celebremos, contando com a misericórdia do Senhor.


Evangelho: Marcos 7,31-37


Aleluia, aleluia, aleluia.


Abri-nos, ó Senhor, o coração / para ouvirmos a palavra de Jesus! (At 16,14) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 31Jesus saiu de novo da região de Tiro, passou por Sidônia e continuou até o mar da Galileia, atravessando a região da Decápole. 32Trouxeram então um homem surdo, que falava com dificuldade, e pediram que Jesus lhe impusesse a mão. 33Jesus afastou-se com o homem para fora da multidão; em seguida, colocou os dedos nos seus ouvidos, cuspiu e, com a saliva, tocou a língua dele. 34Olhando para o céu, suspirou e disse: “Efatá!”, que quer dizer “abre-te!” 35Imediatamente seus ouvidos se abriram, sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade. 36Jesus recomendou com insistência que não contassem a ninguém. Mas, quanto mais ele recomendava, mais eles divulgavam. 37Muito impressionados, diziam: “Ele tem feito bem todas as coisas: aos surdos faz ouvir e aos mudos falar”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Marcos 7,31-37

«Tudo ele tem feito bem»


+ Rev. D. Joan MARQUÉS i Suriñach

(Vilamarí, Girona, Espanha)

Hoje o Evangelho apresenta-nos um milagre de Jesus: fez voltar a ouvir e destravou a língua a um surdo. A gente ficou admirada e dizia: «Tudo ele tem feito bem» (Mc 7,37).


Esta é a biografia de Jesus feita pelos seus contemporâneos. Uma biografia curta e completa. Quem é Jesus? É aquele que tudo tem feito bem. No duplo sentido da palavra: no que e no como, na substância e na maneira. É aquele que só fez boas obras, e que realizou bem as boas obras, de uma maneira perfeita, bem acabada. Jesus é uma pessoa que tudo faz bem, por que só faz ações boas e aquilo que faz deixa-o acabado. Não entrega nada a meio fazer; e não espera a depois para terminar.


Procure também você deixar as coisas totalmente terminadas agora: a oração; o trato com os familiares e as outras pessoas; o trabalho; o apostolado; a formação espiritual e profissional; etc. Seja exigente consigo mesmo, e seja também exigente, suavemente com quem depende de você. Não tolere trabalhos mal feitos. Deus não gosta e incomodam ao próximo. Não tenha essa atitude para ficar bem, nem porque é o que más rende, humanamente; senão porque a Deus não lhe agradam as obras más nem as obras “boas” mal feitas. A Sagrada Escritura afirma: «Suas obras são perfeitas» (Dt 32,4). E o Senhor através de Moisés, manifesta ao Povo de Israel: «Nenhuma coisa, porém, que tiver defeito oferecereis, porque não será aceita a vosso favor» (Lev 22,20). Pede a ajuda maternal da Virgem Maria. Ela, como Jesus, também fez tudo bem feito.


São Josemaria oferece-nos o segredo para conseguí-lo: «Faz o que deves e está no que fazes». É essa a sua maneira de atuar?

Fonte https://evangeli.net/



ABRE-TE! Mc 7,31-37

HOMILIA


Efatá é uma palavra chave na liturgia deste domingo; palavra que o Senhor pronuncia hoje para todos e que tem, para cada um de nós, uma ressonância pessoal. É fundamental que cada um de nós veja e pense no conteúdo dela.


Efatá, palavra dita pelo Senhor quando o mar se abriu para a passagem dos escravos rumo à liberdade. “Efatá!”, disse Deus, e se abriram os céus sobre o batismo de Jesus e sobre a humildade do seu batismo; e se abriu o paraíso sobre a cruz de Jesus, e o paraíso ficou à mercê dos ladrões; e se abriram os sepulcros, e os vencidos fugiram da morte. Dirigida agora para nós a fim de que enxerguemos o caminho que nos conduz à Salvação eterna. Por isso, não diga “Abrir-se-ão os olhos do cego e os ouvidos do surdo”. Mas que abrir-se-ão os meus olhos e os meus ouvidos que estávamos fechados por causa da dureza do meu coração, fruto do meu próprio pecado. Saiba que a palavra se cumpre hoje, a profecia está se realizando neste evangelho. A promessa se torna realidade hoje e agora, com Cristo e em Cristo na tua vida. Corra e vá atrás d’Ele. E se não tens como peça a ajuda. Deixe-se ajudar. Não seja cabeça dura. Escute e siga as orientações, os conselhos da tua esposa, do teu marido, dos teus pais e filhos. Deixe de viver na noite e no mundo do erro, do pecado, da falsidade e da morte.


Ah padre, mas eu não sou surdo nem mudo. Isso é ofensa. Eu digo que sim. Somos surdos, por exemplo, quando não ouvimos o grito de ajuda que se eleva para nós e preferimos pôr entre nós e o próximo o «duplo vidro» da indiferença. Os pais são surdos quando não entendem que certas atitudes estranhas ou desordenadas dos filhos escondem um pedido de atenção e de amor. Um marido é surdo quando não sabe ver no nervosismo de sua mulher o sinal do cansaço ou a necessidade de um esclarecimento. E o mesmo quanto à esposa. Estamos mudos quando nos fechamos, por orgulho, em um silêncio esquivo e ressentido, enquanto talvez com uma só palavra de desculpa e de perdão poderíamos devolver a paz e a serenidade ao nosso lar. Os religiosos e as religiosas têm, no dia, tempos de silêncio, e às vezes se acusam na Confissão, dizendo: «Quebrei o silêncio». Penso que às vezes deveríamos acusar-nos do contrário e dizer: «Não quebrei o silêncio».


O que, contudo, decide a qualidade de uma comunicação não é simplesmente falar ou não falar, mas falar ou não fazê-lo por amor. Santo Agostinho dizia às pessoas em um discurso: É impossível saber em toda circunstância o que é o justo que se deve fazer: se falar ou calar, se corrigir ou deixar passar algo. Eis aqui então que se dá uma regra que vale para todos os casos: «Ama e faz o que quiseres». Preocupa-te de que em teu coração haja amor; depois, se falas, será por amor, se calas, será por amor, e tudo estará bem porque do amor não brota mais que o bem.


As histórias de cura, envolvendo as multidões de excluídos, carentes e adoentados, são a expressão da atenção especial de Jesus para com estes pobres, em vista de restaurar-lhes a vida que é característica do Reino de Deus. A proclamação final, “faz os surdos ouvirem e os mudos falarem”, indica o cumprimento da profecia atribuída a Isaías aos exilados da Babilônia; porém, agora, não restrita àquele povo que se julgava eleito, mas a todos os povos da terra sem discriminações. Jesus vem libertar as maiorias empobrecidas subjugadas pelas minorias que detêm o poder, resgatando a dignidade e a vida neste mundo.


Por isso, meu irmão, minha irmã o segredo está em entrar em comunhão com Cristo ressuscitado, tu que estavas morto, vês e escutas e entras com Ele pelas portas abertas de Deus.


Ó Senhor tenho plena consciência de que Vossa voz ressoou no deserto: “Efatá!”, para que do céu caísse como chuva o pão e da rocha jorrou água. “Efatá!”, dissestes, e abristes, como que com uma faca, as águas do Jordão, que se tornaram porta pela qual entraram vossos filhos à terra das vossas promessas. Dignai-vos olhar para mim, para os meus olhos e ouvidos. Impõe sobre mim as Tuas mãos e liberta-me, cura-me do egoísmo que impede a comunicação com o meu próximo.


Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

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